“Batalha de Venda Grande”, a derrota do exército de Sorocaba em Campinas
7 de junho de 1842, terça-feira Atualizado em 24/10/2025 03:34:02
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A Batalha da Venda Grande, mais conhecida como O Combate da Venda Grande, foi uma batalha ocorrida no município brasileiro de Campinas, estado de São Paulo, em 7 de junho de 1842. A batalha foi travada entre revoltosos liberais e forças imperiais durante a Revolução Liberal de 1842, contra o governo do Partido Conservador no Império do Brasil. A vitória conservadora ajudou o governo a vencer os revoltosos em geral e a manter a ordem vigente no país. [Curiosidades: 1842 – Combate de Venda Grande. EPTV. Consultado em 6 de janeiro de 20112]
Há 7 de junho de 1842, aconteceu em Campinas um momento agudo, e por isso mesmo emblemático, da evolução política do Brasil: um combate armado dos insurgentes da Província de São Paulo contra as forças da capital Rio de Janeiro, que para cá foram enviadas. Morreram no episódio 17 insurgentes e 2 soldados imperiais. Os 19 corpos foram transferidos à cidade, esta que, justamente naqueles meses, fora elevada de Vila de São Carlos para Cidade de Campinas.Junto à Capela próxima ao local onde repousa o monumento, existe uma placa com os dizeres: Vós que aqui estais rezando, lembrai-vos de nós, dezessete bravos revoltosos que, numa tarde de junho, neste local do Engenho da Lagoa, morremos por um ideal. Combate da Venda Grande, Revolução Liberal de 1842.A Fazenda da Lagoa pertencera a Teodoro Ferraz Leite, então já falecido, e inventariante do patrimônio era seu genro Luciano Teixeira Nogueira, deputado pela província de São Paulo. O então muito jovem imperador D. Pedro II alcançara formalmente a maioridade em 1840, aos quatorze anos e sete meses de idade. Dois partidos políticos haviam se formado: o Conservador e o Liberal, e disputavam as posições de governo.Em 1841 governava o Conservador. Nas eleições gerais venceram os liberais, mas estas foram impugnadas e anuladas sob demonstrações de fraude. O Partido Liberal viu-se alijado do poder em todo o país. São Paulo e Minas se insurgiram contra o Império. Em São Paulo o movimento foi estruturado pelo Padre Diogo Feijó, paulistano que exercera docência e sacerdócio em Guaratinguetá e em Campinas, fundador do Partido Liberal, e que fora regente do Império; por Nicolau Vergueiro, ex-regente, deputado e senador por São Paulo e Minas, ex-ministro do Império (e voltaria a sê-lo); Antônio Manoel Teixeira, fazendeiro em Campinas, ex-prefeito da então Vila de São Carlos; Luciano Teixeira Nogueira, deputado pela província, proprietário da Fazenda Chapadão; o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, deputado e ex-presidente da Província de São Paulo, fundador da nossa Polícia Militar; major Francisco Galvão de Barros França no comando militar dos rebeldes; Capitão Boaventura do Amaral, de Itú, a quem coube estruturar a incipiente organização militar em Campinas, morreu no Combate da Venda Grande; os trabalhos de imprensa foram feitos por Hércules Florence, francês radicado em Campinas, inventor da fotografia.Em Minas Gerais o movimento foi liderado por Teófilo Otoni, homem de grande disposição e iniciativa. A cidade de Sorocaba, em São Paulo, foi aclamada como capital provisória da província. Então, no Rio de Janeiro, sob deliberação do Ministro da Guerra José Clemente Pereira, foi atribuída ao Brigadeiro Luís Alves de Lima e Silva, Barão de Caxias, a chefia de novecentos homens que adentraram à província, a partir dos portos de São Sebastião, para o vale do Paraíba, e de Santos, até a capital São Paulo.No caminho de São Paulo a Campinas aqui abordaram, em surpresa, os liberais aquartelados no armazém ou paiol da Fazenda da Lagoa, conhecido como Venda Grande.Ordem de prisão! Responderam com fogo. 19 mortos. Na liderança da resistência morreu Boaventura do Amaral.Este evento insere-se no conjunto de insurreições provinciais no Brasil. Comecemos a partir da independência do Brasil. A primeira iniciativa política contrária ao regime político após a Independência, em 1822, foi a Confederação do Equador (1824), em Pernambuco, ainda no Primeiro Reinado, com adesão das províncias do Ceará, do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Esta foi, por outro lado, a única sublevação declaradamente separatista; todas as demais almejaram de fato uma influência forte sobre o governo. A insurreição em Pernambuco foi dominada por 1.200 homens do poder central, sob o comando do Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, futuro regente do Império, pai de Luís Alves, futuro Duque de Caxias.Naquele episódio, um dos líderes foi o religioso Frei Caneca, jornalista inflamado, finalmente condenado à forca. Os carrascos se recusaram a executar. Com ordem de fuzilamento um militar do pelotão desfaleceu. O frade findou por ser executado, mas o evento teve repercussão nacional e comoveu o povo, negativamente para o prestígio do então imperador D. Pedro I.Em 1835, com uma mudança na Constituição, chamada de Ato Adicional, a Regência passou a ser única, com eleição vencida pelo Padre Feijó. Eclodem então, ao mesmo tempo, no Pará a Cabanagem, pelos cabanos, gente simples, liderados por Bernardo de Souza, que se apoderaram da capital da província; e no Rio Grande do Sul a Guerra dos Farrapos, ou Farroupilha, a revolução mais longa da História do Brasil, sangrenta, que durou dez anos. A Cabanagem foi vencida por grandes reforços provenientes do Rio de Janeiro, sob o comando do Brigadeiro Francisco de Andreia. Mas a Regência não teve, naquele momento, recursos para ao mesmo tempo dar conta do levante gaúcho, no extremo oposto da costa, e o conflito lá se prolongou.Eclode em 1837 a Sabinada na Bahia, com chefia do médico Francisco Sabino, que se apodera da cidade de Salvador. Conta-se que a cidade foi retomada com cerco por mar e terra pelas forças governamentais, em episódios violentos, e morte de mais de mil pessoas. A Balaiada no Maranhão aconteceu sob chefia de Raimundo Gomes, de Manuel Balaio e do negro Cosme Bento, na região da cidade de Caxias, junto à fronteira do atual Piauí; um levante desorganizado, conturbado por crimes de toda sorte, porém fortemente popular. Para combatê-lo foi enviado o Coronel Luís Alves de Lima e Silva, que habilmente controlou progressivamente a revolta, com propostas de acordo e anistia que se mostraram eficazes. Pelos serviços prestados Luís Alves recebeu do Imperador o título de Barão de Caxias. Em Caxias, Maranhão, existe hoje erigido o Memorial da Balaiada.São Paulo, em 1842. O Ministro da Guerra, José Clemente Pereira, encarrega o Barão de Caxias a dirigir-se à província com 900 homens e dar combate aos paulistas. Escaramuças aconteceram em Campinas, Venda Grande, 19 mortos, e no Vale do Paraíba, Vila de Silveiras, onde revoltosos despreparados avançam sobre a tropa. Resultado: 48 revoltosos e 8 soldados mortos.
Em Minas Gerais o movimento foi dominado em Santa Luzia, hoje região metropolitana de Belo Horizonte. Teófilo Otoni foi preso. O Padre Feijó foi preso em Sorocaba. Tobias de Aguiar foi preso no interior.
No Rio Grande do Sul a Farroupilha prosseguia, liderada por Bento Gonçalves; Os insurgentes haviam fundado a República Rio-Grandense. O movimento invadira ainda a Província de Santa Catarina, sob liderança do italiano Giuseppe Garibaldi, onde fundaram outra república, chamada Juliana, que durou quatro meses.Ainda em 1842, o Barão de Caxias foi encarregado de pacificar o Sul. As forças legais derrotam os Farrapos na batalha de Poncho Verde, em 1843. Em março de 1845 foi assinado o tratado que pôs fim à longa guerra. Diz-se que a atuação de Luís Alves de Lima e Silva foi tão nobre, e correta para com os oponentes, que a província, novamente unificada, o indicou para senador. O império, reconhecido, outorgou-lhe o título de Conde de Caxias (seria mais tarde Marquês e Duque).Nesse ínterim havia sucedido algo próprio da nossa cultura, e herdada da portuguesa: a tolerância, seguida de retomada com perseverança: Anistia Geral em 1844. Tobias de Aguiar, Teófilo Otoni e outros foram beneficiados.Em 1846 vem o imperador D. Pedro II a Campinas, pela primeira vez. Era um rapaz de 21 anos de idade. Porém rodeado de políticos experientes. A figura do Imperador foi fundamental para a unidade da Nação.Há que se se dar conta do propósito constante na mente daqueles homens que consolidaram regiões tão distantes e peculiares em um único país. Fatores propiciaram a unidade, tais como o acesso por mar, apesar de imensa costa, e o relevo relativamente acessível. Mas, o pensamento convergente de políticos na capital Rio de Janeiro, homens como Araújo Lima, Regente, José Clemente Pereira, Ministro da Guerra, Aureliano Coutinho, Ministro da Justiça, Paulo Barbosa, administrador da Casa Imperial, o próprio Luís Alves de Lima e Silva, e outros, colaboraram para estruturar o Brasil de hoje.D. Pedro II – órfão da mãe com 1 ano de idade, privado do pai aos 5 anos de idade – foi homem que desenvolveu por conta própria um espírito de amor à arte, à ciência e à justiça, que alcançou o respeito do mundo. Ele foi exemplo maior aos brasileiros e deve ser eternamente amado.Luciano Teixeira Nogueira, o inventariante da Fazenda da Lagoa, foi proprietário herdeiro da Fazenda Chapadão. A Fazenda foi vendida anos depois, passou por diferentes proprietários e herdeiros, inclusive o Barão de Itapura. Foi adquirida pelo Exército em 1942. A sede, construída pelo pai de Luciano, serve até hoje ao Comando da 11.ª Brigada de Infantaria Leve.Referência:O presente artigo foi editado do discurso original do autor, proferido no dia 7/6/2019, em frente ao Monumento localizado no atual Bairro dos Amarais, como atividade cívica promovida pelo Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas (CCLA).
Campinas, SP, Brasil [Reinaldo Camargo Rigitano – professor universitário. Secretário do Centro de Ciências, Letras e Artes, 30.07.2019. ihggcampinas.org]
Após ser proclamado pelos rebeldes presidente interino em Sorocaba, que foi declarada capital provisória da Província, o Brigadeiro Tobias se encarregou de reunir a chamada Coluna Libertadora, com 1.500 homens, com a qual tentou invadir São Paulo para depor o presidente da Província, o Barão de Monte Alegre.
Declarou Sorocaba capital provisória e pretendia marchar com seus homens rumo à “verdadeira” capital, São Paulo, para depor o “verdadeiro” presidente da província. Foi acuado no meio do caminho, em Campinas, pelas tropas imperiais do barão de Caxias, o futuro duque de Caxias. Derrotado, teve de fugir para o Rio Grande do Sul, onde foi preso.
Combate de Venda Grande
Hoje, poucos conhecem a história do monumento. Instalado no canteiro central da avenida e rodeado de flores e arbustos, ele é mantido diariamente pelos próprios moradores da área.
Num pedaço de Campinas que vai aos poucos ganhando urbanização, quase nas bandas do subdistrito de Barão Geraldo e antiga área da Fazenda Santa Genebra, logo após o Campo dos Amarais e o Colégio Técnico Industrial “Conselheiro Antonio Prado”, um marco pouco visível indica o local onde em 7 de junho de 1842 ocorreu o combate da Venda Grande.
Combate, em Campinas?
Sim, exatamente isso! Um combate no qual as tropas imperiais derrotaram forças rebeladas, num movimento deflagrado na Província de São Paulo, sob o comando do brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar.
Foi o ponto derradeiro da Revolução Liberal que também teve o Padre Diogo Antonio Feijó como um de seus líderes e eclodiu em Sorocaba, principal centro da revolta contra o Ministério.
O marco, erigido em 1956 por iniciativa do Departamento de História do Centro de Ciências Letras e Artes de Campinas, pretendeu assinalar com a data gravada e dizeres breves ("Combate de Venda Grande - 7-6-1842") tudo aquilo que teve um epílogo que estremeceu a gente do seu tempo e ceifou vidas em inúmeras famílias campineiras.
Pouco divulgado e bem pouco conhecido, o episódio de Venda Grande vai permitir, reproduzir o campo da operação bélica o quanto possível dentro do cenário existente nos dias em que Boaventura do Amaral tombou morto sob o assédio e o fogo dos comandados do coronel Amorim Bezerra, que o então Barão de Caxias mandou vir atacar os paulistas em armas.
Um quadro a óleo de um dos pintores "Dutra", conservou a imagem do prédio, construído provavelmente em 1.802. Seu proprietário e possível construtor, major Teodoro Ferraz Leite, já era falecido por ocasião do combate, quando o casarão estava abandonado e fazia parte do espólio em inventário.
No térreo situavam-se os serviços e no andar superior residia a família do riquíssimo Teodoro Ferraz Lelte, senhor de engenho casado em segundas núpcias com a mulher que, na época, era considerada a mais bonita e a mais gorda de Campinas (Dona Maria Luiza Teixeira). Era o local conhecido no tempo como o "Sítio do Teodoro" ou "Venda Grande".
O depoimento dos antigos davam conta de que o capitão Boaventura do Amaral e muitos dos seus companheiros feridos por ocasião do ataque do exército imperial, morreram naquele edifício.
Quem pretender conhecer onde fica o "cemitério da guerra" lamentavelmente não encontrará muita coisa; pois este passou a ser mera referência, porque, em verdade, houve mortos sepultados em torno da Venda Grande, depois removidos para locais não identificados. Mas o respeito popular ainda ocasiona manifestações que se traduzem no freqüente aparecimento de velas e imagem junto ao marco instalado pelo Centro de Ciências Letras e Artes.
O movimento liberal ergueu-se contra os conservadores, que estavam no poder, em 1842. Os motivos, segundo Washington Luis, que foi também notável historiador, resume-se no seguinte: "As leis da reforma judiciária, criadora do Conselho de Estado, atentavam contra a Constituição do País, violando o Ato Adicional.
O golpe de estado de "maio de 1842, que dissolveu a Câmara dos Deputados, em sua maioria contra o governo, amputara à oposição o recurso legal". Os conservadores estavam no poder desde março de 1841, sendo presidente da Província de São Paulo, o baiano Barão de Monte Alegre. Os liberais estavam exasperados, e em São Paulo projetaram depor o presidente, e aclamar o brigadeiro Rafael Tobias Barreto para o cargo. O movimento foi chefiado pelo senador Feijó, já muito idoso e doente.
O verdadeiro historiador da Venda Grande, Amador Bueno Machado Florence, publicou na Gazeta de Campinas, em 1882, uma série de 14 crônicas, entre os dias 7 junho e 16 de julho. O cronista era filho de Hércules Florence, que foi amigo íntimo e compadre do cabeça da revolução em Campinas, Antônio Manuel Teixeira. Ele relatou minuciosamente os episódios da ação revolucionária de 1842 em Campinas, ressaltando o heroísmo dos participantes.
Assim ele descreve o exato momento em que se deu o confronto entre as tropas governistas e os rebeldes, segundo o relato de um dos combatentes liberais (aqui é usado português da época):
"Fomos surpreendidos sem que tivessem ainda chegado Reginaldo (de Moraes Salles) com os da Limeira. Esperávamos descansados e dispersos, alguns mesmos em profundos sono no velho sobrado e dependências, quando assomou no alto do pasto, em nossa frente, a cavalaria inimiga, contra a qual logo que pudemos apontar duas pecinhas de difícil manobra nos tais carretões de arrastar madeira, bem ou mal, mandamos o nosso primeiro pelotinho de calibre 4, que nos pareceu dar com alguns em terra, pois estavam distantes.
Mal sabíamos, porém, que só chamavam para aquele ponto a nossa atenção, fingindo cair; o que queriam era que pelo flanco, todo em capoeira, nos viessem até quase a retaguarda os periquitos do Bezerra.
E, de facto, quando demos por eles, foi já pelo relampear das baionetas, e pelas cerradas descargas sobre o grupo dos nossos poucos que puderam tomar as armas em desordem e empunhar bravamente as duas pecinhas, cujos tiros não iam tão apressados como desejávamos, pela simples razão de não termos artilheiros, sendo o melhor que tínhamos o Chico de Barros,que o sr. Mateus conhece, o Camarada do Vicente Leite. O Boaventura (do Amaral) e o Vianna ainda assim faziam os impossíveis, secundados com denôdo por companheiros como Luiz Aranha, capitão Silva, (o nosso Chico Rato) parente de vosmeces, e outros bravos, cujos nomes agora me passam do sentido, mas que direi ainda.
Tinham já dado uns 8 tiros, pois iam acertando com a pontaria, quando o granizo das nutridas descargas dos negrinhos começou a dar sério, ora n’um ora n’outro dos nossos, que nenhum troco podiam dar de fuzilaria, pois só então verificariam nada valerem as suas espingardinhas de caça, em frente as reiunas de formidável adarme e alcance de 400 passos e mais, rapidamente manejadas, como estavam”.
Outro momento marcante do relato é o da nomeação dos mortos no combate:
“o bravo e generoso Boaventura, deixando numerosa família; o valente e atrevido Antonio Joaquim Vianna; o destemido Negueime, primo de Joaquim Bonifácio; o João Evangelista Monteiro, primo de Juca de Salles; o João Francisco, alfaiate, official do Cezarino e um camarada do Bittencourt, cujo nome não me ocorre”. [“O maior Sorocabano” (2021) Rodrigo Maldonado]
Em 7 de junho, foram cercados, atacados e vencidos pelo 12º Batalhão de Caçadores. Nos combates morreu o capitão Boaventura do Amaral. Os sobreviventes foram feitos prisioneiros e entregues aos cuidados de um padre conservador de Limeira. Foram degolados, e esse número, segundo Adilson Cezar, pode ter sido de 19 vítimas. A partir desse episódio o local da batalha passou a ser conhecido como Massacre de Venda Grande.
[28421] Fatos estão eternizados em documentos e telas, Carlos Araujo, Jornal Cruzeiro do Sul 17/05/2012 [3566] Campinas, meu morcampinassim.blogspot.com 25/02/2017
ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.