Basílica de Santa Sofia. Por Elias Feitosa de Amorim Junior
27 de outubro de 2023, sexta-feira Atualizado em 30/04/2025 22:20:47
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Construída em Constantinopla, entre 527 e 532, durante o reinado do Imperador Justiniano (527-565), a Basílica de Santa Sofia foi dedicada à Sabedoria de Deus e daí sua denominação latinizada de “Santa Sofia” e no grego “Hagia Sophia”.A denominação de basílica relaciona-se ao fato do poder civil, representado pelo imperador (basileus em grego) ter ordenado a sua construção e tal gesto foi imortalizado no mosaico presente na basílica de San Vitale, em Ravena na Itália, onde o imperador Justiniano aparece acompanhado de seu séquito (militares e políticos) e entrega ao bispo Maximiano (bispo de Constantinopla) um recipiente que contém ouro, simbolizando o financiamento da igreja.
A basílica de Justiniano foi a reconstrução de duas outras (a de Constantino de 335 e a de Teodósio em 415), também dedicadas à Sabedoria Divina, as quais foram destruídas durante uma rebelião que antecedeu sua ascensão. No entanto, a arquitetura ali presente não só traz um novo estilo, mas também representa o ápice deste novo estilo.A estrutura da basílica foi projetada pelos arquitetos Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto, os quais pensaram numa planta de simetria simples: o comprimento da nave seria o dobro de sua largura e precisavam levantar uma cúpula de 32 m de diâmetro, o mesmo tamanho da cúpula do Pantheon em Roma, a 60 m do solo, colocando-a sobre quatro arcos e um aspecto geometricamente inovador na construção da cúpula foi a sustentação por quatro grandes pilares estrategicamente escondidos nas paredes.Um pouco depois da construção, a majestosa cúpula desmoronou como consequência de um terremoto, mas foi de novo levantada – com a mesma técnica e traçado. Foi no ano de 558, sob a direção de Isidoro de Mileto.
A monumentalidade do espaço criado em Santa Sofia, como, em seu tempo, a riqueza cromática dos seus altares, mosaicos e materiais, nos quais a simbólica luz reverbera como dando razão à afirmação de que “o que radiante vem de dentro”, justificam a exclamação de Justiniano ao vê-la acabada:“Glória a Deus que me julgou digno de executar esta obra! Venci-te, Salomão!”É formada por uma série de pequenas janelas, e o revestimento dourado dos mosaicos e dos mármores também contribuem para o intenso e fascinante efeito luminoso.Santa Sofia é considerada um dos maiores exemplos ainda existentes da arquitetura bizantina, um esplendor de grande valor artístico em todos os aspectos. Ela foi na antiguidade uma grande obra arquitetônica, tendo influenciado o mundo ortodoxo, católico e islâmico.Mosaico – em grego mousaikón – significa “arte das musas”, portanto, eram estas que inspiravam a genialidade do artista, o qual acompanhado de precisa de paciência e atenção, executava a obra.Das ruínas do templo de Júpiter, em Baalbek, no Líbano, o imperador Justiniano ordenou a retirada de oito colunas de estilo coríntio, as quais foram desmontadas e, enviadas, para Constantinopla, para a construção.Mármores verdes, brancos com pórfiro púrpura cobrem o piso da basílica, enquanto, as cúpulas eram ocupadas por mosaicos dourados.Em 29 de maio de 1453, o sultão turco Mehmed II (1451-1481) derrotou o imperador bizantino, Constantino XI Paleólogo e assumiu o controle daquilo que fora o Império Romano do Oriente. A Basílica de Santa Sofia foi transformada em uma mesquita: a cruz do cume da cúpula foi trocada por um crescente(o símbolo do Islã), os mosaicos e referências cristãs foram cobertos, inseriram gigantescas placas de bronze com trechos do Alcorão.No exterior, se destacam também, seus quatro minaretes(torres para o chamado dos muçulmanos para a oração), construídos em tijolo vermelho, calcário branco e arenito, construídos depois da vitória turca.Fontes:ARGAN. Giulio Carlo. História da Arte italiana: da Antiguidade a Duccio. Vol. I, São Paulo: Cosac & Naify, 2003.GOMBRICH, Ernst. História da Arte. Rio de Janeiro: Editora LTC, 16ª edição. 1996.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (2): 27/10/2023 - *Tem início em Constantinopla as obras do que tornaria-se a Haia Sofia 27/10/2023 - *Constantinopla EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.