'A Língua Geral Paulista. Por João Lopes, em facebook.com - 01/08/2024 Wildcard SSL Certificates
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A Língua Geral Paulista. Por João Lopes, em facebook.com
    1 de agosto de 2024, quinta-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


A Língua Geral Paulista, ou Língua Geral Meridional foi o idioma nativo dos paulistas por mais de dois séculos e foi a Lingua Franca dos territórios conquistados e ocupados pelos paulistas mais do que o próprio português, falado desde o norte do Rio Grande do Sul a Goiás, de Minas Gerais ao Mato Grosso, disseminada principalmente por bandeirantes nos interiores do Brasil e posteriormente por tropeiros.Desde a chegada de João Ramalho até por volta da metade do séc. XVII, os paulistas falavam o Tupi Vicentino, que era diferente do tupi do resto do Brasil em diversos aspectos, e se aproximava bastante do Guarani em termos fonéticos e lexicais. Mas a partir de meados do séc. XVII, esse Tupi Vicentino falado pelos paulistas já tinha passado por mudanças fonéticas, semânticas e sintáxicas, transformando-se no que chamamos hoje de Língua Geral Paulista, e foi falado em São Paulo até a primeira década do séc. XX, em que há relatos de que alguns idosos que ainda conversavam nesse nosso idioma.Da segunda metade do séc. XVII até o fim do séc. XVIII, a Língua Paulista era falada como primeira língua pela imensa maioria da população paulista. As mulheres, as crianças e os escravos só sabiam falar nessa língua, já os filhos homens de pais que possuíam meios aprendiam depois o português na escola. Pode-se dizer que a Língua Paulista era a ´língua da mulher paulista´ -- essa admirável e amada fortaleza que foi o verdadeiro esteio e fundamento da Nação Paulista desde Bartira --, pois era ela quem passava o nosso idioma para os filhos e que cuidava dos negócios da família, servindo de suporte inquebrantável para os nossos bandeirantes que passavam dias, meses e anos no sertão. Ainda se há de dar o verdadeiro reconhecimento à mulher paulista, que em nada foi menor que nossos bandeirantes e tropeiros. Podemos dizer que elas foram ainda maiores mais longe.

Para se ter uma ideia da importância do nosso idioma para o povo paulista da época, em 1770 ocorreu em São Paulo, na Igreja do Páteo do Colégio, a "Acadêmia dos Felizes", convocada pelo Governador Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão (o Morgado de Mateus) para comemorar a recém readquirida autonomia administrativa da Capitania de São Paulo.

A "Academia dos Felizes" era uma espécie de festival literário organizado pelos moradores e autoridades de uma localidade, no qual figuras ilustres apresentavam seus poemas preparados especialmente para a ocasião, e já havia ocorrido eventos da "Academia dos Felizes" no Nordeste e no Rio de Janeiro, décadas antes do evento paulista. Nos eventos do Nordeste e do Rio, assim como aconteceu no de São Paulo, foram apresentadas obras em português, castelhano, francês, italiano, latim e grego. Mas somente no evento paulista foram apresentadas obras em "idioma de caboclo", isto é, no nosso idioma paulista, que hoje os linguistas chamam de Língua Geral Paulista.

Talvez, a apresentação de obras na nossa língua nativa por ocasião desse evento tenha sido um tipo de protesto, já que alguns anos antes o Marquês de Pombal havia proibido o uso da Língua Geral Paulista (em 1760). Seja como for, o fato é que ele conseguiu, e essa proibição fez com que a nossa língua fosse deixando de ser falada em favor do português, e o que antes era o idioma geral dos paulistas foi ficando cada vez mais restrito às camadas mais simples da população. Embora tenha continuado a ser falada por todo o séc. XIX, mesmo que por um número cada vez menor de paulistas, a proibição impediu que a nossa língua pátria se tornasse uma língua escrita, com ortografia e um cânone literário próprios, até que morreu no começo do séc. XX.O resultado da fonética da Lingua Geral Paulista sobreviveu no dialeto caipira, a troca do L pelo R onde "falta" vira "farta", onde "milho" vira "mio", além da presença do R retroflexo(caipira) presente na nossa língua hoje, esse é o resultado da troca da Língua Paulista para o Português, e onde diversas palavras dessa língua ainda sobrevivem em nomes e palavras como: emboaba, embira, tucuruvi, guarapuava, anhangabaú, tietê, caipira, caiçara, caipora, arimbá, curupira, batuíra, cabreúva, sorocaba, piracicaba e etc.Em comparação com o Nheengatu amazônico de hoje em dia, a Língua Paulista manteve uma maior fidelidade à língua que foi sua mãe: o Tupi Vicentino, mas quem fala Nheengatu Amazônico pode perceber claramente que a Língua Paulista vem de uma variante do tupi, mas não seriam mutuamente inteligíveis. As palavras da Língua Paulista são ainda mais próximas do Guarani, mas ainda assim não seriam de fácil inteligibilidade mútua. A seguir um pouco da Língua Geral Paulista em frases curtas corriqueiras e um pequeníssimo vocabulário de palavras atestadas (que estão nos registros da Língua Paulista que chegaram até nossa época).A ortografia portuguesa não permite indicar as diversas sutilezas fonéticas da pronúncia da língua paulista, mas serve como uma excelente aproximação.VOCABULÁRIO EM LÍNGUA PAULISTA: Maranteím ereicô? --> Como está?Aicô catu --> Estou bemDaicôi catu --> Não estou bemMaranteím oicô? --> Como ele(s)/ela(s) está/estão?Maranteím peicô? --> Como vocês estão?Chaçô muã --> Já me vou!/tchau! (despedida)Tupã nê irúnamo --> Vá com Deus!Tupã --> Deus (O Deus cristão; na língua geral paulista essa palavra não designava mais o deus tupã dos índios)Tupã-róca --> igrejaNhandeiára --> Nosso Senhor (Jesus)Tupã-Sú --> Mãe de Deus (Nossa Senhora, Virgem Maria)Tupã recê! --> ´Por Deus!´, ´Pelo amor de Deus!´Iquãe! --> Vá!Iquãe umêm! --> Não vá!Tenhê! --> ´Deixa pra lá!´ ou ´Que seja!´Tenhê-tenhê --> devagarIorí! --> Venha!Iorí umêm! --> Não venha!Enheêm! --> Fala!Enheêm umêm! --> Não fale!Enheêm tenhê-tenhê! --> Fale devagar!Emeêm! --> Dá!Emeêm xêvo! --> Dá pra mim!Ameêm dêvo --> eu dou pra vocêEêm --> simNaâni --> nãoTecovê --> vidaTeõ --> morteToruva --> alegria/felicidadeXe roru --> Estou feliz/alegreDa xe rorúi --> Não estou feliz/alegreDê roru --> você está alegre/feliz (todas as frases servem também para pergunta: dê roru?)Nã dê rorúi --> você não está alegre/feliz I rorú --> ele/ela está alegre/feliz, eles/elas estão alegres/felizes Di rorúi --> ele/ela não está alegre/feliz, eles/elas não estão alegres/felizes Porauçuva --> tristezaXe porauçu --> estou triste/infelizDa xe porauçúi --> não estou triste/infelizDê porauçu --> você está triste/infeliz Nã dê porauçúi --> você não está triste/infeliz I porauçu --> ele/ela está triste/infeliz, eles/elas estão tristes/infelizesDi porauçúi --> ele/ela está triste/infeliz, eles/elas não estão tristes/infelizes Tauçuva --> amorOroauçu! --> Te amo!Doroauçúi --> não te amoAçauçu. --> eu o/a amoDaçauçúi --> não o/a amoOpoauçu --> amo vocêsDopoauçúi --> não amo vocêsDê xe rauçu --> você me ama Pê xe rauçu --> vocês me amam Xe rauçu --> ele(s)/ela(s) me ama(m) Açauçu xe retama --> amo minha terra/pátriaMendara --> casamento, casado(a)Mendareúma --> solteiro(a)Amendá-potá --> quero me casarAmendá-potá derí --> quero me casar com vocêNamendá-potári derí --> não quero me casar com vocêEremendá-potá xerí? --> quer se casar comigo?Xe momorã --> Me agrada/gostoNã xe momorã --> Não me agrada/não gostoNê momorã --> te agrada/você gosta Nã nê momorã --> não te agrada/você não gosta I momorã --> o agrada/ele gostaNi momorã --> não o agrada/ele(a) não gosta Biú --> comidaÚ --> águaCô --> este(a)/estes(as)Qüê/Uím --> aquele(a)/aqueles(as)Xe momorã cô biú --> me agrada esta comida/gosto desta comidaNã xe momorã cô biú --> não me agrada esta comida/não gosto desta comidaXe momorã qüê/uím biú --> me agrada aquela comida/gosto aquela comidaNã xe momorã qüê/uím biú --> não me agrada aquela comida/não gosto aquela comidaNheengara --> músicaXe momorã cô nheengara --> eu gosto dessa músicaPoramotareúma --> ódioOroamotareúm --> te odeioNoroamotareúm --> não te odeioAnhamotareúm --> odeio ele(s)/ela(s)Nanhamotareúm --> não odeio ele(s)/ela(s)Opoamotareúm --> odeio vocêsNopoamotareúm --> não odeio vocêsDê xe amotareúm --> você me odeia Pê xe amotareúm --> vocês me odeiam Xe amotareúm --> ele(s)/ela(s) me odeia(m) Taçuva --> dorXe raçu --> estou com dorDa xe raçúi --> não estou com dorDê raçu --> você está com dor Nã dê raçúi --> você não está com dor Tacuva --> calor/quenturaXe racu --> estou com calorDa xe racúi --> não estou com calorDê racu --> você está com calor Nã dê racúi --> você não está com calor Sacú --> está quente, está calor Da sacúi --> não está quente, não está calor Roú --> frio; também significa ´ano´Xe roú --> estou com frioDa xe roúi --> não estou com frioDê roú --> você está com frio Nã dê roúi --> você não está com frio I roú --> está frio Di roúi --> não está frio Itayú --> dinheiroArecô itayú --> tenho dinheiroDarecôi itayú --> não tenho dinheiroItayuetê --> muito dinheiro, caroItayú merim --> pouco dinheiro, barato Ixê --> euIndê --> você/tuAê --> ele/ela, e também eles/elas; serve para todas as 3ª pessoas singular e pluralNhandê --> nósPeêm --> vocês/vósPorangava --> belezaXe porã --> sou bonito(a)/belo(a) Nã xe porã --> não sou belo(a)/bonito(a)Nê porã --> você é bonito(a)/belo(a) Nã nê porã --> você não é bonito(a)/belo(a) I porã --> É bonito(a)/belo(a) Ni porã --> Não é bonito(a)/belo(a) Catu/catusava --> o bem, bondadeXe catu --> sou bom/boaDa xe catúi --> não sou bom/boaDê catu --> você é bom/boaNã dê catúi --> você não é bom/boaI catu --> é/está bom/boa/bemDi catúi --> Não é/está bom/boa/bemAíva --> maldade, ruindadeXe aí --> sou mau/ruimDa xe aí --> não sou mau/ruimDê aí --> você é mau/ruimNã dê aí --> você não é mau/ruimI aí --> é mau/ruim, são maus/ruinsDi aí --> não é mau/ruim, não são maus/ruinsAipotá --> quero, desejo. Também significa ´concordo´ e ´permito´Daipotári --> não quero, não desejo, não concordo, não permitoAmbaê upotá --> quero comerNambaê upotári --> não quero comerA upotá ú --> quero beber águaDa upotári ú --> não quero beber águaAcaú --> bebo (bebida alcoólica)Dacaúi --> não bebo (bebida alcoólica)Acaú potá --> quero beber (bebida alcoólica)Dacaú potári --> não quero beber (bebida alcoólica)Erecaú te? você bebe (bebida alcoólica)?Aicuá --> eu seiDaicuái --> não seiEreicuá --> você sabeDereicuái --> você não sabeOicuá --> ele sabeDoicuái --> ele(s)/ela(s) não sabemTchinga --> branco (também ´morotchinga´)I tchim --> é brancoNi tchim --> não é brancoMoruna --> pretoSum --> é pretoNã sum --> não é pretoPiranga --> vermelhoI pirã --> é vermelhoNi pirã --> não é vermelhoTovú --> azulSovú --> é azulDa sovúi --> não é azulIúva --> amareloI iú --> é amareloDi iúi --> não é amareloUaraçú --> solIaçú --> luaIaçutatá --> estrelaUaçú --> rioParanã --> marIauara --> cachorroMaracaiá mirim --> gato/gatinhoUramirim --> passarinhoColaboração: Marco Aurélio"Do Arcírio Gouvêa Neto



\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\4576icones.txt


ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
01/01/1770 - *Ocorreu em São Paulo, na Igreja do Páteo do Colégio, a "Acadêmia dos Felizes", convocada pelo Governador Luís Antônio de Sousa Botelho Mourão (o Morgado de Mateus) para comemorar a recém readquirida autonomia administrativa da Capitania de São Paulo
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.