19 de setembro de 2024, quinta-feira Atualizado em 05/10/2025 21:09:49
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Jacques de Molay, por vezes também chamado Tiago de Molay,[1] (em latim: Iacobus Burgundus; em francês: Jacques de Molay ; (1244 – Paris, 18 de março de 1314) foi um religioso e militar francês, e o último grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários.[2] Nascido em Molay, pertencia a uma família da pequena nobreza francesa. É hoje o patrono da Ordem DeMolay.[3]
Biografia
Nascido em Molay, comuna francesa atualmente localizada no departamento de Alto Sona, França, mas na época o vilarejo pertencia ao Condado da Borgonha. Muito pouco se sabe sobre sua infância e adolescência; aos seus 21 anos de idade, como muitos filhos da nobreza europeia, de Molay entrou para a Ordem dos Cavaleiros Templários, organização sancionada pela Igreja Católica para proteger as estradas entre Jerusalém e Acre, importante porto no mar Mediterrâneo.
Nobres de toda a Europa enviavam os filhos para serem cavaleiros templários, e isso fez com que a Ordem passasse a ser muito rica e popular em todo o continente europeu e Oriente Médio.
Em 1298, Jacques de Molay foi nomeado grão-mestre dos templários (assumiu o cargo após a morte de seu antecessor, Teobaldo Galdino), uma posição de poder e prestígio. Mas passou por uma difícil situação: as Cruzadas não estavam atingindo seus objetivos. O anticristianismo sarraceno derrotou as Cruzadas em batalhas, capturando algumas cidades e portos vitais dos cavaleiros templários e dos hospitalários (outra ordem de cavalaria). Restou apenas um único grupo do confronto contra os sarracenos.
Os templários resolveram, então, se reorganizar e readquirir sua força. Viajaram para a ilha de Chipre, esperando que a população se levantasse em apoio a outra Cruzada. Em vez de apoio público, os cavaleiros atraíram a atenção dos poderosos senhores feudais, muito deles seus parentes, pois para se entrar na ordem teria de se pertencer à nobreza.
Em 1305, o rei da França Filipe IV, o Belo (r. 1285–1314) resolveu obter o controle dos templários para impedir a ascensão da ordem no poder da Igreja Católica. O rei era amigo de Jacques de Molay devido ao parentesco deles; o delfim Carlos, mais tarde Carlos IV (r. 1322–1328), era afilhado de Jacques. Mesmo sendo seu amigo, o rei de França tentou juntar a ordem dos Templários e a dos Hospitalários, pois sentiu que as duas formavam uma grande potência econômica e sabia que a Ordem dos Templários possuía várias propriedades e outros tipos de riqueza.
Sem obter o sucesso desejado, de juntar as duas ordens e se tornar um líder absoluto, o então rei de França armou um plano para acabar com a Ordem dos Templários. Chamou o nobre francês Esquino de Floyran com a missão de denegrir a imagem dos templários e de seu grão-mestre, e como recompensa receberia terras pertencentes aos templários logo após derrubá-los. O ano de 1307 marcou o começo da perseguição aos cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 000 homens, Jacques foi a França para o funeral da imperatriz latina, Catarina de Courtenay, que era casada com Carlos de Valois, o irmão do rei, e levou consigo alguns cavaleiros. Logo foram capturados na madrugada de 13 de outubro por Guilherme de Nogaret, homem de confiança do rei Filipe IV.
Durante sete anos, Jacques de Molay e os cavaleiros aprisionados na masmorra sofreram torturas e viveram em condições subumanas. Enquanto isso, Filipe IV gerenciava as forças do papa Clemente V (1305–1314) para condenar os templários e suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas à proteção do rei. Mesmo após três julgamentos Jacques manteve sua lealdade para com seus amigos e cavaleiros, recusando-se a revelar o local das riquezas da Ordem e denunciar seus companheiros.
Em 18 de março de 1314, Jacques de Molay foi levado à Corte Especial. Como evidências, a corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas pelo grão-mestre. Desmentiu as confissões, sob as leis da época a pena por desmentir era a morte.
Foi julgado pelo Papa Clemente V, e assim como Jacques de Molay o cavaleiro Guido de Auvérnia desmentiu sua confissão e ambos foram condenados. Filipe IV ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia. Durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do então rei de França.Grão-mestradoJacques de Molay assume o grão-mestrado da ordem em 1298, não se sabendo no entanto a data exata da sua eleição. Eleito em detrimento de outra figura de peso dentro da ordem, Hugo de Pairaud, sobrinho do visitador do templo em França.O início do seu mestrado é marcado pela ação a favor de uma nova cruzada, desenvolvendo uma campanha diplomática na França, Catalunha, Inglaterra, nos estados da península Itálica e nos Estados Pontifícios. Esta campanha visou não só resolver problemas internos da ordem, problemas locais, como disputas entre a ordem e bispos, e também pressionar as coroas e a igreja a uma nova cruzada.
Organizou a partir da ilha de Chipre ataques contra as costas egípcias e síria para enfraquecer os mamelucos, providenciando apoio logístico e armado ao Reino Arménio da Cilícia, e também intentou uma aliança com o Canato da Pérsia, sem resultados visíveis.
Outro assunto discutido durante o seu mestrado foi a fusão entre as duas maiores ordens militares, a dos Templários e a dos Hospitalários. A Ordem do Templo, com a perda de Acre, começava a ser questionada quanto à razão da sua existência. As suas funções de proteger os peregrinos e de defender a Terra Santa tinham cessado quando se retiraram para a ilha de Chipre. Em maio de 1307 em Poitiers, Jacques de Molay junto do papa Clemente V apresentou uma defesa contra a fusão e ela não se realiza.
A prisão e o processo
Dia 13 de outubro de 1307 no Reino da França, os templários foram presos em massa por ordem de Filipe IV, o rei de França. O grão-mestre Jacques de Molay é capturado em Paris. Imediatamente após a prisão, Guilherme de Nogaret proclama publicamente nos jardins do palácio real em Paris as acusações contra a ordem.
Esta manobra régia impedira o inquérito pontifício pedido pelo próprio grão-mestre, o qual interno à Igreja, discreto e desenvolvido com base no direito canônico, emendaria a ordem das suas faltas promovendo a sua reforma interna.
A prisão, as torturas, as confissões do grão-mestre (de Molay nunca confessou as acusações como menciona anteriormente), criam um conflito diplomático com a Santa Sé, sendo o papa o único com autoridade para efetuar esta ação. Depois de uma guerra diplomática face ao processo instaurado contra a ordem entre Filipe, o Belo e Clemente V, chegam a um impasse, pois estando o grão-mestre e o preceptor da Normandia, Godofredo de Charnay sob custódia dos agentes do rei, estão no entanto protegidos pela imunidade sancionada pelo papa e absolvidos não podendo ser considerados heréticos.
Em 1314, o rei pressiona para uma decisão relativa à sorte dos prisioneiros. Já num estado terminal da sua doença, com violentas hemorragias internas que o impedem de sair do leito, Clemente V ordena que uma comissão de bispos trate da questão. As suas ordens seriam a salvação dos prisioneiros ficando estes num regime de prisão perpétua sob custódia apostólica e assegurando ao rei que a temida recuperação da ordem não será efetuada. Perante a comissão, Jacques de Molay e Godofredo de Charnay proclamam a inocência de toda a ordem face às acusações dirigidas a ela, a comissão para o processo e decide consultar a vontade do papa neste assunto.
Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e estando a absolvição da ordem ainda pendente, Filipe IV, o Belo, decide um golpe de mão para que a questão templária fosse terminada. Ordena o rapto de Jacques de Molay e de Godofredo de Charnay, então sob a custódia da comissão de bispos, e ordena que sejam queimados numa fogueira na Ilha da Cidade, pouco depois das vésperas, em 18 de março de 1314.
Com isso Jacques de Molay passou a ser conhecido como um símbolo de lealdade e companheirismo, pois preferiu morrer a entregar seus companheiros ou faltar com seu juramento.
Maldição
Existe a lenda de que durante sua morte Jacques de Molay jogou uma maldição sobre Filipe IV, o Belo e o Clemente V. O papa Clemente V morreu quarenta e dois dias depois, dia 20 de abril de 1314, já o rei Filipe IV, teve um derrame cerebral fulminante em 29 de novembro de 1314, seis meses depois da morte do mestre templário. [4]
Nos próximos quatorze anos os três filhos do rei, seus sucessores no trono, vieram a falecer, encerrando a linhagem direta de três séculos da Dinastia Capetíngia, o que levaria a Guerra dos Cem Anos pelo trono da França.
Ordem DeMolay
Anos após sua morte foi escolhido como patrono de uma ordem para-maçônica denominada Ordem DeMolay voltada para o desenvolvimento de jovens do sexo masculino.[5]
Teatro e cinema
No cinema o ator francês Gerard Depardieu interpretou De Molay no filme Os Reis Malditos (2005).
No teatro, o ator brasileiro John Vaz interpretou De Molay no espetáculo Jacques de Molay: O Fim da Ordem do Templo, em turnê pelo Brasil.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (5): 01/01/1244 - *Nascimento de Jacques de Molay, por vezes também chamado Tiago de Molay, em Paris 12/03/1270 - Nascimento de Carlos de Valois, era o quarto filho de Filipe III de França e Isabel de Aragão 01/05/1307 - Em Poitiers, Jacques de Molay junto do papa Clemente V apresentou uma defesa contra a fusão e ela não se realiza 11/10/1307 - Falecimento de Catarina I ou Catarina de Courtenay 18/03/1314 - Execução de Jacques de Molay, em Paris EMERSON
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A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.