| Como era Sorocaba em 1912? | | 9 de julho de 1912, terça-feira Atualizado em 22/05/2025 19:23:28
Segundo o IBGE, em 2020 Sorocaba possuía 687.357 habitantes, sendo a 9º cidade com mais habitantes no estado de São Paulo.
Em 1910 esse número era cerca de 21 vezes menor. Sorocaba tinha 32.000 mil habitantes e ocupava a 23º colocação nessa lista.
Em 9 de julho 1912 o jovem jornalista Francisco, de 23 anos, registrou a sua visão de Sorocaba. A escola estadual localizada na avenida Riusaku Kanizawa, no bairro Vila Helena, leva o seu nome.
Ele cita visitantes de São Paulo sendo bem recebidos, jovens elegantes, cinemas. Para tentar "ilustrar" as suas palavras.
Antes do texto do jornalista, vamos contextualizar as suas palavras listando pontos importantes da cidade em 1912.
A iluminação já era elétrica desde setembro de 1900, fornecida pelos irmãos João e Vicente Lacerda. Eles montaram, com materiais da Inglaterra, uma usina a vapor, com motor a lenha e gerador, num barracão no quintal do sobrado onde moravam, no Largo do Rosário. [10]
Os trilhos e os bondes ainda não circulavam nas ruas da cidade. Isso só aconteceria 3 anos depois (1915). O primeiro paralelepípedo de Sorocaba seria colocado nove anos depois (1921).
Antes de falar sobre ele e a visão que ele teve da cidade, vamos revisar o ano de 1912.
SOROCABA EM 1912
- O prefeito Álvaro Soares inicia obras de reurbanização da região central
- Igreja Matriz teve a sua nova fachada revitalizada; fundidos novos sinos e instalado novo relógio [4]
- Região central de Sorocaba começava a receber algumas obras de urbanização [7]
- Revitalização do largo do Rosário
- João Lacerda, assassino do dr. Braguinha, estava preso na Cadeia localiza na esquina da Rua São Bento c/ a rua Padre Luiz [9]
- Mão de obra usada na construção da represa de Itupararanga contemplava cerca de 2.000 operários de várias nacionalidades
- Fundada a Escola Noturna da Liga Operária de Sorocaba
- Fundada uma fábrica de papel em Sorocaba
- Luiz Mantovani, filho de Santo mantovani e Maria Musiada, veio da Italia ao Brasil
FRANCISCO CAMARGO CÉSAR
Nascido em 3 de Dezembro de 1889 prestou serviços para Associação Comercial de Sorocaba onde mereceu um elogio em ata. [2]
Faleceu aos 81 anos de idade, em 2 de Agosto de 1971. Em 11 de Setembro de 1976 foi homenageado pela Câmara Municipal com a instituição do Troféu "Francisco Camargo Cesar".
Em maio de 1979 foi homenageado mais uma vez tendo seu nome sendo eternizado na escola estadual.
Segue o texto escrito por ele em 9 de julho de 1912:
“Sábado corria pela cidade a noticia de que teríamos domingo uma prova de que somos civilizados. Uma questão de amor próprio, ou então de amor ao torrão querido…
Os leitores lembram-se, ou por velhos, ou porque ouviram falar, dos tempos passados que obrigavam o bela da moda ser estimado aqui.
Sorocaba teve graça, conheceu, muito antes do galicismo invadir o nosso mundo elegante, o tal ‘smartismo’, que é a preocupação dos nossos elegantes atuais.
(…) Não foi pequeno o numero de chapéus femininos visto ante-ontem. No jardim público foram apreciados alguns de bom gosto, em franca camaradagem com alguns que vieram da capital;
Nos cinemas apareceram dezenas deles, sendo digno de nota, (já que o assunto é de atualidade e interesse…) um simples mais esplêndidamente escolhido ‘caisse de pain’preto, que dava graça exuberante á gentil conterrânea residente na capital e que nos visitou.
Foi de rara coragem a decisão das nossas senhoritas, isso foi, porque bem sabemos que para este bom povo, para a população contemporânea, nova esimples, é demasiada ousadia implantar modas quase que ignoradas.
Mas tudo vai ao costume. Com mais alguns domingos o publico habituar-se-á com o chic de Paris e estranhará muito que a senhorita tal não use o chapéo.
Sejam persistentes, é o que pedimos às moças bellas das Tobiápolis. Mostrem, sem cessar, que aqui, como na capital, como no Rio, como em toda a parte.
A civilização não se divorcia da elegância e que, só pela vontade o nosso meio social pode elevar-se á altura digna de admiração.”
[1] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=19062
[2] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=15960
[3] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=19063
[4] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=15979
[5] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=8805
[6] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=8808
[7] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=16373
[8] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=6717
[9] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=6027
[10] https://brasilbook.com.br/r.asp?r=9670
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
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