Estanislao Severo Zeballos (1854-1923), HISTORIADOR. Por María Cristina de Pompert de Valenzuela, data da consulta - 31/12/2023
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Estanislao Severo Zeballos (1854-1923), HISTORIADOR. Por María Cristina de Pompert de Valenzuela, data da consulta
31 de dezembro de 2023, domingo Atualizado em 25/10/2025 04:28:51
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1 Estanislao Severo Zeballos. Nasceu em Rosário, em 1854, e faleceu em Buenos Aires, em 1923. Estadista, diplomata, professor, publicitário, geógrafo, historiador e escritor. Seu prestígio transcendeu as fronteiras do país. Entre outras instituições, pertenceu às Reais Academias de Jurisprudência, Literatura e História de Madrid, à Associação de Direito Internacional, à Sociedade de Direito Internacional de Washington, à Sociedade de Legislação Internacional Comparada da Bélgica, ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro e Sociedade Hispânica da América do Norte. Recebeu inúmeras condecorações e cargos honorários: medalhas de ouro do Peru, Bolívia, Brasil e Paraguai; Medalha do Libertador da Venezuela; Palmas Acadêmicas da França; Grã-Cruz da Coroa da Itália; Grande Cruz de Gregório VII da Santa Sé; Ordem de Cristo de Portugal; Ordem da Coroa da Rússia; Águia Vermelha da Alemanha e vários outros. [Página 1 do pdf]
3. Ação relacionada a questões de limites
A última década do século XIX encontrou Zeballos intensamente dedicado às atividades diplomáticas. Entre 1889 e 1890, atuou como Ministro das Relações Exteriores do presidente Juárez Celman, e de 1891 a 1892, no mesmo cargo, durante a presidência de Carlos Pellegrini.
A natureza desta posição distanciou-o completamente do seu gosto pelos estudos etnográficos que analisamos anteriormente. A sua produção escrita neste período reduz-se, quase exclusivamente, a argumentos e artigos sobre questões de fronteira, que não analisaremos detalhadamente por fugirem ao objetivo deste trabalho. Interessa-nos, no entanto, destacar esforços de Zeballos que significaram contribuições para o desenvolvimento de pesquisas ligadas à história nacional, como a promoção de pesquisas documentais em arquivos estrangeiros e sua determinação em organizar, em 1892, o Arquivo do Ministério das Relações Exteriores. Assuntos em tudo relacionado com questões fronteiriças através da compilação e catalogação do material existente no Arquivo das Índias em Sevilha.
A disputa de fronteira com o Brasil, na qual Zeballos teria maior envolvimento, era antiga e concretizou-se na reivindicação de territórios que pertenciam ao antigo domínio dos jesuítas. Um acordo entre os chanceleres da Argentina e do Brasil foi rejeitado em 1890 pelo Congresso do Rio de Janeiro. O Congresso argentino solicitou que o assunto fosse submetido à arbitragem dos Estados Unidos e confiou a defesa do caso a Zeballos.
Neste litígio, o Brasil apoiou o utis possidetis de 1810, enquanto Zeballos baseou a defesa dos interesses do nosso país em documentos e mapas históricos. Ele considerou de fundamental importância o mapa das cortes de 1749, que serviu para estabelecer os limites no tratado de 1750. Como nem no país nem no Uruguai foi possível encontrar qualquer cópia desse mapa, ele encomendou uma pessoa que encontrei-o na Biblioteca Municipal de Paris. Por outro lado, encarregou outras pessoas de realizar buscas nos arquivos das Índias em Sevilha, Madrid, Simancas, Alcalá de Henares e outros, com as quais conseguiu reunir quarenta e dois documentos e sete mapas que constituíram a Evidência Argentina.
Inexplicavelmente, o presidente Cleveland dos Estados Unidos emitiu, em 1895, a decisão favorável ao Brasil, sem qualquer fundamento sólido, e com isso a Argentina perdeu grande parte do território das antigas Missões. O incidente causou algum descrédito a Zeballos e gerou o desenvolvimento de outros trabalhos nos quais defendeu e justificou a sua posição.
Outro facto revela que o nosso autor tem consciência da importância e do impacto que o material existente no Arquivo das Índias poderá ter para a resolução de questões fronteiriças. Em 1892, ocupando novamente a pasta das Relações Exteriores, decidiu organizar o arquivo da instituição; Para o efeito, ordenou que fosse elaborado um índice dos documentos referentes ao nosso país, existentes no Arquivo de Sevilha, e que fossem copiados os mais importantes. Foi assim que surgiu a missão de José Orellana, que passou a atuar sob as ordens de Vicente Quesada, chefe da missão diplomática em Madrid. Após dez anos, o Catálogo de documentos do Arquivo das Índias de Sevilha foi publicado pelo Ministério, em dois volumes. [Páginas 13 e 14 do pdf]
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.