Mãe e um filho de Júlio Ribeiro em estado precário
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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O Diário Popular de São Paulo publicou uma carta assinada por um constante leitor e da qual destaca-se o seguinte ponto:
“Cidadão Lisboa - Estando com minha família alguns dias em Sorocaba, gozando do seu magnifico clima, soube que ali residiam a velha mãe e um filho do nosso malogrado professor Julio Ribeiro.
Discípulo, amigo e admirador do notável filósofo, procurei conhece-los.
A venerada sra. D. Maria Francisca Ribeiro é natural do estado de Minas, tem 75 anos e sofre de lesão cardíaca em adiantado estado.
Entretanto, pela sua pujante musculatura e firmeza de expressão, revela ainda que aquela extraordinária energia que fez do Julio um homem singular.
Não pude ver o rapaz, o Jorge Ribeiro, estava enfermo, atacado de sarampo e por isso agasalhado.
Disse-me a avó ter ele 16 anos, sendo muito desenvolvido fisicamente.
Soube depois que o pobre órfão é vitima de uma enfermidade cerebral que provavelmente o inutilizara.
D. Maria e seu neto estão reduzidos a uma penúria tal que faz dó ao mais pessimista dos mortais.”
Eu sempre acreditei em números. Em equações. E na lógica que leva a razão. Mas depois de uma vida em tal busca eu pergunto: O que é mesmo a lógica? Quem decide o que é racional? Tal busca me levou através da física, da metafísica, do delírio, e de volta. E então eu fiz a descoberta mais importante da minha carreira. A descoberta mais importante da minha vida: É somente nas misteriosas equações do amor, que alguma lógica real pode ser encontrada. Eu só estou aqui essa noite por sua causa. Você é razão pela qual existo. Você é toda minha razão.
Data: 01/12/1994 Fonte: Discurso de John Forbes Nash Jr. (1928-2015) ao receber o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel*