Entre engenhos e canaviais: Senhoras do açúcar em Itu (1780-1830)
2008 Atualizado em 09/11/2025 16:30:23
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um papel não muito comum às mulheres150.Já Mello explica que as mulheres apareciam muitas vezes à frente dos engenhos herdados dos maridos, administrando-os diretamente ou encarnando, como principal beneficiária, a integridade de um patrimônio que os sucessores tinham interesse em manter e cuja gestão se entregava ao filho ou ao genro151.
Dos 3 engenhos comprados por mulheres, 2 foram adquiridos por Dona Maria da Anunciação Goes Paxeco e pertenciam à herança materna do Alferes Manoel Antonio de Campos. A propriedade de dois engenhos, devido ao seu alto valor de instalação nesse período, era incomum e a maioria dos proprietários tinha apenas um engenho e outros sítios em que plantavam cana-de-açúcar, gêneros alimentícios e criavam animais. O outro engenho foi comprado por Josefa Maria do Amaral em 1815 e, conforme relatado:
“Como Escritura de venda, compra de huma chácara com engenho, serras nos surbúbios desta villa que vende o Reverendo Antonio Paxeco da Silva a Donna Jozefa Maria do Amaral pela quantia de 1:520$000” 152
Ela declara na escritura do registro que era casada com o Capitão Theobaldo de Mello, porém há 18 anos vivia separada do marido e desde então, administrava seus próprios negócios. “...Dis Donna Jozefa Maria do Amaral desta villa que ella suplicante não obstante ser cazada legitimamente com o Capitam Theobaldo de Mello e crer com tudo como a dezoito annos mais ou menos que vive separada delle, tem legido por si a sua pessoa, e bens de sorte que na realidade tem a necessária descrição para contratar, obrigar-se com tudo para a suplicante obrigar se por escritura publica do Reverendo Padre Antonio Paxeco da Silva pelo preço da chácara que lhe comprou, requer a vossa mercê a authorize por seo despaxo para fazer a dita compra, obrigar-se ficando deste modo suprida a fraqueza do intender das mulheres e a falta de autoridade de seo marido, mande que o escrivão lavrar...153”O trecho citado pode mostrar, de um lado, os obstáculos que as mulheres poderiam encontrar nessa época e, de outro, as maneiras de driblar as regras institucionais dessa mesma sociedade. Uma vez que a compradora, mesmo de maneira informal, conseguiu gerir seus próprios negócios descartando a necessidade de recorrer a um processo de divórcio para estabelecer uma separação oficial do marido. Contudo, a preocupação de Donna Jozefa Maria do Amaral em requisitar uma autorização para a compra do engenho, “ficando deste modo suprida a fraqueza do intender das mulheres154" demonstra que a administração feminina de negócios não era tarefa fácil. Na parte relativa ao consentimento do marido para compra ou venda de bens de raiz, ou imóveis, o Código Filipino no Livro 3, Título 47 define que:“... Nenhum homem casado poderá sem procuração, ou ortoga de sua mulher nem a mulher sem procuração de seu marido, litigiar em juízo sobre bens de raiz seus próprios, ou de foro feito para sempre, ou a tempo certo, sendo o arredamento de dez annos ou dahi para cima, porque em taes arrendamentos de dez annos o senhorio proveitoso da cousa arrendada passa aquelle, a que o arrendamento he feito.E o mesmo não poderá litigiar em juízo sobre o direito de algumas rendas, pensões, terças, foros, ou tributos seguem a natureza e qualidade dos bens de raiz, e por taes foros, rendas, pensões, ou tributos seguem a natureza e qualidade dos bens de raiz, e por taes são havidos e julgados, ou sobre Direitos Reaes, Padroados e juridiscções, ou sobre quaesquer bens, em que cada hum delles marido, ou mulher tenham o uso e fructo somente, posto que as demandas sejam sobre forças dos ditos bens, ou direitos, quer sejam casados por carta de metade, quer per dote e arras. E fazendo alguma das ditas pessoas o contrario, todo o que processar, seja havido por nenhum...”155Dessa forma, os obstáculos legais que dificultavam a administração feminina, poderia ser um dos motivos para a maioria delas vender seus engenhos, como por exemplo, D. Gertrudes Umbelina Ferraz de Campos, com registro de venda do ano de 1809:“...Escritura de venda e compra de hum citio engenho terras, pertencentes do engenho, tendal e dous escravos, que vende Donna Gertrudes Umbelina Ferraz[p. 64, 65]
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.