16 de março de 2024, sábado Atualizado em 08/09/2025 10:20:36
•
•
•
Francisco Inácio Marcondes Homem de Melo, primeiro e único barão de Homem de Melo, (Pindamonhangaba, 1 de maio de 1837 — Campo Belo, 4 de janeiro de 1918) foi um político, escritor, professor e cartógrafo brasileiro.Filho do visconde de Pindamonhangaba, o coronel da Guarda Nacional Francisco Marcondes Homem de Melo e de Ana Francisca de Mello. Muito jovem foi enviado para estudar no Seminário de Mariana em Minas Gerais. Concluídos os preparatórios, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde se formou em 1858.Voltando para a terra natal, ingressou na política pelo Partido Liberal, elegendo-se vereador e logo presidindo a câmara (1860 — 1861).Foi nomeado professor concursado de História Universal do Colégio Pedro II, na capital do império, Rio do Janeiro, onde lecionou até 1864, quando foi exonerado, a pedido, por ter sido nomeado presidente da província de São Paulo. Iniciou então sua vida pública, interrompida com a Proclamação da República.Retorna, então, para o magistério, à cartografia e à literatura. Foi professor de história e geografia do Colégio Militar do Rio de Janeiro e de mitologia na Escola Nacional de Belas Artes, lecionando depois história da arte.[1]Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro desde 1859 (tendo sido seu presidente), membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto Geográfico Nacional (Argentina) e da Academia Brasileira de Letras, Homem de Melo também dirigiu a Biblioteca Nacional, dentre várias outras instituições.[2]Homem de Mello não teve filhos, nos seus dois casamentos. O primeiro, com sua prima Maria Joaquina Marcondes Ribas, da qual ficou viúvo, casando-se novamente com Julieta Unzer.TítuloseditarComendador da Imperial Ordem da Rosa - 1867;Barão de Homem de Mello - 1877;Major honorário do exército brasileiro.Vida públicaeditarIntensa e importante vida pública exerceu o Barão Homem de Mello. Além do cargo de vereador e do governo de São Paulo, presidiu ainda as províncias do Ceará (1865 — 1866), do Rio Grande do Sul (1867 — 1868) - quando organizou o III Exército, sob o comando do general Osório, para a luta na Guerra do Paraguai - e a da Bahia, de 1878 a 1879.Foi diretor do Banco do Brasil em dois períodos, e ainda Inspetor da Instrução do Rio de Janeiro, cargo cumulado ao de presidente da Cia. Estrada de Ferro Rio-S. Paulo (Estrada de Ferro D. Pedro II). Foi enquanto presidente desta que recebeu o título de Barão, quando da inauguração da linha entre São Paulo e Cachoeira Paulista.Em 1880 integrou o Gabinete Saraiva (1880), como ministro de negócios do Império.Barão Homem de Melo foi combativo abolicionista. Nunca fez-se republicano - o que provocou seu afastamento da política, quando da mudança de regime.Governo da BahiaEm seu relatório de governo, apresentado à Assembleia Legislativa da província em 1º de maio de 1878, registrou o barão Homem de Mello:Nomeado para o cargo de Presidente desta Província por Carta Imperial de 19 de janeiro deste ano, prestei juramento perante a Câmara Municipal e tomei posse da administração no dia 25 de fevereiro último.Felicito-me hoje de, em tão curto período, aqui encontrar-me no seio da Representação Provincial, tendo a vantagem de inspirar-me em vossos votos e receber o impulso de vossa iniciativa, para juntos promovermos a prosperidade da Província.Sua principal obra pública na capital foi a abertura da passagem na montanha - ligando as cidades Alta e Baixa (com extensão de 661,9 m e ligando a então "rua do Ourives" ao "Largo do Teatro" - conhecida em Salvador por Ladeira da Montanha, mas nomeada em homenagem ao Barão. Procedeu à reforma e melhoramento do Teatro Santo Antônio, reabriu o Hospital de Mont-Serrat (fechado meses antes e destinado ao tratamento da febre amarela. Sendo professor, manifestou grande preocupação com a melhoria das condições da Escola Normal, ouvindo de normalistas e professores reivindicações que julgava justas e acertadas, assinalando que da melhoria do ensino adviriam todas as outras.Em seu governo foi extinta a colônia alemã do Rio Branco,[3] no sul da Bahia, cujos colonos pediram para ser transferidos para o Rio de Janeiro. Homem de Melo pretendeu estabelecer, na antiga colônia, os retirantes cearenses que então aportavam em Salvador.Academia Brasileira de LetraseditarEm 1917 o Barão foi eleito para a Academia, mas não chegou a tomar posse, pois faleceu antes disso. Seria recebido por Félix Pacheco e ocuparia a Cadeira 18, que tem por Patrono João Francisco Lisboa, da qual teria sido o segundo imortal.O Barão Homem de Melo escreveu algumas biografias, colaborava para as publicações do Instituto Geográfico e Histórico do Brasil e diversos jornais. Como geógrafo e cartógrafo, publicou um Atlas do Brasil, e outros[2]. Dentre seus livros, destacam-se:Esboços biográficos (2 vols.) - 1858Esboços biográficos (2 vols.) - 1862Escritos históricos e literários - 1868A Constituinte perante a história - 1863Mitologia e Cosmogonia (identificação das divindades gregas e romanas, emblemas dos deuses) - 1896Aula de História da Arte - 1897Biografia de Hipólito José da Costa Pereira - 1871A minha nebulosa - poesia - 1903O Brasil de hoje - 1905
Subsídios para a organização da Carta Física do Brasil - Cartografia - 1876
O Brasil de Hoje (excerto)editarPublicado em 1905, O Brasil de Hoje compõe-se de relatos que sustentam as opiniões do Barão, sem contudo deixar de conter um certo humor, ao mostrar a realidade. Na passagem abaixo narra com indignação algo que ainda é atual: o café brasileiro é completamente desvalorizado no exterior:O certo é que o nosso café continua, em Paris, Londres, Berlim, Roma, Nápoles, a ser exposto à venda, com letreiros bem visíveis que o dão como originário de Moka, Java, Guadalupe, México e até Mont Pellé!Em diversas localidades, constatando a falsa designação dada ao nosso café, a pretexto de comprar, pedíamos nos servissem gênero de procedência brasileira.Ninguém o conhecia, e algum negociante que dele tinha notícia não o vendia no seu estabelecimento, porque não era... bon marché.No mostrador de uma loja de Genebra, vi anunciado à venda Café Santos.Entrei e pedi - café brasileiro.O proprietário da casa respondeu-me que não tinha, nem conhecia essa marca.- Mas, este Café Santos de onde procede?- Ora, da República Argentina.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (2): 01/01/1942 - *Nascimento de Luiz Mendes 16/03/2024 - Nascimento de Ossis Salvestrini Mendes EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.