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“A greve nesta cidade”
    17 de julho de 1917, terça-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Em 17 de julho de 1917, o jornal Cruzeiro do Sul traz uma reportagem de mais de uma página com a manchete: “A greve nesta cidade”.

A matéria relata que cerca de 10 mil operários ainda se encontram parados, pois “querem aumento de salário” e que os bondes estão paralisados e o comércio encontra-se com as portas cerradas.

Para o jornal a declaração de greve por parte dos operários não era “surpreza”, já que a situação dos trabalhadores em Sorocaba era semelhante aos da capital.

A reportagem passa a descrever com detalhes os procedimentos e itinerários adotados pelos grevistas.

Os grevistas se depararam com a recusa de adesão por parte dos operários da Fábrica Santo Antonio, que não estavam descontentes com seus patrões, já que no mês anterior (junho) receberam uma gratificação em 25% de seus ordenados e a promessa de melhorá-los ainda mais.

Por fim, acabaram estes por aderir ao movimento em consideração aos colegas. Desta fábrica dirigiram-se os grevistas para as oficinas da Sorocabana Railway, onde os operários aderiram ao movimento maciçamente seguindo-se já em numeroso grupo para a Fábrica de Chapéus Souza Pereira.

Prossegue a notícia de que o grupo de grevistas aumentava a cada fábrica visitada, seguindo para a Fábrica de Tecidos Santa Rosália. Rapidamente se generalizava a greve.

Seguiram, então, para Fábrica Santa Maria. Também lá os operários já haviam tido aumento de salário, mas aderiram ao movimento em solidariedade e espírito de união.

Aderiram ao movimento, conforme noticia o jornal ainda no dia 17 de julho de 1917, a Fábrica de Estamparias São Paulo, a fábrica de Arreios de Ferreira & Cia, Fábrica de Calçados Soares, Fábrica de Tecidos Votorantim e Fábrica de Calçados “Fausto”.

A maioria das casas de comércio teve que fechar suas portas diante da atitude dos grupos de grevistasque assim exigiram. Os bondes deixaram de correr desde o dia anterior e os motorneiros e condutores foramforçados a deixar o trabalho.

A polícia local recorreu às forças da capital a fim de controlar e reprimir o movimento grevista que segeneralizava com rapidez. A ação da polícia nas manifestações dos trabalhadores foi registrada pelo jornal Cruzeiro do Sul:

A policia agia com calma e reflexão de modo a merecer elogios. O sr. Dr. Lima Camargo delegado de polícia e seus auxiliares foram incansáveis na regularização do trabalho nesta cidade, já servindo de mediadores entre os operarios e os patrões com o nobre fim de concilial-os, já tomando medidas para que a ordem pública se não subvertesse.

A força policial vinda da capital teve ordens de dispensar uma agglomeração de populares que, desde cedo, estacionava na praça Cel. Fernando Prestes.

A polícia intimou por três vezes, o povo que se dispersasse e não foi atendida. Os operários não tinham licença para realizar o comício em que falava o sr. Bandoni.

A policia fez uso dos espadins, chegando mesmo a cometer excessos lamentaveis e ferindo pessoas de representação da nossa sociedade que nada tinham com a greve e se achavam misturadas com os operarios.

Os industriais de Sorocaba, temendo que a greve na cidade tomasse os rumos que acontecia na capital, acharam por bem conceder alguns benefícios aos operários.

Assim, reunidos na residência do senhor Jorge Kenworthy, resolveram conforme noticiado pelo jornal Cruzeiro do Sul o que resolveram os industriaes:

“Os industriaes de Sorocaba abaixo-assignados, reunidos hoje nesta cidade resolveram fazer aos seus operarios as mesmas concessões feitas ao operariado da capital pelos industriaes dali e que são as seguintes:

a – aumento de 20% sobre os salarios em geral
b – não dispensar do serviço qualquer operario que tenha tomado parte da presente greve
c – respeitar “in totum” o direito de associação dos seus operarios
d – efetuar o pagamento dos salarios dentro da primeira quinzena que se seguira do mês vencido
e – acompanhar com a máxima boa vontade as iniciativas que forem tomadas no sentido de melhorar condições moraes, materiaes e economicas do operariado de Sorocaba

Estas condições serão postas imediatamente em vigor, desde que os operarios recomecem amanhã seu trabalho”.

Ao término desta reunião, o delegado de polícia de Sorocaba emite o seguinte boletim:

“Em reunião os industriaes desta localidade resolveram adaptar as concessões do operariado da capital, hoje publicadas pelos jornais.

A policia esta preparada para garantir as pessoas a propriedade e o trabalho da população ordeira de Sorocaba, bem assim para agir no caso de qualquer excesso por parte dos elementos perturbadores da ordem pública contando coma calma e prudência de todos os habitantes desta culta cidade.”



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“Juramento à Bandeira”
Data: 01/01/1942
Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Pedro Neves dos Santos / Museu Histórico Sorocabano
01/01/1942


ID: 3935


Texto/Imagem da época
Data: 01/01/1910
Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Pedro Neves dos Santos / Museu Histórico Sorocabano
01/01/1910


ID: 10619


Chácara / Fábrica Santa Maria*
Data: 01/01/1917
Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Pedro Neves dos Santos / Museu Histórico Sorocabano
01/01/1917


ID: 9260


Operários da grande Fábrica de arreios "Dias e Comp."
Data: 01/01/1910
Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Pedro Neves dos Santos / Museu Histórico Sorocabano
01/01/1910


ID: 1371


Fábrica São Paulo*
Data: 01/01/1922
Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Pedro Neves dos Santos / Museu Histórico Sorocabano
01/01/1922


ID: 9900


Fábrica Santa Rosália
Data: 01/01/1924
Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Pedro Neves dos Santos / Museu Histórico Sorocabano
01/01/1924


ID: 10239



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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.