Rejeitada pela mãe, primeira criança a tomar coquetel contra AIDS foi contaminada ainda no ventre
1 de dezembro de 1987, terça-feira Atualizado em 25/10/2025 06:06:15
• Imagens (5)
•
•
Em 5/10/2012 faleceu Luciane Aparecida Conceição, a primeira criança a tomar coquetel contra a aids no Brasil. Lu, como era conhecida, foi um símbolo da luta contra a doença, pois adquiriu o vírus HIV de sua mãe, quando ela fazia exames no CHS de Sorocaba, no final da década de 1987.
A história é comovente e foi acompanha por todos os meios de comunicação disponíveis na época. Após dois anos de tentativas para aproximar mãe e filha, a mãe decidiu não ficar com a criança.
Com a ajuda dos medicamentos, Lu conseguiu levar uma vida normal, casou e teve uma filha, Ana Vitória, que nasceu em 2008 sem o vírus. No entanto, nos últimos anos, Lu já não tomava regularmente o remédio e acabou falecendo em decorrência da aids. Seu corpo foi sepultado no cemitério Santo Antônio.
A mãe era saudável e estava no oitavo mês de gestação quando foi até o Conjunto Hospitalar de Sorocaba para um atendimento pré-natal. Por conta de uma anemia, precisou tomar sangue, porém deram-lhe sangue contaminado com o vírus.
A criança, então, nasceu com o HIV. Rejeitada pela própria mãe, a menina morou durante seu primeiro ano de vida no hospital, até ser adotada pelo casal Edgard e Arlinda Conceição. A mãe biológica faleceu 10 anos depois, vítima da aids. Já a adotiva, que cuidou da menina e encarou toda a luta contra a doença ao lado da filha, faleceu há três anos, por problemas no coração.
Durante o velório de Lu, o pai, Edgard, lembrou que a filha, desde pequena, tinha resistências com relação ao remédio e que às vezes cuspia o medicamento. "Mesmo depois de casada, o marido colocava o remédio na boca dela, mas a Lu jogava. Enfim, agora parou de sofrer, ela estava sofrendo muito", lamentou o pai.
Lu morreu sem ter recebido seus direitos, uma indenização de mil salários mínimos, que está na Justiça desde 1989, por conta do erro médico que infectou sua mãe e por consequência ela, porém a decisão ainda está em primeira instância.
Exemplo de luta
A advogada Maria Lucila Magno, presidente do Grupo de Educação à Prevenção Contra Aids em Sorocaba (Gepaso), acompanhou toda a trajetória de Lu e foi quem entrou na Justiça a pedido da médica infectologista Rosana Maria Paiva dos Anjos para conseguir com que a criança tomasse o coquetel.
"Vendo que a menina tinha pouca chance de vida, a doutora Rosana arriscou a receitar o coquetel antirretroviral para ela, mas com uma dose menor e deu certo, em um mês a Lu estava recuperada", lembra Lucila.
Lu estava com tuberculose, pneumonia, dificuldade de andar, queda de cabelo e feridas pelo corpo quando começou a tomar o coquetel, em 1996, aos 9 anos de idade. A conquista de Lu foi apresentada em congressos e serviu de exemplo, abrindo precedente para outros tantos casos de crianças com aids.
"Também por causa da Lu, há quatro anos Sorocaba está preparada para a transmissão vertical zero. A mãe portadora do HIV pode dar à luz sem medo porque há tratamento durante a gestação para que o vírus não seja transmitido ao feto, então hoje existe essa possibilidade. Ninguém mais vai passar pelo que a Lu passou", diz.
Lucila afirma que a médica Rosana, que cuidou de Lu desde o seu nascimento, está muito abalada e que por isso não iria conceder entrevista. "A desmotivação pela vida a gente não entende, ela desistiu de tomar a medicação. Fizemos de tudo o possível... A gente fica de mãos atadas...", afirma Lucila, emocionada. Conforme a advogada, toda a vida da Lu foi uma história exemplar. "A gente imaginava que ela fosse se tornar uma ativista da luta contra a aids, que daria palestras, entrevistas, que levaria seu exemplo adiante. Talvez a Lu não soubesse o alcance da vitória dela, do quanto foi guerreira e valente para suportar todos os efeitos colaterais de medicamentos que já são fortíssimos para adultos, imagina para uma criança. Então ela poderia passar toda essa experiência para os netos dela, enfim."
A importância da medicação
Nos últimos dois anos, Lucila conta que Lu já não tomava a medicação. "Ela só vivia no hospital, não obedecia a equipe médica, jogava tudo fora. Não houve nada que a gente pudesse fazer. Todo mundo conversava com ela, mas não teve jeito. Pensamos na possibilidade de depressão e tentamos tratar, mas nada. É frustrante porque de repente vai embora uma vida assim, dessa maneira. A gente achava que ela não ia subir antes do combinado", lamenta.
Lucila lembra que Lu não teria morrido de aids se tivesse tomado a medicação. "Temos milhares de exemplos de pessoas que tomam o medicamento e estão vivas. Esse acontecimento é um alerta para as pessoas que não fazem adesão ao medicamento. Isso aconteceu assim como ocorre com outras doenças. Quem tem diabetes e não toma o remédio morre, não é porque é aids não. Então tudo o que posso dizer para as pessoas é que não deixem de tomar seus medicamentos", orienta.
A presidente do Gepaso afirma que Lu foi internada umas nove vezes somente este ano. Ela estava internada no Hospital Regional. Na segunda-feira passada, Lu entrou em coma e foi transferida para a UTI. Morreu durante a madrugada, em decorrência de uma infecção generalizada e Aids. "O fato é que nós vivemos as nossas vidas e a vida dela, e agora ela se foi e parte da gente se foi também. Nós teremos de continuar, mas não será mais igual. A gente chora nesse momento", disse.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.