'Filipe IV de França. Consulta em Wikipedia - 19/09/2024 Wildcard SSL Certificates


Filipe IV de França. Consulta em Wikipedia
    19 de setembro de 2024, quinta-feira
    Atualizado em 05/10/2025 18:53:35

  
  


Filipe IV & I (Fontainebleau, 1268 – Fontainebleau, 29 de novembro de 1314), também chamado de Filipe, o Belo, foi o Rei da França como Filipe IV de 1285 até sua morte e também Rei de Navarra como Filipe I de 1284 a 1305 em virtude de seu casamento com Joana I.

Filipe IV foi um rei polémico, estando na origem da tentativa de deposição do papa Bonifácio VIII e da transferência do papado para a cidade de Avinhão, e criando as condições para, algumas décadas depois da sua morte, a eclosão da Guerra dos Cem Anos. No seu reinado suprimiu a Ordem dos Cavaleiros Templários a 13 de outubro de 1307, facto que provavelmente esteve na origem da superstição de as sextas-feiras dia 13 serem dias aziagos. 22656»Há quem pense que o cognome o Belo deve-se a uma sua extraordinária beleza, segundo relatos contemporâneos. Também apelidado pelos seus inimigos e admiradores de o rei de Mármore ou o rei de Ferro, foi notável pela sua personalidade rígida e severa. Um dos seus mais ferozes oponentes, o bispo Bernardo Saisset de Pamiers, disse sobre o rei: "Não é um homem nem uma besta. É uma estátua".Subida ao tronoSegundo filho de Filipe III de França com Isabel de Aragão, Filipe o Belo nasceu no castelo de Fontainebleau no ano de 1268. Quando o seu irmão mais velho morreu aos 12 anos de idade em 1276, tornou-se novo herdeiro do trono. Teve como preceptor Guilherme d´Ercuis, o capelão do seu pai.Em 1284-1285 participou da cruzada aragonesa, a fracassada campanha francesa na Catalunha para depor o rei Pedro III de Aragão e colocar no seu lugar Carlos de Valois, o seu irmão mais novo. Com a derrota militar e a epidemia de disenteria que marcaram o fim desta campanha e atingiram o rei Filipe III, assumiu a liderança da hoste.Tentou negociar a passagem da família real através dos Pirenéus mas recebeu uma recusa do rei aragonês, e depois sofreu uma pesada derrota na batalha travada a 30 de setembro e 1 de outubro, na qual Pedro massacrou o exército francês mas poupou a família real. Com a morte do rei de França em Perpinhã a 5 de outubro, por disenteria, Filipe subiu ao trono e abandonou a campanha. Foi coroado a 6 de janeiro de 1286 na catedral de Reims.Consolidação do poder realDeterminado a fortalecer a monarquia, Filipe confiou, mais do que qualquer dos seus predecessores, na burocracia profissional de legalistas. Auxiliado por ministros como Pierre Flote, Guilherme de Nogaret e Enguerrando de Marigny, favoreceu o desenvolvimento das instituições administrativas e judiciárias.Homem solene e silencioso, ao seu povo parecia distante do governo e, tendo encarregado os seus ministros de políticas específicas, especialmente as impopulares, foi chamado de "coruja inútil" pelos seus contemporâneos. Na verdade o seu reinado marcou a transição da França, de uma monarquia carismática, passível de perder muito do seu poder sob um rei incapaz, para um reino burocrático, na direcção da modernidade.Um ano antes de subir ao trono, a 14 de agosto de 1284, o Belo casara-se, aos 16 anos de idade, com Joana I de Navarra, filha de Henrique I de Navarra e Branca de Artois. O matrimónio conferiu-lhe os títulos de rei de Navarra e conde de Champagne, como Filipe I, até à morte da sua esposa a 4 de abril de 1305.O principal benefício administrativo desta união era que a herança de Joana em Champagne e Brie, adjacente aos domínios reais na Île-de-France, foi efetivamente unida às terras do rei, formando uma ampla área. Durante os reinados de Joana e dos seus três filhos (1284–1328), estas terras pertenciam à pessoa do rei.Mas em 1328 já se encontravam tão ligadas aos domínios reais que o Filipe VI de França (da casa de Valois, não um herdeiro de Joana) fez uma troca de terras com a herdeira dessa época, Joana II de Navarra. Estes territórios permaneceram com a coroa francesa, tendo Joana II recebido terras no oeste da Normandia em compensação.O reino de Navarra nos Pirenéus não tinha a mesma importância para os interesses da época dos monarcas franceses. Permaneceu em união pessoal de 1284 a 1328, tendo depois revertido para Joana II de Navarra e para a casa de Évreux. Outras adições de Filipe aos domínios reais foi Lião em 1312 e a compra da região de Quercy (aproximadamente o actual departamento de Lot) à Inglaterra por três mil libras.Política externaRelações com os mongóisNo seguimento da política externa de São Luís, Filipe teve vários contactos com o Ilcanato mongol no Médio Oriente, que pretendia obter a cooperação de reinos cristãos para a luta contra os muçulmanos. Recebeu a embaixada do monge sino-mongol Rabban Bar Sauma, e um elefante como presente.[1] Filipe terá respondido com uma positiva à solicitação.O rei francês também ofereceu presentes à embaixada e enviou um dos seus nobres, Gobert de Helleville, para os acompanhar até aos domínios mongóis. Este partiu a 2 de fevereiro de 1288, juntou-se a Bar Sauma em Roma e seguiram para a Pérsia.[2] De Bagdade, Arghun Khan voltou a escrever em 1289, em reposta a uma carta de Filipe de 1288,[3] reafirmando a cooperação militar, exortando-o a conquistar o Egito, em troca do qual o mongol oferecer-lhe-ia Jerusalém.[4]Ao contrário do seu avô Luís IX de França, Filipe IV não deu continuidade a estes planos sob a forma de uma cruzada. No entanto, organizou uma colaboração militar com os mongóis através dos Cavaleiros Templários contra os mamelucos. O plano era coordenar as ações entre as ordens militares cristãs, o rei e a aristocracia de Chipre e do Reino Arménio da Cilícia, e os mongóis do Ilcanato.“ Se de facto os mongóis, apesar de não serem cristãos, vão lutar contra os árabes pela captura de Jerusalém, é especialmente adequado que nós lutemos [ao lado destes], e se Deus quiser, avançar com toda a força. ”

— Filipe IV de França, Os Monges de Kublai Khan, Imperador da China[5].De 1298 a 1302, o grão-mestre Jacques de Molay esteve no Oriente Próximo a combater os mamelucos e a aguardar a ligação com as forças mongóis, o que não chegou a acontecer.[6] Em Setembro de 1302 os Templários foram expulsos da sua fortaleza em Arwad e quando Gazã, o ilcã mongol da Pérsia, morreu em 1304, acabaram os planos de uma rápida reconquista da Terra Santa.

Em abril de 1305, o novo governante mongol Oljeitu enviou cartas para Filipe,[7] o papa, e para Eduardo I da Inglaterra. Mais uma vez ofereceu uma aliança militar e as nações europeias prepararam uma cruzada, mas houve atrasos na preparação e esta acabou por nunca se realizar. Entretanto o filho de Oljeitu assinou um tratado em Alepo com os mamelucos em 1322.Guerra com a InglaterraO início de hostilidades com a Inglaterra em 1294 era o resultado inevitável das monarquias competitivas e expansionistas, despoletado por um secreto pacto franco-escocês de ajuda mútua contra Eduardo I.

Foram realizadas campanhas inconclusivas pelo controlo da Gasconha em 1294–1298 e em 1300–1303. Filipe ocupou a Flandres em 1300 e conquistou a Guienne, mas foi obrigado a devolver este último território aos ingleses e a dar a sua irmã Margarida de França em casamento ao monarca inglês em 1299.Há décadas que não ocorria um importante conflito na Europa, e entretanto a natureza da guerra tinha mudado: tornara-se mais profissional, tecnologicamente mais avançada e muito mais dispendiosa. A procura de rendimentos para pagar as despesas militares marcou o reinado de Filipe e a reputação que criou para os seus contemporâneos.Segundo os termos do Tratado de Paris de 1303, foi acordado o casamento de Isabel, filha de Filipe, com Eduardo, príncipe de Gales e herdeiro de Eduardo I. A união ocorreu em Bolonha a 25 de janeiro de 1308, e pretendia selar uma paz. Em algumas décadas levaria a uma posterior pretensão inglesa ao trono francês e à Guerra dos Cem Anos.Invasão da FlandresEm 11 de julho de 1302, a França sofreu uma derrota de um exército de 2,5 mil nobres (cavaleiros e escudeiros) e 4 mil soldados de infantaria, enviado para suprimir uma revolta na Flandres, na batalha das esporas douradas, perto de Kortrijk.O Rei de Ferro reagiu energicamente e liderou pessoalmente uma vitoriosa campanha com a batalha de Mons-en-Pévèle, na actual região de Nord-Pas-de-Calais, dois anos depois. Em 1305, obrigou os flamengos a aceitar um desvantajoso tratado de paz que obrigou a fortes reparações e penalidades humilhantes, e adicionou as ricas cidades de Lille e Douai, grandes produtoras de tecidos, ao território real.Béthune, a primeira cidade a render-se, foi concedida a Matilde, condessa de Artois. Para garantir a sua fidelidade, as suas duas filhas, Joana e Branca, casaram-se com Filipe e Carlos, respectivamente, filhos de Filipe IV.

Política religiosaConflito com o papado

Para financiar estas guerras, Filipe IV viu-se obrigado a recorrer a várias desvalorizações da moeda entre 1290 e 1309. Como medida de curto prazo, perseguiu os judeus de modo a tomar os seus bens, prendendo e chegando a expulsá-los dos territórios franceses em 1306.

Também confiscou os bens dos banqueiros lombardos em 1292 e de abades mais abastados. Para a história ficou a condenação destas acções e dos seus gastos excessivos pelos seus inimigos na Igreja Católica, uma vez que os cronistas deste tempo eram na maioria monges.

Quando lançou alguns impostos sobre o clero, de cerca de metade do seu rendimento anual, iniciou um conflito com o papado. A 24 de fevereiro de 1296, o papa Bonifácio VIII emitiu a epístola decretal Clericis laicos, proibindo a transferência de qualquer propriedade da Igreja para a coroa francesa sem o acordo prévio de Roma, e a incitar uma aberta batalha diplomática contra o rei. k3336»Envolvido em outros problemas com os aragoneses da Sicília e a família Colonna, o papa acabou por ceder, compondo as bulas Romana mater (fevereiro de 1297) e Etsi de statu (julho de 1297). Esta última continha uma renúncia formal à defesa dos bens eclesiásticos contra o arbítrio real da decretal Clericis laicos. No mesmo ano canonizou o rei Luís IX de França sob o nome de "São Luís da França", um processo impulsionado por Filipe IV.

Mas em 1300, pela bula Unam Sanctam, Bonifácio declarou a superioridade do poder espiritual sobre o poder temporal, e por consequência, a superioridade do papa sobre os reis, que responderiam perante o líder da Igreja. Era de facto uma tentativa de instauração de uma teocracia na Europa ocidental. k3337»Filipe respondeu proibindo a exportação de dinheiro francês para os Estados Pontifícios e convocou uma assembleia de bispos, nobres e grandes burgueses de Paris. Esta seria a precursora dos Estados Gerais que também surgiriam pela primeira vez no seu reinado, mais uma medida profissional e organizativa que os seus ministros introduziram no governo.

O rei saiu vitorioso do encontro, adotando uma política de independência em relação à Santa Sé e opondo-se ao papa. Procurou então o apoio de todos os seus súbditos a fim de legitimar a sua luta. Bonifácio VIII ameaçou-o de excomunhão e de interdição (o equivalente à excomunhão, aplicada a um território) sobre o reino da França.

Legalistas franceses falsificaram a bula para a tornar injuriosa ao poder civil e à França. Com um forte apoio no seu reino, em 1303 o Belo enviou o seu conselheiro Guilherme de Nogaret com uma pequena escolta armada para Roma, com o objetivo de prender o papa e de o levar a julgamento perante um concílio.Este episódio, conhecido como o atentado de Anagni tornar-se-ia em um dos grandes escândalos do reinado de Filipe IV. A sua narrativa popular teve uma grande importância na reputação de poder e implacabilidade do "Rei de Ferro", apesar de não ter estado diretamente envolvido no incidente.“ A Nogaret juntou-se um inimigo pessoal de Bonifácio, Sciarra Colonna, membro da nobreza romana, que lhe indicou que o papa se refugiara em Anagni. Encontraram-no só, um homem de 68 anos de idade, na grande sala do palácio episcopal, abandonado pelos seus partidários. Sentado numa alta cadeira, com hábitos de cerimónia, não reagiu à irrupção dos homens armados.

À aproximação do francês e do italiano, inclinou ligeiramente a cabeça e declarou: ´Eis a minha cabeça, eis a minha tiara: morrerei, é certo, mas morrerei papa´. Guilherme de Nogaret recuou, impressionado, enquanto Sciarra Colonna, no seu ódio por Bonifácio VIII, avançou e lhe deu uma bofetada, com a mão coberta pela luva de ferro da armadura. Sob a violência do golpe, o papa caiu do trono para o chão.

Pouco depois, a população de Anagni, envergonhada de ter abandonado o papa, acorreu ao palácio e perseguiu o destacamento francês, mas tarde demais: a violência a que fora sujeito perturbara a sanidade mental de Bonifácio. Morreu no mês seguinte, sem reconhecer os seus conhecidos e a recusar a extrema unção.” — Narração do atentado de Anagnisegundo a tradição popular.Em 1305, depois da morte, sob suspeitas de envenenamento, do sucessor do papa Bento XI, o novo papa Clemente V revelar-se-ia mais cooperante. De origem francesa, permitiu o estabelecimento pelo rei francês do papado de Avinhão, em um enclave no sul da França, e seria uma ajuda preciosa na supressão da Ordem dos Templários.

Supressão da Ordem dos Templários

Fundada em 1118 com o objectivo de proteger os peregrinos que se dirigiam a Jerusalém, ao longo de dois séculos a Ordem dos Templários acumulara grandes riquezas. O seu poder era tal que tinham apenas o dever de responder perante o papa.

Com graves problemas de caixa e tendo de recorrer a empréstimos junto aos templários para custear os negócios do seu reino, Filipe IV usou a sua influência sobre Clemente V sob a sua dependência, para acabar com a ordem e confiscar todos os seus bens. Para isso pôs em andamento uma estratégia de descrédito, acusando-os de heresia, imoralidade, sodomia e diversos outros crimes.

Na sexta-feira, dia 13 de outubro de 1307, centenas de cavaleiros templários por toda a França foram presos simultaneamente por agentes de Filipe o Belo e sujeitos a tortura para confessarem a heresia da própria ordem religiosa,[9] facto que provavelmente esteve na origem da superstição de as sextas-feiras dia 13 serem dias aziagos.

Em 1312, o papa francês extinguiu a ordem por uma bula, retirando a sua proteção e o seu estatuto eclesiástico. Filipe tomou as consideráveis riquezas dos templários e acabou com o seu sistema bancário monástico.

Os líderes templários foram supliciados. Em 1314, o último grão-mestre, Jacques de Molay, foi queimado na fogueira em Paris. De acordo com a lenda, de dentro das chamas este amaldiçoou o rei Filipe IV e sua descendência, o papa Clemente V e o ministro Guilherme de Nogaret, afirmando estes seriam convocados perante o tribunal de Deus no prazo de um ano. De facto, todos os três morreram dentro desse prazo.[10]

PosteridadeMorte e legadoFilipe o Belo morreu a 29 de novembro de 1314 devido a um derrame cerebral, vindo a falecer dias depois de um segundo ataque, no castelo de Fontainebleau. Segundo os documentos e os relatórios de embaixadores, chega-se à conclusão de que tenha sucumbido a uma apoplexia cerebral em zona não motora, que se manifestou pela primeira vez enquanto caçava um cervo com sua tropa, dias antes da recaída mortal.O seu coração foi transportado para o Mosteiro de Poissy, assim como a cruz dos Templários, e lá permaneceu até à noite de 21 de julho de 1695, quando um raio caiu sobre a igreja do mosteiro e incendiou-a quase completamente, destruindo a cruz e o coração do rei. A sua sepultura na Basílica de Saint-Denis, como muitas outras, foi profanada em 1793, durante a Revolução Francesa.O seu reinado assinalou o declínio do poder papal, depois de um período de autoridade absoluta sobre as nações europeias. O palácio do rei, na Île de la Cité, é atualmente representado pelas secções remanescentes da Conciergerie.O final do seu reinado foi marcado também pelo caso da Torre de Nesle, quando as suas três noras foram envolvidas em um escândalo de adultério e crime de lesa-majestade que marcaria a história da França, com graves consequências na linha sucessória do trono francês. As repercussões deste caso condicionariam os reinados dos seus três filhos, no desejo de darem continuidade à dinastia capetiana.Nas décadas seguintes seria sucedido pelos seus três filhos varões sobreviventes, um após o outro. A morte do último, Carlos IV, trouxe a coroa para Filipe VI da casa do seu irmão Carlos de Valois. Esta sucessão foi contestada por Eduardo III da Inglaterra, filho da sua filha Isabel, o que originou a Guerra dos Cem Anos entre as duas nações.DescendênciaDo seu casamento em 14 de agosto de 1284 com Joana I de Navarra, filha de Henrique I de Navarra e Branca de Artois, nasceram:Luís X de França (Luís I de Navarra), o Teimoso, o Cabeçudo ou o Turbulento (4 de outubro de 1289 – 5 de junho de 1316), sucessor dos pais nos tronos de França e Navarra e no condado de Champagne;Margarida (c.1290–1294), noiva de Sancho IV de Leão e Castela em novembro de 1294;Isabel de França, a Loba de França (1292–21 de novembro de 1358), casada em 1308 com Eduardo II da Inglaterra;Filipe V de França (Filipe II de Navarra), o Longo, o Comprido ou o Caolho (17 de novembro de 1293–3 de janeiro de 1322), conde de Poitou, conde palatino da Borgonha por casamento com Joana II, Condessa da Borgonha, e sucessor do irmão Luís nos tronos de França e Navarra, e no condado de Champagne;Branca (c.1293–c.1294);Carlos IV de França (Carlos I de Navarra), o Belo (18 de junho de 1294 – 1 de fevereiro de 1328), conde de la Marche e sucessor do irmão Filipe tronos de França e Navarra, e no condado de Champagne;Roberto (1297–1308).Representações na culturaFilipe o Belo é um dos principais personagens dos dois primeiros volumes da série de sete, do romance histórico Os Reis Malditos (em francês: Les Rois maudits) de Maurice Druon, publicada entre 1955 e 1977. A série foi adaptada para a televisão por duas vezes na França, em 1972 e em 2005.No seriado Knightfall,do History Channel,é representado pelo ator Ed Stoppard.



\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\4682icones.txt


EMERSON


19/09/2024
ANO:856
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.