Tiros disparados do Recreativo quase acertaram presidente do Brasil
6 de novembro de 1947, quinta-feira Atualizado em 26/10/2025 03:19:44
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Duas armas de fogo apontavam para a sede do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), situada na rua São Bento, em Sorocaba. Era 6 de novembro de 1947, três dias antes da primeira eleição para prefeito através do voto popular. Na sacada do prédio era aguardada a presença do então senador Getúlio Vargas - cuja morte completa hoje 60 anos -, convidado para impulsionar a campanha do candidato Gualberto Moreira.
Bastou um homem com as mesmas características físicas do ex-presidente aparecer na varanda para uma sequência de projeteis atingir a fachada do imóvel. O objetivo dos atiradores não era alvejar o gaúcho de São Borja, mas sim dispersar o público e evitar que o clima de euforia refletisse no pleito municipal.
Getúlio Vargas não estava na sede do partido no momento dos tiros. A chegada do senador sofreu um atraso, pois um dos veículos da comitiva capotou na região de São Roque e deixou duas pessoas feridas.
Os disparos partiram da sede do Clube União Recreativo, distante cerca de 50 metros da sede do PTB. Os autores foram localizados logo na sequência, no forro do imóvel, e detidos pela polícia.
O homem baixo e barrigudo que saiu na sacada do prédio, momentos antes dos tiros, foi o capitão Carlos Franco Pinto. Ele era secretário geral do PTB no estado de São Paulo, presidente do diretório local, homem forte da polícia militar em Sorocaba e amigo pessoal de Getúlio Vargas. Partiu dele o convite para o senador discursar na cidade em favor de Gualberto Moreira.
Havia um clima de insegurança no ar. Getúlio tinha sido deposto do cargo de presidente dois anos antes, depois de longos 15 anos de governo, e colecionava inimigos. A sua presença também incomodava os adversários, pois o seu discurso era capaz de atrair as massas e cativar os eleitores.
Durante a série de comícios pelo interior do Estado, Getúlio Vargas foi severamente atacado antes de desembarcar em Sorocaba. Estudantes fizeram um enterro simbólico do ex-presidente em Ribeirão Preto.
Em Cravinhos, ele teria recebido um tapa no rosto, segundo o jornal O Dia. Já O Estado de S. Paulo publicou que o senador cancelou a visita em Sertãozinho e precisou da ajuda policial para não ser agredido em São Simão.
Para o filho do capitão, o delegado aposentado Álvaro Luz Franco Pinto, 78 anos, esse retrato da história mostra que Getúlio Vargas não estava literalmente na mira das armas em Sorocaba. "Os autores dos disparos eram excelentes atiradores e poderiam ter acertado o meu pai, o Gualberto Moreira e as outras pessoas presentes naquela sacada. A intenção não era matar, mas dissolver a multidão", diz.
Álvaro levantou mais uma hipótese de os projeteis terem sido disparados em Sorocaba sem um alvo definido. Após o incidente, o delegado regional Francisco Franco do Amaral teria prendido os atiradores, mas o capitão Franco Filho foi ouvido como testemunha e declarou o caso como um simples distúrbio.
"Com isso, os atiradores pegaram um processo pequeno e, depois, até o governador Ademar de Barros ligou agradecendo o meu pai por não ter exigido a tentativa de homicídio", lembra. O curioso é que, na ocasião, o chefe do executivo estadual era adversário político de Vargas.
De acordo com Álvaro, o público foi convocado a retornar à praça por meio do sistema de som após o tiroteio. A plateia viu Getúlio Vargas desembarcar em Sorocaba e discursar na sacada do PTB. Em seguida, o senador almoçou na residência de Franco Pinto, na chácara Vergueiro, e seguiu para Itapetininga. Nove dias depois, Gualberto Moreira seria anunciado o novo prefeito da cidade com 6.975 votos.
Testemunhas
Duas pessoas presenciaram o tiroteio ocorrido na praça central de Sorocaba. O escritor e jornalista Otto Wey Netto, 87, estava na sacada do prédio e narrava ao vivo pela rádio PRD-7 o evento político quando começaram os disparos.
Netto pensou que o conflito estava restrito à praça. "Comecei a narrar o tiroteio, mas uma pessoa se arrastou até a sacada, pegou na minha calça e falou para eu sair porque os tiros eram contra nós", lembra.
De acordo com Netto, a fachada do prédio ao redor da sacada ficou toda marcada pelos projeteis. "Até uma aparelhagem de som que estava por lá foi perfurada", conta. O jornalista não viu Getúlio Vargas.
Já o professor Milton Marinho Martins, 92, estava na praça para assistir ao comício. Ele era candidato ao cargo de vereador Partido Democrata Cristão (PDC), ouviu os tiros e depois viu a chegada de Getúlio Vargas. "Na hora do tiroteio foi uma correria e falaram que os disparos partiram do Recreativo, mas isso era suposição."
O escritor e historiador Juremir Machado da Silva, autor do livro Getúlio, ouviu de duas fontes o caso ocorrido em Sorocaba naquele ano de 1947. "Segundo as minhas fontes, ele [Getúlio] não teria estado em Sorocaba, mas isso eu não posso garantir", diz.
Um entrevistado ligado à guarda pessoal de Getúlio confirmou o tiroteio em Sorocaba, mas ressaltou que o senador não estava no local. "Outra vez, eu perguntei isso a um homem que conheceu bem o Getúlio, que era o Guilherme Arinos. Ele foi secretário pessoal do Getúlio e falou que isso não aconteceu. Disse que isso era uma lenda urbana."
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
Na década de 40, o casarão teve como dono o capitão Carlos Franco Pinto, que era o secretário geral do PTB do estado de São Paulo, presidente do partido em Sorocaba. Foi o local onde o capitão Franco Pinto recebeu Getúlio Vargas para um almoço, depois do discurso feito pelo senador e ex-presidente do Brasil na Praça Cel. Fernando Prestes no dia 6 de novembro de 1947. Lembrando que nesse dia aconteceu possivelmente o atentado que publicamos anteriormente..facebook.com/sorocaba24hrs/ posts/582036892562061
“Écos dos acontecimento de Sorocaba” - Os resultados do inquérito policial sobre a morte do dr. David Athayde. Jornal “Correio Paulistano/SP”
30 de Março de 1933, domingo
“Écos dos acontecimento de Sorocaba” - Os resultados do inquérito policial sobre a morte do dr. David Athayde. Jornal “Correio Paulistano/SP”
Jornal da República
1979
Fonte: Jornal da República Ao encontrar o prefeito de Sorocaba, Theodoro Mendes (1941-2020), num gabinete do Congresso, logo depois de obter a confirmação da visita presidencial, Paulo Maluf, todo orgulhoso, fez-lhe a pergunta: Qual foi o último presidente que visitou Sorocaba?
Foi Getúlio Vargas, em 47, e sofreu um atentado, respondeu o prefeito.
Como é, vamos ter dez mil pessoas nas ruas?, indagou Maluf. Depende de vocês...
Na verdade, o único presidente da República que já visitou Sorocaba foi Getúlio Vargas, mas em 40. Ele voltaria à cidade em 47, após a queda do Estado Novo, a convite do chefe político capitão Franco Pinto e estava previsto um pronunciamento de Getúlio na sacada de um casarão, na praça cel. Fernando Prestes, a principal da cidade. Alguns pistoleiros foram contratados para matá-lo e se instalaram num prédio em frente. Mas, Getúlio demorasse muito para aparecer, os pistoleiros beberam além da conta. Quando Franco Pinto, que era fisicamente parecido com Getúlio, apareceu na sacada, eles começaram a atirar a esmo e não acertaram nenhum tiro.
Jornal Cruzeiro do Sul
30 de Agosto de 2014, domingo
O tiro que não atingiu Getúlio Vargas. Por Giuliano Bonamim, no jornal Cruzeiro do Sul Duas armas de fogo apontavam para a sede do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), situada na rua São Bento, em Sorocaba. Era 6 de novembro de 1947, três dias antes da primeira eleição para prefeito através do voto popular. Na sacada do prédio era aguardada a presença do então senador Getúlio Vargas - cuja morte completa hoje 60 anos -, convidado para impulsionar a campanha do candidato Gualberto Moreira. Bastou um homem com as mesmas características físicas do ex-presidente aparecer na varanda para uma sequência de projeteis atingir a fachada do imóvel. O objetivo dos atiradores não era alvejar o gaúcho de São Borja, mas sim dispersar o público e evitar que o clima de euforia refletisse no pleito municipal.
Getúlio Vargas não estava na sede do partido no momento dos tiros. A chegada do senador sofreu um atraso, pois um dos veículos da comitiva capotou na região de São Roque e deixou duas pessoas feridas.
Os disparos partiram da sede do Clube União Recreativo, distante cerca de 50 metros da sede do PTB. Os autores foram localizados logo na sequência, no forro do imóvel, e detidos pela polícia.
O homem baixo e barrigudo que saiu na sacada do prédio, momentos antes dos tiros, foi o capitão Carlos Franco Pinto. Ele era secretário geral do PTB no estado de São Paulo, presidente do diretório local, homem forte da polícia militar em Sorocaba e amigo pessoal de Getúlio Vargas. Partiu dele o convite para o senador discursar na cidade em favor de Gualberto Moreira.
Havia um clima de insegurança no ar. Getúlio tinha sido deposto do cargo de presidente dois anos antes, depois de longos 15 anos de governo, e colecionava inimigos. A sua presença também incomodava os adversários, pois o seu discurso era capaz de atrair as massas e cativar os eleitores.
Durante a série de comícios pelo interior do Estado, Getúlio Vargas foi severamente atacado antes de desembarcar em Sorocaba. Estudantes fizeram um enterro simbólico do ex-presidente em Ribeirão Preto. Em Cravinhos, ele teria recebido um tapa no rosto, segundo o jornal O Dia. Já O Estado de S. Paulo publicou que o senador cancelou a visita em Sertãozinho e precisou da ajuda policial para não ser agredido em São Simão.
Para o filho do capitão, o delegado aposentado Álvaro Luz Franco Pinto, 78 anos, esse retrato da história mostra que Getúlio Vargas não estava literalmente na mira das armas em Sorocaba.
"Os autores dos disparos eram excelentes atiradores e poderiam ter acertado o meu pai, o Gualberto Moreira e as outras pessoas presentes naquela sacada. A intenção não era matar, mas dissolver a multidão", diz.
Álvaro levantou mais uma hipótese de os projeteis terem sido disparados em Sorocaba sem um alvo definido. Após o incidente, o delegado regional Francisco Franco do Amaral teria prendido os atiradores, mas o capitão Franco Filho foi ouvido como testemunha e declarou o caso como um simples distúrbio.
"Com isso, os atiradores pegaram um processo pequeno e, depois, até o governador Ademar de Barros ligou agradecendo o meu pai por não ter exigido a tentativa de homicídio", lembra. O curioso é que, na ocasião, o chefe do executivo estadual era adversário político de Vargas.
De acordo com Álvaro, o público foi convocado a retornar à praça por meio do sistema de som após o tiroteio. A plateia viu Getúlio Vargas desembarcar em Sorocaba e discursar na sacada do PTB. Em seguida, o senador almoçou na residência de Franco Pinto, na chácara Vergueiro, e seguiu para Itapetininga. Nove dias depois, Gualberto Moreira seria anunciado o novo prefeito da cidade com 6.975 votos.
Testemunhas
Duas pessoas presenciaram o tiroteio ocorrido na praça central de Sorocaba. O escritor e jornalista Otto Wey Netto, 87, estava na sacada do prédio e narrava ao vivo pela rádio PRD-7 o evento político quando começaram os disparos.
Netto pensou que o conflito estava restrito à praça. "Comecei a narrar o tiroteio, mas uma pessoa se arrastou até a sacada, pegou na minha calça e falou para eu sair porque os tiros eram contra nós", lembra.
De acordo com Netto, a fachada do prédio ao redor da sacada ficou toda marcada pelos projeteis. "Até uma aparelhagem de som que estava por lá foi perfurada", conta. O jornalista não viu Getúlio Vargas.
Já o professor Milton Marinho Martins, 92, estava na praça para assistir ao comício. Ele era candidato ao cargo de vereador Partido Democrata Cristão (PDC), ouviu os tiros e depois viu a chegada de Getúlio Vargas."Na hora do tiroteio foi uma correria e falaram que os disparos partiram do Recreativo, mas isso era suposição."
O escritor e historiador Juremir Machado da Silva, autor do livro Getúlio, ouviu de duas fontes o caso ocorrido em Sorocaba naquele ano de 1947.
"Segundo as minhas fontes, ele [Getúlio] não teria estado em Sorocaba, mas isso eu não posso garantir", diz.
Um entrevistado ligado à guarda pessoal de Getúlio confirmou o tiroteio em Sorocaba, mas ressaltou que o senador não estava no local. "Outra vez, eu perguntei isso a um homem que conheceu bem o Getúlio, que era o Guilherme Arinos. Ele foi secretário pessoal do Getúlio e falou que isso não aconteceu. Disse que isso era uma lenda urbana."
Palco de muitos fatos históricos desde 1654. Por Carlos Araújo, jornal Cruzeiro do Sul
30 de Março de 2015, domingo
Palco de muitos fatos históricos desde 1654. Por Carlos Araújo, jornal Cruzeiro do SulEm 1947, a praça foi palco de uma tentativa de atentado contra o então senador Getúlio Vargas, que havia sido presidente do Brasil por 15 anos, entre 1930 e 1945. Contaram as testemunhas que um atirador se posicionou no forro do Clube União Recreativo. Getúlio apareceria na sacada do Sorocaba Clube durante um comício do PTB, que tinha Gualberto Moreira como candidato a prefeito.
De repente, um homem com o perfil de Getúlio foi visto pelo atirador na sacada do Sorocaba Clube, em meio a um grupo de pessoas. Começaram os tiros. Foi um tumulto geral. O fato é que o verdadeiro Getúlio ainda não estava na cidade.
Carteirinha de sócio Data: 09/01/1937 09/01/1937
ID: 8949
ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.