'Dom Pedro II recusou a oferta, e partiu na madrugada - 17/11/1889 Wildcard SSL Certificates
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Dom Pedro II recusou a oferta, e partiu na madrugada
    17 de novembro de 1889, domingo
    Atualizado em 26/10/2025 00:01:39

  
  
  


Dom Pedro II de Bragança recusou a oferta, e partiu na madrugada para Portugal, pedindo somente um travesseiro com terras do Brasil, para repousar a cabeça quando morresseFerreira braga FerreNa noite de 17 devia haver em sua honra uma grande festa, mas a companhia do teatro transformouessa homenagem em festa dedicada a honrar a República recém proclamada. Todos permaneceram o dia 16 detidos no Paço, com soldados com baionetas e cavalarianos cercando o prédio.

Ficou acertado que no dia seguinte, domingo, 17/11, por volta das 15 h, D. Pedro II e os demais embarcariam, tendo sido permitido a ele assistir de manhã à missa na Capela do Carmo, vizinha ao palácio.

Mas, de madrugada, o Conde d´Eu foi inesperadamente despertado com a chegada do seu ajudante de ordens, o tenente-coronel João Nepomuceno de Medeiros Mallet, acompanhado do brigadeiro José Simeão de Oliveira, que lhe comunicou que o governo provisório temia o derramamento de sangue na partida da família imperial, pois soubera que havia um grupo disposto a provocar atritos quando da saída do monarca.

Acordado, o Imperador foi informado que deveria se vestir para embarcar. Surpreso e revoltado, disse "que não sairia como um negro fugido...". Mas, por volta das três da manhã, foi escoltado juntamente com a Imperatriz e toda a família, além de alguns amigos, para o Cais Pharoux, bem atrás do Paço Imperial, hoje Praça XV. Somente um coche negro puxado por dois cavalos estava à disposição, onde foram os imperadores e a princesa Isabel; os demais seguiram a pé. Uma lancha do Arsenal de Guerra, tripulada por quatro alunos da Escola Militar, aguardava-os, sendo transportados para o pequeno cruzador Parnaíba, apelidado de "gazela do mar", fundeado na Baía da Guanabara, próximo à Ilha Fiscal.

Às 10 horas da manhã chegaram os três jovens príncipes, Pedro de 14 anos, Luiz de 11 anos, e Antônio de 8 anos, que se encontravam em Petrópolis, acompanhados pelo seu preceptor, o Barão de Ramiz Galvão, e do engenheiro André Rebouças, amigo da família imperial, que havia subido a serra especialmente para trazer os filhos da Redentora e do Conde D´eu. A bordo, profundamente abalada, estava a Imperatriz D. Thereza Christina, que muito chorava; não menos comovida estava a Princesa Isabel, mas aliviada com a chegada dos seus filhos.

O segundo decreto assinado por Deodoro concedia ao Imperador deposto uma soma de dinheiro para sua viagem à Europa. O tenente Jerônimo Teixeira França foi incumbido de levar esse documento do governo provisório a D. Pedro; primeiramente deveria ser entregue no Paço, mas o major Mallet, receando que o imperador pudesse criar algum mal estar no momento, não deixou entregá-lo, o que foi feito somente a bordo do Parnaíba. Mas ele recusaria por mais de uma vez a oferta monetária. Entre os poucos amigos que foram se despedir de D. Pedro II, estava o velho almirante Joaquim Marques Lisboa, o marquês de Tamandaré.

Ao meio-dia de 17 de novembro de 1889, a embarcação sob o comando do capitão-de-fragata José Carlos Palmeira, levantou ferros e partiu em direção a Ilha Grande para encontrar o paquete Alagoas, da Companhia Brasileira de Navegação a Vapor, o mais novo e moderno navio de passageiros da marinha mercante do Brasil, que fora requisitado pelo governo republicano, para levar a realeza destronada para o exílio na Europa, e o seu pequeno séquito.

Além dos membros da família imperial, de André Rebouças, viajaram o barão e baronesa de Loreto, Franklin Américo de Meneses Dória, e a sua esposa Maria Amanda Lustosa Paranaguá; o marquês e a marquesa de Muritiba, Manuel José Vieira Tosta e sua esposa Maria José Velho de Avelar, amiga e dama da princesa Isabel; a octogenária viscondessa de Fonseca Costa, Josefina de Fonseca Costa, dama da Imperatriz por mais de 40 anos; o professor de línguas orientais dr. Cristian F. Seybold; o médico do imperador Claudio Velho de Motta Maia, conde Motta Maia, e seu filho Manoel Augusto, de 14 anos; as criadas da imperatriz Joana de Alcântara, Leonídia L. Esposel, Ludomilla de Santa Mora, Maria da Gloria e Julieta Alves; o criado do príncipe D. Pedro Augusto François N. Boucher; os criados dos filhos da princesa Isabel, Eduardo Damer, e Guilherme Wagner Camerloker; o professor dos príncipes mais novos Fritz Stoll, além de Francisco de Lemos Faria Pereira Coutinho, o conde de Aljezur, substituindo o mordomo imperial.

O transbordo dos passageiros para o navio Alagoas foi realizado com dificuldades e perigos de um mar agitado, sendo a Imperatriz ajudada por dois marinheiros.

O novo governo determinou que o encouraçado Riachuelo da Marinha de Guerra, sob o comando do então Capitão-tenente Alexandrino Faria de Alencar (seria ministro da Marinha em três governos da República), fizesse a escolta até a linha do Equador do Alagoas, já fora de águas territoriais brasileiras. Durante a viagem Dom Pedro notou a que a velocidade da embarcação estava muito lenta e indagou ao comandante do navio - português, mas brasileiro por adoção -, João Maria Pessoa, a velocidade do Riachuelo. Foi informado que era de apenas sete ou oito milhas náutica. Apesar de não ser antigo - tinha apenas pouco mais de cinco anos de uso - e D. Pedro II de muita boa memória, sabia que quando foi construído sua velocidade máxima era de 16 milhas. Concluiu-se que a embarcação de guerra estava com problemas mecânicos. Um dia o imperador reclamou ao capitão Pessoa, e apontando ao 1º Tenente João Augusto do Amorim Rangel, oficial da Marinha que estava a bordo para cumprir as determinações das autoridades republicanas, juntamente com seu colega, o 2º Tenente Antônio Barbosa de Magalhães Castro:- Diga a esse moço que vem a bordo, que se o Riachuelo é honraria, eu dispenso; se quer dizer receio, eu não quero voltar. O Brasil não me quer, vou-me embora!



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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.