| Revista Educação em Questão | | 2019 Atualizado em 17/05/2025 00:58:54
INTRODUÇÃOEm meados da década de 1930, o educador e teórico da educação rural Renato Sêneca Fleury publicou uma importante contribuição didática à escolarização do meio rural brasileiro. Foram lançados, em 1935, Na roça: cartilha rural para alfabetização rápida. E, em 1936, os três livros de leitura complementares a esta cartilha, assim como o livro Educação rural, que expunha as bases teóricas e de concepção de escolarização campesina idealizada pelo autor nessas obras. Todos pela editora Melhoramentos.É propósito do atual trabalho apresentar de que maneira Renato Fleury, um destacado produtor de materiais didáticos, concebia a educação rural brasileira. Proveniente do magistério rural, professor de grupo escolar interiorano, diretor de ginásios em importantes cidades paulistas e articulado com uma editora consolidada na publicação de livros destinados à escolarização infanto-juvenil, este escritor e docente é exemplar no que o pensamento educacional paulista pretendia para o homem do campo. É objetivo desse trabalho apresentar analiticamente as propostas de educação rural formuladas pelo autor. Para tanto, será privilegiado o estudo de seu livro Educação rural, de 1936. Os procedimentos metodológicos de análise desta obra serão acompanhados de interlocução com outros estudos sobre Renato Fleury e sua produção de material didático destinado à educação rural em meados da década de 1930.Nascido em 1895, Renato Sêneca Fleury formou-se na Escola Normal de São Paulo em 1912. Lecionou, então, em diversas escolas rurais no interior paulista, tornando-se professor do Grupo Escolar de Sorocaba, em 1915. É a partir desta experiência no magistério que Renato Fleury publicou pela Companhia Melhoramentos seu primeiro livro didático em 1920, intitulado Quadros para o ensino intuitivo. Sua parceria com a Melhoramentos será mantida por muitos anos. Nessa editora, foi um dos organizadores de sua Biblioteca Infantil. Renato Fleury foi prolixo produtor de cartilhas de alfabetização e de livros didáticos. Escreveu literatura infantil, diversos artigos para jornais, livros de leitura, obras sobre personagens históricos e muitos outros materiais com enfoque na educação. O auge de sua produção didática ocorreu entre meados da década de 1930 e meados da década de 1940 (MESSENBERG, 2012). Seu maior sucesso editorial foi o livro de letramento com o título Na roça: cartilha rural para alfabetização rápida. Publicada pela Companhia Melhoramentos, essa cartilha teve, ao menos, 133 edições entre 1935 e 1957 (MESSENBERG, 2012). Depois de dirigir ginásios estaduais em São Carlos, Itu e Ribeirão Preto, Renato Fleury radicou-se em Sorocaba, na década de 1930, onde atuou como importante intelectual e educador. Em 1935 e 1936, quando da publicação dos livros sobre educação rural, o autor era professor da Escola Normal de Sorocaba. Renato Fleury faleceu em 1980.
OII!
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Sobre o Brasilbook.com.br
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!  |
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