'Leite Penteado e Ubaldino: “Libertar e educar os filhos dos escravizados” - 07/08/1869 Wildcard SSL Certificates
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Leite Penteado e Ubaldino: “Libertar e educar os filhos dos escravizados”
    7 de agosto de 1869, sábado
    Atualizado em 24/10/2025 03:20:45

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Ubaldino do Amaral, perante os líderes sorocabanos, apresentou uma proposta, redigida por ele e Antonio Leite Penteado. Segue o resumo dos principais tópicos da proposta:£* Banquetes, ceias e copos d`agua estão absolutamente proibidos. Devemos destinar o dinheiro à Caixa de Emancipação. Assim como o valor da iniciação e da mensalidade.£* O valor acumulado nessa "caixa" será exclusivamente destinado à libertação de crianças do sexo feminino de 2 a 5 anos de idade.£* As crianças assim libertadas ficarão sob nossa proteção;£* Serão criadas escolas para adultos e menores. As escolas serão noturnas; mantidas pela oficina para o ensino gratuito das primeiras letras.£A proposta redigida pelo Venerável Leite Penteado e por Ubaldino foi aprovada porunanimidade.£A proposta sugere a libertação de filhos de escravos e a construção deescolas destinadas aos filhos de escravos e escravos.£Para tanto, seriam proibidos osbanquetes e foi sugerida a construção da caixa emancipatório destinada a libertação de filhos de escravos.£Sobre a égide do binômio libertação e educação, a Loja Maçônica Perseverança IIIdistinguia-se da Loja Constância.

O pesquisador e maçom Aleixo irmão afirma: “Essa propositura mostra a distância entre a Perseverança e aqueles que ficaram na Constância, teimosos em não se definir, no momento histórico em que a própria política nacional impunha ação e lutar pelas reformas da estrutura social e econômica do país (1999, p. 58).

A mesma luta vai ser liderada por Rui Barbosa na Loja América oito meses depois. Rui Barbosa apresentou no Grande oriente Brasileiro um projeto de Abolição com o intuito de torná-lo um projeto de lei geral e obrigatória para toda a maçonaria brasileira.

O projeto composto de 12 artigos propunha entre outras coisas a educação popular destinada aos filhos de escravos.

No primeiro artigo do documento, o texto afirma que a Maçonaria deveria propagara luta contra o servilismo e expandir a educação popular, utilizando para tanto os recursos intelectuais da imprensa, da tribuna e do ensino. O segundo artigo afirma:

Todas as Lojas maçônicas sujeitas ao Grande Oriente do Brasileiro, assim presentes como futuras, não poderão alcançar nem continuar a merecer o título e os direitos de oficinas regulares e legítimas sem que adotem pelo mesmo modo esses dois princípios sociais, compremetendo-se a trabalhar por eles com eficácia e tenecidade (Rui Barbosa, 1871).

O projeto de Rui Barbosa propunha punição as Lojas que não integrassem o movimento encabeçado pela Maçonaria. No artigo 5o afirma:

Nenhum individuo poderá mais obter o título e os privilégios de legitimo maçom sem que primeiramente, antes de receber a iniciação, declare livres todas as crianças do sexo feminino que daí em diante lhe possam provir de escrava sua.


O projeto procura cercar de todos os lados e construir uma consciência libertária a partir da obrigatoriedade. Este projeto fará parte, portanto, da construção do ideal maçônico no final do século XIX.

O terceiro artigo propunha a capitação de recursos financeiros pelas Lojas e a construção de uma verba especial reservada ao alforriamento de crianças escravas.

Esta verba era destinada para a construção e escolas populares e escolas noturnas. As escolas populares deveriam ser freqüentadas pelas crianças e as noturnas pelos adultos.

A Loja Perseverança III antes do projeto de Rui Barbosa já havia estabelecido este projeto emancipatório e educacional. APONTAMENTOS SOBRE MAÇONARIA, ABOLIÇÃO E A EDUCAÇÃO DOS FILHOS DE ESCRAVOS NA CIDADE DE SOROCABA NO FINAL DO SÉCULO XIX. Ivanilson Bezerra da Silva. Mestrando em Educação na USP. História da educação e historiografia rev.ibs@gmail.com



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 Fontes (1)

 1° fonte/2007   

Apontamentos sobre Maçonaria, Abolição e a Educação dos filhos de escravos na cidade de Sorocaba no final do século XIX. Ivanilson Bezerra da Silva Mestrando em Educação na USP História da educação e historiografia
Data: 2007

A loja Perseverança III foi organizada sobre o lema: educação e liberdade. Na reunião do dia 7 de agosto de 1869, Ubaldino do Amaral faz uso da palavra, afirmando:

Trago, subscrita por essa presidência, por Leite Penteado e por mim, a seguinte proposição que esperamos merecer a aprovação da oficina:

1o) a jóia da iniciação será de 25$000;

2o) a mensalidade de 1$000;

3o) colocar-se-á na oficina uma caixa Emancipação, na qual os iniciados, a convite do venerável e de qualquer irmão, quando queiram, depositarão suas ofertas;

4o) o produto dessa caixa será exclusivamente destinado à libertação de crianças do sexo feminino de 2 a 5 anos de idade;

5o) as crianças assim libertadas ficam sob a proteção da oficina;

6o) serão absolutamente proibidos os banquetes, ceias, copo d’agua que o uso tem admitido nas iniciação, devendo o venerável convidar os recipiendários para converter em quantias que dispenderiam com isso em donativos à Caixa de Emancipação;

7o) serão criadas escolas para adultos e menores. As escolas serão noturnas; mantidas pela oficina para o ensino gratuito das primeiras letras.


A proposta redigida pelo Venerável Leite Penteado e por Ubaldino foi aprovada por unanimidade. A proposta sugere a libertação de filhos de escravos e a construção de escolas destinadas aos filhos de escravos e escravos. Para tanto, seriam proibidos os banquetes e foi sugerida a construção da caixa emancipatório destinada a libertação de filhos de escravos.

Sobre a égide do binômio libertação e educação, a Loja Maçônica Perseverança III distinguia-se da Loja Constância. Aleixo afirma: “Essa propositura mostra a distancia entre a Perseverança e aqueles que ficaram na Constância, teimosos em não se definir, no momento histórico em que a própria política nacional impunha ação e lutar pelas reformas da estrutura social e econômica do país (1999, p. 58).

A mesma luta vai ser liderada por Rui Barbosa na Loja América oito meses depois. Rui Barbosa apresentou no Grande oriente Brasileiro um projeto de Abolição com o intuito de torná-lo um projeto de lei geral e obrigatória para toda a maçonaria brasileira. O projeto composto de 12 artigos propunha entre outras coisas a educação popular destinada aos filhos de escravos.[Página 11 do pdf]

A Loja Perseverança III antes do projeto de Rui Barbosa já havia estabelecido este projeto emancipatório e educacional. Em 7 de agosto de 1869, Leite Penteado, afirma:

A luta maior da nacionalidade se aproxima. Nós somos os obreiros precursores do movimento libertário e educacional no seio das lojas. Não há ocasião mais propícia ao início das atividades referidas do que o 7 de setembro. Nestas condições, submeto à apreciação da oficina a seguinte propositura:

a) que esta respeitável loja, comemorando a independência do Brasil, a 7 de setembro, nesse dia inaugure a escola noturna que se propôs estabelecer;

b) que nesse dia se esforce por libertar os menores escravos que os seus recursos permitirem; c) que se alugue uma casa e se compre mobília para a oficina e para a escola.


Ubaldino do Amaral na mesma sessão propõe um aditivo, que dizia:

no dia 7 de setembro de todos os anos é obrigatória a libertação de uma criança, ao menos. Na falta de fundos correrá uma subscrição entre os irmãos” (1o Livro de Atas – Perseverança III, 1869).

A proposta foi aprovada pelos membros presentes. Nesta mesma sessão os membros da Loja fazem uma arrecadação de 1$200 réis para a benemerência. Na sessão seguinte levantaram 10$000 réis para a libertação do escravo José e seus filhos, escravos de Ana do Sacramento. Nesta mesma sessão foi aprovado o regulamento da escola noturna (1o Livro de Atas, 29 de agosto de 1869). [Página 12 do pdf]




[28758] Apontamentos sobre Maçonaria, Abolição e a Educação dos filhos de escravos na cidade de Sorocaba no final do século XIX. Ivanilson Bezerra da Silva Mestrando em Educação na USP História da educação e historiografia
01/01/2007


Semáforo manual
Data: 01/01/1965
Créditos/Fonte: Adolfo Frioli
Rua Padre Luiz. Esquina c/ a Rua da Penha


ID: 1913


Rua São Bento. Esquina c/ a Rua Barão do Rio Branco*
Data: 01/01/1914
Créditos/Fonte: Museu Histórico Sorocabano
(Primeira Escola criada e mantida pelos Maçons. Loja Perseverança III. Primeira Câmara Municipal. Antiga Cadeia (erl) (ccc)(.244.


ID: 1871


Ubaldino do Amaral Fontoura*
Data: 01/01/1868
Créditos/Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
(**) (£)


ID: 4672


José Leite Penteado*
Data: 01/01/1869
Créditos/Fonte: Geni.com
(**) (£) (horse)


ID: 4866


Rua São Bento. Esquina c/ a Barão do Rio Branco
Data: 01/01/1929
Esqu. da rua Leite Penteado. Mosteiro São Bento ao fundo. Trilhos do bonde. Foto: Domingos Alves Fogaça (va-1900) (ppl) (kids) (erl) escola (rf)


ID: 3712



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ATUALIZAR!!!
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.