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A lenda do Peabiru, de caminho religioso a trajeto guarani. Por Mário Sérgio Lorenzetto, amp.campograndenews.com.br
    4 de abril de 2024, quinta-feira
    Atualizado em 24/10/2025 20:40:38

  
  
  


A última versão, que está sendo propagada no Mato Grosso do Sul, é a de que existiu um caminho - denominado Peabiru- que saia de S.Catarina chegando às terras dos incas. Não passa de uma lenda. Aliás, a mais longeva de todas as que já existiram no Brasil. Também é a mais longa estrada que a invencionice humana ousou divulgar. Um caminho luso-brasileiro.Nasce como "Caminho de S.Tomé".No século VI d.C, nasce a lenda de que existiriam "cristãos de S.Tomé", um dos doze apóstolos escolhidos por Cristo, vivendo na Índia. Alfredo, um rei inglês, teria enviado embaixadores a esse lugar em 883. Da Alemanha teria saído Henrique de Morungen, em 1.150 para visitar a cidade de S.Tomé de onde levara relíquias que estariam, atualmente, em um mosteiro em Leipzig. Essa lenda tem um longo percurso. Passa por Ortona, na Itália; Meliapor, Cochim e Goa, na Índia; e de "gorjeta", pelo Bahrein, no Oriente Médio e ainda pelo Ceilão e Camboja. É um itinerário que aceita qualquer doideira. Será com esse roteiro amalucado que viajará ao Brasil. A devoção de europeus a S.Tomé permitia qualquer criação.A chegada ao Brasil.Está na "Nova Gazeta Alemã", a descrição da chegada de S.Tomé no Brasil. Teria vindo nos navios armados por Nuno Manuel e Cristóvão de Haro. Conta que o santo foi bem recebido pelos índios. Logo depois, eles quiseram mostrar a todos os portugueses que chegavam ao Brasil as pegadas de S.Tomé no interior do país. S.Tomé seria chamado pelos índios de Deus Pequeno, pois existiria um Deus Maior. Esses portugueses acreditavam que o Brasil estaria conectado à Índia, chegando a Malaca.As pegadas de S.Tomé no Brasil.S.Vicente, em S.Paulo; Itapoã, na Bahia, Cabo Frio, no Rio de Janeiro, perto do Recife e em algum lugar da Paraíba, são lugares onde teriam encontrado as pegadas do santo. Mas a religiosidade vai se dissipando. Knivet, um aventureiro inglês, que esteve no Brasil com seus piratas, tido com herege, também garante que viu as pegadas de S.Tomé em um lugar do Rio de Janeiro.O caminho de S.Tomé vira Peabiru.Além de inúmeros milagres, S.Tomé teria como sua obra maior a construção de uma grande estrada que sairia da costa brasileira, passaria pelo interior do Paraguai, na região de Assunção, e chegaria aos Andes. "Chamavam-lhe os do lugar Peabiru ou Piabiyu". Era outro nome guarani dado ao Caminho de S.Tomé ou "Pai Zumé", como também seria chamado o santo. A palavra Peabiru significaria "caminho de ida e volta" (de S. Tomé). Uma estrada com mais de três mil quilômetros cortando matas, rios, cachoeiras, pantanais e a outra metade, na neve da cordilheira dos Andes, fazendo parte do Caminho Inca. Há descrição da lenda que situa S.Vicente, em S.Paulo, como ponto de partida. Outros, localizam Florianópolis. Não se conhece caminho, mesmo que fosse de pouca importância, construído pelos guaranis. Seria uma trilha talhada pela mão do guarani, forrada com uma grama miúda. Três mil quilômetros desse trabalho exaustivo, sem utilidade comercial e sem conhecimento da geografia? Uma bobeira ímpar.Os descendentes dos incas não reconhecem o Peabiru.Por outro lado, há de se considerar que os profundos estudos e argumentações daqueles que são os herdeiros diretos dos caminhos incas - os peruanos. O Instituto Nacional de Cultura do governo peruano elaborou um amplo estudo do "Qhapaq Ñan", o Caminho Inca. O objetivo é a inscrição na lista de Patrimônio Mundial da Unesco. Para eles nunca existiu um Peabiru, nunca existiu um caminho que saísse do Brasil até os Andes. O Peabiru é tão somente uma lenda. Não há um só artefato arqueológico que o comprove. Não há documentos que mostrem seu itinerário.



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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.