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A incrível história da indígena que foi a primeira alfabetizada do Brasil. Por Marília Monitchele, em veja.abril.com.br
    7 de março de 2024, quinta-feira
    Atualizado em 27/10/2025 05:44:28

  
  


Durante muito tempo na História, essa, escrita com H maiúsculo, não houve espaço para a menção de mulheres. Não é que elas não existissem, não é que elas não agissem. Elas existiram e tiveram impacto relevante em eventos que consideramos dominados por homens. Revoluções? Estavam lá. Guerras? Também. Acordos de paz, disputas territoriais… Elas estavam fazendo ciência, empreendendo e criando espaços em uma sociedade feita por homens para homens.

Mas se elas costumavam estar nesses lugares, por que não são mencionadas? Ora, a história também era um domínio restrito à masculinidade. O apagamento do papel do feminino era, portanto, natural. “Por muito tempo na história ‘anônimo’ era uma mulher”, sintetizou Virginia Wolf. Apesar disso, algumas biografias teimaram. Nomes se sobressaíram, como Marie Curie e Joana d’Arc, outros terminaram esquecidos, alguns não passaram de breves menções nos relatos masculinos. É um grande poder esse de selecionar o que é digno de ser lembrado e o que pode ser apagado, esquecido.

O Brasil, por exemplo, nasceu de um decreto assinado por uma mulher. Maria Leopoldina, e não D. Pedro I, nos tornou oficialmente independentes. A escravidão fora formalmente encerrada por outra, consolidando a luta de milhares de mulheres negras que criaram artifícios para deixar a condição de cativas e não tiveram sua assinatura no documento final. A primeira greve geral do país? Obra de mulheres. Assim como foi uma mulher que reivindicou pela primeira vez a igualdade de ensino e o direito à educação. Catarina Paraguaçu teria sido não apenas a primeira mulher indígena, mas a primeira mulher da história brasileira a aprender a ler e a escrever.

Paraguaçu era filha de Taparica, cacique dos tupinambás, e foi considerada “a mais antiga figura feminina da história do Brasil”. Nos primeiros anos de colonização, ela teria intercedido pela vida do português Diogo Álvares, o Caramuru, com quem formou um dos primeiros casais interraciais do país, e o mais famoso do século XVI. Lamentavelmente, muito do que restou da história de Paraguaçu está vinculada ao seu casamento com Álvares. Sabe-se, no entanto, que ela teria reivindicado o direito à educação das mulheres, tendo sido a primeira a dominar as letras, e escreveu uma carta de próprio punho ao padre Manoel da Nóbrega em 1561, quando a maioria dos homens no mundo não detinha esse tipo de conhecimento.

Numa época de grande discriminação contra as mulheres, sobretudo as indígenas, a influência de Catarina se impôs na sociedade colonial. Naturalmente, o casamento dela com Diogo Álvares não foi apenas determinado pelo amor romântico. A aliança firmada entre os dois contribuiu para o longo processo de aculturação que os europeus iniciaram em 1500 e desenvolveram pelos séculos seguintes, mas também poupou parte dos tupinambás do cacique Taparica da hostilidade usual dos homens brancos.

Em um mundo ideal, a alfabetização pioneira de Paraguaçu teria aberto as portas para que outras mulheres indígenas acessassem os sistemas de educação. Mas a história segue um curso próprio, geralmente pouco inclusivo. Foi apenas 445 anos depois da alfabetização de Paraguaçu, em 2006, que o Brasil concedeu o primeiro título de doutora para uma mulher indígena, a linguista Maria Pankararu, que recebeu o título pela Universidade Federal de Alagoas, com uma tese sobre a língua ofaié.

Quase 20 anos depois, em 2023, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul dava a Susana Kaigang título equivalente. A indígena se tornou doutora em educação recuperando a trajetória de sua mãe, a militante indígena Andila Kaigang. “A história oficial não traz a história dos povos indígenas porque foi escrita pelo colonizador”, diz. “Cabe a nós contar nossa própria história e ocupar os espaços”.

O processo de reconstruir a trajetória de Andila tem o peso de trazer uma biografia pouco conhecida. “Ela estava no centro de muitos debates que envolviam a educação dos povos indígenas”, explica. Além de seu envolvimento na educação escolar indígena, Andila participou de frentes de retomada de terras, atua na Organização Indígena Instituto Kaingáng (INKA) e no Ponto de Cultura Kanhgág Jãre, estabelecendo conexões entre educação, cultura e tradição kaingang.

“Recontar a história das mulheres indígenas é recontar partes de uma história que insistem em esquecer”, sintetiza. Se mulheres como Catarina Paraguaçu abriram uma porta, mulheres como Susana, Andila, Maria Pankakaru e outras tantas estão dispostas a escancarar as janelas.



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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.