Em 20 de agosto de 1875 o imperador D. Pedro II visitou novamente Sorocaba. A hospedagem foi mesmo no sobradão do barão de Mogí-Mirim, Manuel Claudiano de Oliveira.
Não houveram muitos gastos com enfeites, luminárias, arcos triunfais e carros alegóricos. Imperador veio principalmente para conhecer a E.F.S. Deram-lhe um carro aberto à frente da locomotiva e iam-lhe mostrando a construção. Às vêzes descia e ia ver de perto.
Os republicanos foram muito bem tratados. O Imperador lembrou de Olivério Pilar, da outra vez, como homem de boa memória, ao descer do trem falou alto: — O Senhor Olivério! Júlio Ribeiro noticiou a visita, pondo a culpa dos males do Brasil nos políticos.
Foi levar a Pedro II um exemplar do Padre Belchior de Pontes aqui impresso em folhetim e em livro. Muito bem recebido, mas segundo Aluísio de Almeida, a bondade do Imperador para com os Republicanos não os convertia: "se a gente se faz mel fica de moscas comido".
O roteiro da sua visita foi: Hospital da Caridade, Gabinete de Leitura, fábrica de descaroçar algodão de Maylasky, estação ferroviária, colégio de meninas, fábrica de chapéus de Rogich, escola pública do professor Vianna, e á tarde o salto de Votorantim (cachoeira da Chave). Em seguida visitou a cadeia.
Em uma das escolas deu-se um incidente. Queixando-se o professor de que sem punições físicas achava difícil "encarreirar os meninas na trilha do dever". Respondeu-lhe o Imperador: "Não posso ouvir fazer apologia dos castigos corporais; há outros meios mais adequado com a dignidade humana".
A banda "7 de Setembro" tomou parte na recepção do Imperador Pedro II, quando da sua segunda visita a esta cidade, em 1875. Deu-se, até por essa ocasião, o seguinte:
como a comitiva imperial demorasse chegar, os músicos, exceto Maurício Garcia e o bumbeiro João de Mello, se afastaram do lugar onde se achavam reunidos na hoje praça Dr. Fajardo, e foram beber "canninha" numa vendola que havia onde hoje é a Igreja do Rosário (isso em 1936, hoje é o Colégio Santa Escolástica). Eis que, inesperadamente, surge próximol á ponte sobre o rio Sorocaba, o grupo de cavaleiros, tendo á frente d. Pedro II, elegante e risonho.
Foi um alvoroço na massa humana que o esperava e um momento nervosíssimo para os dois músicos, alí sozinhos. Mas á passagem dos visitantes Maurício, sem se perturbar, ergueu o pistão e rompeu o Hyno Nacional, com João de Mello, no bumbo, a fazer o "baixo". Ao imperador não escapou a cena e a notou num sorriso, mas o povo nunca perdoou á "7 de Setembro" o receber D. Pedro II com um pistão e um bumbo.
[29139] Índice Cronológico da História do Brasil 01/01/1875 [24272] Jornal Correio Paulistano 26/04/1936
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Sinceramente esperamos, fervorosamente rezamos, para que este poderoso flagelo da guerra possa finalmente acabar. Mas se Deus quiser que ela continue até que toda a riqueza pilhada pelos escravos, 250 anos de labuta não retribuída afunde e até que cada gota de sangue derramada pelo chicote deva ser paga por outro golpe de espada, como foi dito três mil anos atrás e ainda precisa ser dito o julgamentos do senhor são justos e verdadeiros completamente.
Data: 11/04/1865 Fonte: Último discurso de Abraham Lincoln