João Domador: candidato de corpo fechado, valentão e assassino assassinado
1852 Atualizado em 25/02/2025 04:39:09
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As eleições daquele ano foram violentas. Um dos candidatos era conhecido como João Peão ou João Domador. Sujeito do vale do Paraíba, valentão e assassino, que galopava pelas ruas da cidade. Não sabemos o motivo, mas ele causava medo nas pessoas que o viam.
Talvez porque quando ofendido, mesmo desarmado, não temia ninguém, mesmo que o oponente estive armado, com faca ou arma de fogo. Provocado ou não foram tantas as vezes que isso aconteceu que, acreditavam que ele possuía o “corpo fechado”, ou seja, que era impossível ser morto por outro homem, que era protegido pelo verdadeiro Diabo. E na linguagem popular, sabe-se que só os verdadeiros loucos estão disposto a pagar o "preço" exigido por ele.
Seus concorrentes toleraram suas várias vezes o que chamavam de "arruaças". Não sabemos quantas pessoas votaram nele, quantos candidatos a concorreram ao cargo naquele ano. O primeiro prefeito de Sorocaba de Sorocaba, na "Wikipédia", é Capitão José Vaz Guimarães que assumiu em 5 de janeiro de 1895.
O que sabemos é que João Peão ou João Domador além de perder a eleição daquele ano também perdeu a vida. Sua esposa confessou que o havia matado enquanto dormia.
Foram tantas as pessoas que se dirigiram ao velório para se despedir, que cemitério de São Bento, na atual praça Carlos de Campos, ficou lotado e uma multidão se formou do lado de fora dos muros. Talvez nem ele sabia o tamanho da admiração que o povo sentia por ele.
Uma cruz foi colocado em homenagem á João. O local virou local de peregrinação. Muitos iam até lá para pedir algo. Faziam promessas. Não sabemos o que prometiam dar em troco nem o que pediam. Mas o local estava sempre iluminada por velas que os fiéis acendiam. Isso durou até cerca de 16 de marçõ de 1890. [1] facebook.com/sorocaba24hrs/ photos/a.366816437417442/ 561075501324867/
[1]Também aí Pedro Cunha foi muito feliz em seu Prefácio, ao lembrar que agarimpagem que Cavalheiro fez pode e deve ser entendida como mais uma trilha abertapara outros pesquisadores. Figuras como João Peão (ou João Domador), JoãoDomador (ou João Crioulo, João Peão (ou João Domador), Benedicto Ferreira doAmaral (ou Sarongo, chefe da malta de capoeiras “Santa Rita”) e Benedicto Gostoso,para citar só alguns, e suas respectivas circunstâncias, como certamente lembrariaOrtega y Gasset, merecem mais pesquisas e publicações. João Domador (ou JoãoCrioulo) e seu “corpo fechado”, por exemplo, poderia ensejar paralelo com os pactos deencruzilhada feitos por capoeiras e, também, bluseiros (Jazz) do passado. Eventosemblemáticos como a Feira de Muares já mereceria um livro próprio. O apanhado sobreas Posturas Municipais, de Sorocaba e de vários outros municípios, é extremamentesignificativo, não fosse eu um municipalista convicto. A inclusão e as reflexões sobresociedades, senão secretas, bem intrigantes – como a Associação secreta “A GrandeOrdem”, da qual o ex-escravo José Cabinda, era Grão-mestre, é outro mote que vaiestimular um bom número de novas pesquisas que, certamente, mergulharão aindamais fundo:
As eleições foram violentas, mas não correu sangue. Os conservadores toleraram as arruaças de João Peão ou João Domador, sujeito do vale do Paraíba, valentão e assassino, que galopava pelas ruas fazendo mêdo aos outros e a quem, todavia, liquidaram depois da eleição. Uma escolta foi a Aparecida e, de acôrdo com a amásia do pobre homem, matou-o enquanto dormia. Foi enterrado fora dos muros do cemitério velho de São Bento, alturas da atual praça frei Barauna, onde a cruz de João Peão, alumiada por muitas velas de promessa, durou até cêrca de 1890.
João Peão era um bandido valentão. Teria vindo do Vale do Paraíba em 1852 para amedrontar os Liberais nas eleições. Diziam que ele tinha o "corpo fechado" e não recebia ofensa de arma branca ou de fogo. Acabado o período eleitoral, o salteador foi emboscado pela polícia no bairro Aparecidinha. Conta a lenda que as balas utilizadas pelos homens de farda eram de prata e benzidas para perfurarem o inatingível alvo. O bandoleiro morreu assassinado e uma capelinha foi erguida no local do tombo.
Registros do historiador Monsenhor Luiz Castanho de Almeida, cujo pseudônimo era Aluísio de Almeida, retratam João Peão com mais fama do que valentia. O escritor, em seu livro "História de Sorocaba", diz que o bandido foi morto em uma casa e desmente o boato de que o assassinato ocorreu na torre da igreja de Aparecidinha. Os restos mortais de João Peão foram enterrados fora do cemitério situado ao lado do Mosteiro de São Bento, onde hoje é a rua Cesário Mota. Mas a lenda do matador, depois de 160 anos de sua morte, ainda sobrevive em Aparecidinha.
O aposentado Cláudio Reche Martins, 70 anos, mora há 54 anos no bairro e conhece bem as histórias de João Peão. Segundo ele, os "mais antigos" dizem que o bandido caiu próximo à praça localizada em frente ao templo cristão. "Falam que o o João Peão era atingido por tiros vindos da igreja, mas as balas não o matavam", comenta. "A morte veio quando deram uma benzida nos projéteis", completa. A pequena capela erguida para João Peão ficava em um canto da praça da igreja. A sua existência chegou ao fim na década de 1980. Esse tipo de homenagem aos mortos, segundo Martins, fazia parte da tradição do bairro Aparecidinha. "O povo erguia uma capelinha cada vez que uma pessoa caia morta por aqui", relata. [Página 29]
Também aí Pedro Cunha foi muito feliz em seu Prefácio, ao lembrar que agarimpagem que Cavalheiro fez pode e deve ser entendida como mais uma trilha aberta para outros pesquisadores. Figuras como João Peão (ou João Domador), João Domador (ou João Crioulo, João Peão (ou João Domador), Benedicto Ferreira do Amaral (ou Sarongo, chefe da malta de capoeiras “Santa Rita”) e Benedicto Gostoso, para citar só alguns, e suas respectivas circunstâncias, como certamente lembraria Ortega y Gasset, merecem mais pesquisas e publicações. João Domador (ou João Crioulo) e seu “corpo fechado”, por exemplo, poderia ensejar paralelo com os pactos de encruzilhada feitos por capoeiras e, também, bluseiros (Jazz) do passado. Eventos emblemáticos como a Feira de Muares já mereceria um livro próprio. O apanhado sobre as Posturas Municipais, de Sorocaba e de vários outros municípios, é extremamente significativo, não fosse eu um municipalista convicto. A inclusão e as reflexões sobre sociedades, senão secretas, bem intrigantes – como a Associação secreta “A Grande Ordem”, da qual o ex-escravo José Cabinda, era Grão-mestre, é outro mote que vai estimular um bom número de novas pesquisas que, certamente, mergulharão aindamais fundo:
[27307] Memória Histórica de Sorocaba VII. Por Luiz Castanho de Almeida 01/01/1968 [3413] Revista A Cidade 15/08/2012 [3578] “Notas para a História da Capoeira em Sorocaba (1850 – 1930)”, Carlos Carvalho Cavalheiro 10/06/2017
Historia geral das bandeiras paulistas: escripta á vista de avultada documentação inédita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Data: 01/01/1927 Créditos/Fonte: Afonso de E. Taunay (1876-1958) Página 258
ID: 11089
“Memória Histórica de Sorocaba I” Data: 01/12/1964 Créditos/Fonte: Aluísio de Almeida Página 337
ID: 6158
Casarão de Afonso Sardinha* Data: 01/01/1580 Créditos/Fonte: bastidoresdainformacao.com.br 01/01/1580
ID: 5454
História Geral Da Civilização Brasileira Data: 01/01/1997 V. 11 Economia E Cultura: 1930-1964. Página 318
ID: 6220
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Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.