José Bonifácio. Consulta em brasilescola.uol.com.br
9 de setembro de 2024, segunda-feira Atualizado em 25/10/2025 11:44:01
•
•
"José Bonifácio foi um cientista e político brasileiro que teve papel destacado no processo de independência do Brasil. Nasceu em Santos, mas aos 20 anos de idade foi para a Europa, tendo estudado em Coimbra e desenvolvido uma carreira de cientista que durou mais de 30 anos. Atuou em importantes cargos do governo luso.
Retornou ao Brasil, aproximando-se de D. Pedro e sendo figura importantíssima no processo de independência do Brasil. Atuou como político no Primeiro Reinado, sendo exilado em 1823 e retornando em 1829. Foi considerado patrono da independência do Brasil pela sua importância na independência brasileira.
Juventude de José Bonifácio
José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu em Santos, cidade no estado de São Paulo, no dia 13 de junho de 1763. O nome original dele era José Antônio, mas foi alterado para José Bonifácio durante sua adolescência. Pertencia a uma família de aristocratas de origem portuguesa, sendo membro de uma das famílias mais ricas da sua região.""Os pais de José Bonifácio eram Bonifácio José de Andrada e Maria Bárbara da Silva. Sabe-se que o pai de José Bonifácio possuiu diversos empregos públicos, além de possuir terras, negócios e escravos. Aos 14 anos de idade, José Bonifácio foi enviado por sua família para São Paulo, cidade onde recebeu parte de sua educação.
Em São Paulo, José Bonifácio teve aulas de diferentes áreas do conhecimento, como Gramática e Filosofia, em um curso que era ministrado por frei Manuel da Ressurreição. Era um passo da preparação para que ele conseguisse se matricular em uma universidade em Portugal, já que no Brasil não existia nenhuma.
Carreira de José Bonifácio como cientista
Aos 20 anos, José Bonifácio foi para Portugal, matriculando-se na Universidade de Coimbra para cursar Direito. Ao longo do seu período em Coimbra, José Bonifácio também estudou Matemática e Filosofia Natural. Teve uma formação muito sólida, estudando com professores de diferentes partes da Europa. Apesar disso, José Bonifácio foi um crítico da qualidade do ensino em Coimbra.
No final da década de 1780, José Bonifácio tomou os primeiros passos para dar início a uma carreira enquanto cientista. Nos últimos anos daquela década, conseguiu finalizar seus estudos em Direito e em Filosofia Natural, ingressando também na Academia de Ciências de Lisboa. Em 1790, realizou uma excursão pela Europa com objetivo de aprofundar os seus conhecimentos.Essa excursão foi realizada com recursos da Coroa portuguesa, e nela José Bonifácio pôde estudar diferentes áreas do conhecimento, como Química, Mineralogia, Filosofia e História Natural. As viagens de José Bonifácio pela Europa se estenderam por mais de dez anos, e quando ele retornou para Portugal, em 1800, já era reconhecido como um grande cientista.De volta a Portugal, José Bonifácio passou a trabalhar para a Coroa portuguesa. Atuou na Universidade de Coimbra, trabalhou como intendente-geral das Minas e Metais do Reinos, foi membro do Tribunal de Minas, diretor das Casas da Moeda, Minas e Bosques e até chefe de força policial ele chegou a ser. A situação crítica de Portugal após a expulsão dos franceses fez com que ele decidisse retornar ao Brasil.Confira nosso podcast: 7 de setembro: Independência do BrasilRetorno de José Bonifácio ao BrasilEm 1819, José Bonifácio retornou ao Brasil, depois de passar mais de 30 anos no continente europeu. Aqui, encontrou um cenário bem diferente do que existia quando foi para Portugal, pois o Brasil havia passado por um grande processo de abertura e se transformado em Reino Unido por ordem de d. João VI.José Bonifácio retornou ao Brasil porque seu irmão, Martim Francisco, ocupava uma importante posição na capitania de São Paulo, a de diretor de minas e matas. José Bonifácio pôde retornar ao Brasil para realizar os estudos científicos que sempre desejou realizar e, assim, estudar as matas, bosques e minérios do Brasil.Ele realizou esse trabalho durante algumas semanas, mas o contexto daquele momento empurrou-o para a política brasileira. Com a Revolução Liberal do Porto, os liberais portugueses começaram a exigir o retorno do rei d. João VI e a instauração de uma monarquia constitucional. Representantes brasileiros foram eleitos para participar das Cortes Gerais, e a delegação de São Paulo levou propostas que foram sugestões de José Bonifácio.As duas propostas de José Bonifácio eram a abolição da escravidão e a catequese dos indígenas — ele defendia a integração deles com a sociedade luso-brasileira. No que se refere à escravidão, José Bonifácio afirmava o seguinte|1|:A sociedade civil tem por base primeira a justiça, e por fim principal a felicidade dos homens. Mas que justiça tem um homem para roubar a liberdade de outro homem, e o que é pior, dos filhos deste homem e dos filhos destes filhos?
A luta de José Bonifácio pela independência
A Revolução Liberal do Porto foi o evento que contribuiu diretamente para o processo de independência do Brasil, pois a elite liberal portuguesa desejava “recolonizar” o Brasil, revertendo todas as medidas promovidas por d. João VI durante o período em que ele residiu no Rio de Janeiro. José Bonifácio era um defensor da aproximação luso-brasileira.
Ele desejava que o Brasil mantivesse os seus laços com Portugal, embora defendesse maior autonomia para o Brasil por meio de um governo encabeçado por Pedro de Alcântara. A intransigência dos portugueses na sua relação com o Brasil acabou levando José Bonifácio e, consequentemente, D. Pedro para o caminho da independência.
Isso porque José Bonifácio teve grande proximidade com D. Pedro durante todo o processo de independência, influenciando-o consideravelmente. O conselheiro de D. Pedro ainda conseguiu impor algumas de suas visões para um Brasil independente: ele era defensor de uma monarquia constitucional, embora desejasse maior centralização política.
O nível de tensão entre Portugal e Brasil chegou ao ápice em setembro de 1822, quando uma carta chegou de Portugal exigindo o retorno imediato de D. Pedro. José Bonifácio identificou a urgência dessa situação e enviou as notícias para D. Pedro, em viagem para São Paulo. As cartas vindas de Portugal também ordenavam a prisão de José Bonifácio, e ele aproveitou a situação para incentivar D. Pedro a declarar a independência do Brasil, o que aconteceu em 7 de setembro de 1822, dia em que o regente recebeu as cartas enviadas por José Bonifácio.
Últimos anos de José Bonifácio
Durante o Primeiro Reinado, o renome de José Bonifácio com D. Pedro I começou a declinar até chegar ao ponto em que o antigo conselheiro do imperador foi expulso do Brasil. José Bonifácio e seus aliados tinham visões políticas próprias, mas o imperador preferiu aproximar-se do “partido português”, que desejava que D. Pedro I tivesse poderes absolutos.
O afastamento de José Bonifácio aconteceu em 1823, e o ex-conselheiro do imperador exilou-se do Brasil depois que D. Pedro I realizou o fechamento da Assembleia Nacional Constituinte. Em seu exílio, José Bonifácio foi residir na França, permanecendo na Europa até 1829. Nesse ano, ele recebeu o perdão, podendo voltar ao Brasil.
A reaproximação de José Bonifácio e D. Pedro I rendeu ao primeiro a indicação de tutorar o filho de D. Pedro I, em preparação para assumir o trono brasileiro. As disputas políticas fizeram com que ele perdesse a posição de tutor de Pedro de Alcântara em 1833. Foi preso e levado à força para a província do Rio de Janeiro, local onde faleceu em 6 de abril de 1838, aos 74 anos. Por sua importante participação na independência do Brasil, recebeu o título de patrono da independência.
Notas|1| MOTA, Carlos Guilherme. Ideias de Brasil: formação e problemas (1817-1850). In.: MOTA, Carlos Guilherme (org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: Editora Senac, 1999, p. 202.Créditos da imagem[1] Boris15 e Shutterstock Por Daniel Neves SilvaProfessor de História"
\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\4659yf.txt ME|NCIONADOS• Registros mencionados (1): 15/07/1823 - José Bonifácio foi demitido EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.