O poeta Olavo Bilac e o abolicionista José do Patrocínio protagonizaram no início deste século um dos primeiros acidentes de carro de que se tem notícia no Brasil.
O jornalista Raimundo Magalhães Júnior, estudioso do período, diz que o acidente em que se envolveram foi o primeiro do Rio de Janeiro, então capital federal.Bilac (1865-1918), poeta parnasiano, foi um dos principais articulistas da "Gazeta de Notícias", do Rio. Patrocínio (1853-1905), que era jornalista, fundou a Academia Brasileira de Letras.
A única vítima desse acidente foi uma árvore, na qual bateu o veículo guiado por Bilac -importado da França por Patrocínio, que também estava no carro.
Primeiro carro
"O primeiro (carro), de Patrocínio, foi motivo de escandalosa atenção. Gente de guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida, como se tivesse visto um bicho de Marte ou um aparelho de morte imediata. Oito dias de pois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da Passagem (Botafogo)."
A descrição, do repórter João do Rio (1881-1921), é citada por Magalhães Júnior no livro "A Vida Turbulenta de José do Patrocínio" (Instituto Nacional do Livro, 1972).
Segundo o livro, Bilac se gabava de ter sido o precursor dos acidentes de automóvel no Brasil, quando aprendia a dirigir com Patrocínio.
Autores da época, como o jornalista Coelho Neto, apontam o bairro da Tijuca como o local da batida, não Botafogo.
Magalhães Júnior diz que o ano mais provável do acidente é 1901, porque em 16 de novembro desse ano o escritor Batista Coelho relatou o episódio no conto "O Automóvel". Naquela época, ocupavam as vias do Rio os bondes e os tílburis (carros puxados por cavalo).
O professor da USP Ivan Teixeira, autor de "Poesias" (Martins Fontes, 1997), coletânea da obra de Bilac, coloca esse acidente na cronologia de seu livro, mas não precisa a data. Sua fonte foi a obra de Magalhães Júnior.VaiasEm crônica publicada no jornal "A Notícia", em 1905, Bilac descreve o primeiro automóvel do Rio como feio, pequenino, amarelo e que deixava um cheiro "insuportável" de petróleo no ar. "Quando havia pane, a garotada, formando círculos em torno do veículo, rompia em vaias."Bilac continua: "Hoje, já os automóveis são dez ou 12; e já ninguém se deixa embasbacar pelo espetáculo dessas carruagens milagrosas, (...) mostrando o que será, daqui a poucos anos, quando a reforma do calçamento da cidade estiver ultimada."
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