'Descobertas as ruínas dos fornos dos Sardinha / Fornos eram biscainhos (espanhóis) - 01/08/1977 Wildcard SSL Certificates
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Descobertas as ruínas dos fornos dos Sardinha / Fornos eram biscainhos (espanhóis)
    agosto de 1977, segunda-feira
    Atualizado em 24/10/2025 02:40:26

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Pedras sobrespostas pelo ser humano, encontradas numa área de difícil acesso no Morro Araçoiaba, dentro da Floresta Nacional de Ipanema (Flona), em Iperó, podem estar relacionadas ao início da ocupação social na região de Sorocaba. E têm sido objeto de um estudo feito por um grupo de pesquisadores. A linha de pesquisa aponta para a possibilidade da construção ser referente à implantação do engenho de ferro criado por Afonso Sardinha, em 1597, na base do Morro Araçoiaba. A fileira de pedras também pode remeter às posteriores tentativas de exploração do metal, em meados dos séculos 17 e 18.No entanto, a relevância desses achados somente será conhecida após estudos técnicos a serem desenvolvidos por especialistas na área de Arqueologia e História. Integrantes do Núcleo de Estudos Históricos e Ambientais da Floresta Nacional de Ipanema e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) planejam retornar neste ano ao local para analisar a "idade" das pedras.Uma das dúvidas é a seguinte: essas ruínas já haviam sido descobertas ou não? Elas receberam no mês passado a visita de seis pesquisadores da região para a coleta de imagens. Entre eles estava o estudioso da Luso-Brasilidade, o português João Barcellos, que acredita não haver anteriormente qualquer tipo de registro dessa sobreposição de pedras. Segundo ele, o formato linear e parecido com um retângulo tem semelhança com as construções de 1500 e 1600 feitas em Portugal.O primeiro a descobrir formações antigas de pedra no Morro Araçoiaba foi o pesquisador José Monteiro Salazar, em agosto de 1977. Com a ajuda de um mateiro, eles encontraram resquícios de um forno, de um canal de derivação da água e de uma parede da forja. "Na época, um grupo formado por arqueólogos e arquitetos foram ao local e comprovaram que as ruínas eram do período de Afonso Sardinha", diz Salazar, autor de dois livros sobre o assunto.CautelosoO biólogo Luciano Bonatti Regalado, também pertencente ao atual grupo de pesquisa, prefere manter a cautela sobre a recente descoberta no Morro Araçoiaba. "Qualquer discussão sobre esses achados, que fogem da atual interpretação, é mera especulação". A história oral revela que Afonso Sardinha criou um arraial no Morro Araçoiaba ao descobrir a existência de minério de ferro na região. Esse português era um conhecido comerciante de metais e escravos da capitania de São Vicente e se instalou na região (hoje de Sorocaba) no fim do século 16 com o objetivo de ganhar dinheiro.

Sardinha teria se instalado juntamente com um grupo de escravos e índios para o trabalho de mineração e fundição de ferro. Com isso, eles teriam erguido um arraial para dormir, manter cavalos, burros e uma área para o plantio. Esse local, segundo dados levantados por pesquisadores, era chamado de Itabebussu.

Em 1598, o governador geral do Brasil, Dom Francisco de Souza, foi ao Morro Araçoiaba conhecer o trabalho de Sardinha. Na ocasião, documentos mostram que ele teria levantado um pelourinho com a criação da vila Nossa Senhora do Monte Serrat. "Tudo indica que esse grupo de pessoas originou o que hoje é Sorocaba", diz Regalado.

Essa linha de estudo, segundo o pesquisador Adolfo Frioli, pode comprovar que o pelourinho nunca foi instalado no Itavuvu. "De lá [Itabebussu] ele teria sido levado direto para a vila de Nossa Senhora da Ponte [que deu origem a Sorocaba]", comenta. De acordo com o estudo de Frioli, os habitantes teriam saído do morro Araçoiaba após o encerramento do trabalho de Sardinha para a uma paragem que seria na região do Itavuvu. "Pois aquele era um ponto de travessia pelo rio Sorocaba", relata.História preservadaOpelourinho era o símbolo da criação de uma vila. Uma réplica dele está em pé na praça Bruno Abreu Tigani, no bairro Itavuvu, em frente à Escola Estadual Salvador Ortega Fernandes, para manter viva a história da cidade. A comerciante Marlene Tigani Maciel, 59 anos, lamenta a falta de visitas ao local. "Vejo gente diferente aqui só na época do aniversário de Sorocaba", diz. Ela nasceu no bairro e diz saber de cor e salteado toda a história que envolve a região. "Dá um certo orgulho morar aqui por causa disso", completa. O padre Marivaldo de Oliveira, 59, é paroco da igreja Santa Cruz - ao lado do pelourinho - e lamenta a cidade não cultuar mais a região.[1]

Já ao lado do morro Biraçoiaba, onde se encontrou ferro, também se instalou umapequena fábrica de ferro ao final do século XVI, sobre cuja data divergem todos os autores.Nesse local, que até pouco tempo atrás era local isolado e de difícil acesso, Afonso Sardinha –tanto o pai como o filho - teriam construído dois fornos, cuja localização se desconhecia. Por issoque Mario Neme chegou a levantar a tese de que as ruínas de Afonso Sardinha seriam umagrande ilusão, uma lenda. Como já mencionado na introdução deste trabalho, na década de 1980,a professora Margarida Davina Andreatta encontrou os dois fornos construídos à época.Anicleide Zequini, com base nos estudos arqueológicos realizados por Margarida Davina Andreatta, concluiu que eram fornos biscainhos [2]



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 Fontes (3)

 1° fonte/2011   

Ruínas podem alterar a história de Sorocaba. Giuliano Bonamim (Jornal Cruzeiro do Sul)
Data: 2011


 2° fonte/2012   

Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo
Data: 2012


 3° fonte/2015   

Revista Ponto de Fusão
Data: 2015

As ruínas dos fornos dos Sardinha foram descobertas em 1977. Já os vestígios da vila operária de Monte Serrat não foram encontrados.




[29426] Ruínas podem alterar a história de Sorocaba. Giuliano Bonamim (Jornal Cruzeiro do Sul)
15/08/2011

[24423] Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo
01/01/2012

[3499] Revista Ponto de Fusão
03/07/2015


Ruínas Paulistas
Data: 01/01/2021
Créditos/Fonte: Renata Sunega, Marcos Tognon e Marcelo Gaudio Augusto
Página 108


ID: 12187



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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.