28 de julho de 2024, domingo Atualizado em 16/08/2025 00:28:37
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História
Ao analisar a história da peste surge frequentemente um problema, isto é, nos registos históricos, encontram-se várias descrições de epidemias que são atribuídas à peste, como é o exemplo da Peste dos Filisteus (1320 a.C.).[16]
No entanto, as descrições desses surtos não mencionam sintomas específicos da peste bubónica. Assim sendo, várias doenças infeciosas como a varíola, o sarampo, febre tifoide, entre outras, podem ter causado a mortalidade elevada que se registou nesses períodos.[28] A primeira pandemia em que se identifica claramente descrições da forma bubónica da peste surgiu no século VI d.C.[28]
Em 541 d.C., na cidade portuária egípcia de Pelusium, eclodiu um surto de peste que rapidamente se alastrou por todo o império Bizantino, sendo que nenhuma das terras que rodeavam o Mediterrâneo escaparam ao seu alcance.[28] Em 544 tinha chegado tão longe quanto as ilhas Britânicas. Esta pandemia foi denominada de Praga de Justiniano, pois ocorreu durante o domínio do Imperador Justiniano e pensa-se que matou cerca de 25% da população do Império Bizantino.[28] A peste continuou a afetar estes territórios durante cerca de dois séculos, surgindo entre intervalos que variavam de seis a vinte anos, sendo que não se estabelecia nas regiões durante muito tempo seguido.[28]
Em 1331 uma guerra civil e a peste eclodiram na China, tendo devastado a região. A doença espalhou-se, seguindo para oeste, pela Rússia e chegou à Crimeia em 1346. Através de vias marítimas e terrestres alcançou territórios que circundavam o Mediterrâneo e posteriormente o resto da Europa.[29]
Em 1348 já tinha dominado grande parte de França e da Suíça e rapidamente atingiu a Alemanha, a Polónia e a Inglaterra.[29] A peste era transportada por exércitos e navios, mercadores e viajantes. Os ratos e as pulgas viajavam em carregamentos de grão, pólvora, pêlos, roupas, etc. As rotas de peregrinação, comércio e feiras eram os percursos naturais da doença (O’Neill, 1993).
E assim se disseminou a pandemia conhecida por Peste Negra, que se pensa ter matado um terço da população Europeia, entre os anos de 1346 e 1350. A mortalidade foi tão elevada que os corpos eram abandonados nas ruas ou amontoados uns em cima dos outros e queimados, porque não havia capacidade de gerir os números elevados de enterramentos.[16]
As três formas da peste (bubónica, pneumónica e negra ou septicémica) foram identificadas no decorrer da pandemia do século XIV, com uma proporção estimada de 77% para a forma bubónica.[29] Na época, os tratamentos passavam por intervenção cirúrgica, como reduzir o volume de sangue ou abrir e cauterizar as tumefações ganglionares, purificação do ar através de fogo e incensos, banhos e remédios naturais.[29] Os médicos que visitavam os doentes eram acompanhados por rapazes que carregavam incensos para purificar o ar e mantinham uma esponja embebida em vinagre e especiarias no nariz.[29]
Nos séculos que se seguiram, a peste continuou a afetar o Velho Mundo, causando altas taxas de mortalidade. Durante o século XVII novas medidas de higiene pública e isolamento dos doentes foram estabelecidas, apesar disso, a mortalidade continuou bastante elevada. Foi apenas no fim do século XIX que se descobriu a forma de transmissão da doença o que permitiu o avanço na prevenção, evitando que a terceira grande pandemia adquirisse proporções semelhantes às que a precederam.[16]
A terceira pandemia eclodiu na China na segunda metade do século XIX e recebeu atenção mundial quando atingiu Hong Kong e Cantão em 1884.[16][28] A disseminação da peste durante esta pandemia, foi em grande parte proporcionada pela modernização da navegação, com os navios a vapor como protagonistas, que permitiram a passagem rápida da bactéria, em ratos e pulgas infetadas, nomeadamente o Novo Mundo.[30][28] Algumas das cidades portuárias fortemente afetadas foram Sydney, Honolulu, São Francisco, Vera Cruz, Lima, Assunção, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Alexandria, Cabo Verde, Porto e Glasgow (Echenberg, 2002). Estimando-se que causou cerca de 15 milhões de mortes, a maioria nos territórios da Índia, China e Indonésia, devido à grande densidade populacional.[30]
Esta terceira pandemia da peste ocupa um lugar importante na história mundial por várias razões, sendo a principal os grandes desenvolvimentos no entendimento da doença, assim como dos seus mecanismos de transmissão. Alexandre J. E. Yersin e Shibamiro Kitasato descobriram a bactéria causadora da peste, a Yersinia pestis, e em 1886, Ogata descobriu que esta se transmitia através da mordidela de pulgas que se encontram nos ratos.
Uns anos mais tarde, Simond descobriu que a doença era transmitida dos corpos de ratos mortos para ratos saudáveis através da pulga.[16] Esta pandemia permitiu também um abrir de olhos para as desigualdades socioeconómicas relativamente à saúde pública.[30]
Em Portugal, o Porto foi a primeira cidade Europeia a ser atingida, em 1899, e a mais afetada, com 320 casos assinalados e 132 mortes (Pontes, 2012), tendo-se registado focos noutros locais, incluindo os Açores, mas de baixa expressão.[31]
A presença da peste bubónica no Porto levou a uma cerca sanitária imposta pelo governo nacional e assegurada pelas forças militares. Esta decisão do governo em Lisboa, não foi bem recebida e deu origem a várias contestações por levar à disrupção das atividades económicas, ao desemprego e ao agravamento da pobreza.[31] Com esta epidemia fizeram-se notar as más condições de vida dos moradores da cidade, com casas escuras e pouco ventiladas propícias à disseminação da doença.[31]
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (3): 01/01/1350 - *Termina a pandemia conhecida por Peste Negra, que se pensa ter matado um terço da população Europeia, entre os anos de 1346 e 1350 01/01/1894 - *Shibasaburo Kitasato descobriu o agente infeccioso da peste bubônica, ao mesmo tempo em que o bacteriologista suíço Alexandre Yersin fazia a mesma descoberta em Hong Kong. 28/07/2024 - Falecimento de Shibasaburo Kitasato EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.