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Mais de 10 mil sítios arqueológicos indígenas podem estar escondidos na Amazônia. Por Redação Casa e Jardim. Em revistacasaejardim.globo.com
    15 de outubro de 2023, domingo
    Atualizado em 30/10/2025 19:03:31

  


Um número entre 10 mil e 23 mil sítios arqueológicos indígenas pré-colombianos estão escondidos sob a densa Floresta Amazônica – é o que estima um estudo publicado recentemente na revista científica Science.

A pesquisa, liderada pelos brasileiros Vinicius Peripato e Luiz Aragão, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil (INPE), utilizou a tecnologia de sensoriamento remoto e emissão de faixas de lazer conhecida como LiDar (Light Detection and Ranging) para identificar 24 sítios até então não documentados.

Embora já fosse sabido que sociedades indígenas habitavam a bacia amazônica há pelo menos 12 mil anos, era difícil encontrar evidências desta presença no local devido à alta densidade da floresta.

A vantagem em utilizar o LiDar é que o seu sensor permite reconstruir os elementos da superfície em um modelo 3D com um nível extraordinário de detalhes, tornando possível remover digitalmente toda a vegetação e iniciar uma investigação precisa do terreno sob a copa das árvores.

O resultado? A revelação do estilo de vida de sociedades complexas que lá viveram há milhares de anos.

A combinação entre tecnologia de ponta em monitoramento remoto, dados arqueológicos e modelagem estatística avançada levou ao registro de extensos geoglifos e alterações em uma paisagem que corresponde a 0,08% da Amazônia, segundo a varredura inicial.

Realizadas entre 1.500 e 500 anos atrás, estas modificações foram moldando a floresta àquilo que se conhece hoje. Elas incluem aldeias fortificadas, estruturas cerimoniais, assentamentos em topos de montanha e geoglifos.

Outra descoberta foi quanto aos sinais de domesticação de plantas, que sugerem a prática de agrofloresta por parte de algumas sociedades. Isso significa que certas espécies vegetais foram intencionalmente manejadas para estarem mais próximas aos assentamentos, a fim de melhor prover alimentos e recursos.

Alguns exemplos do fenômeno em questão são a castanha-do-pará (Bertholletia excelsa), a macaúba (Acrocomia aculeata), o araticum (Annona montana), a pupunha (Bactris gasipaes) e o açaí (Euterpe oleracea), entre outras.

"Esses povos dominavam técnicas sofisticadas de manejo da terra e das plantas, em certos casos, ainda presentes nos conhecimentos e práticas dos povos atuais que podem inspirar novas formas de conviver com a floresta sem a necessidade de destruí-la", escreveu Carolina Levis, cientista da Universidade Federal de Santa Catarina e também envolvida no estudo.

Usando todos os registros de obras de terra encontrados até agora (961) através de metodologias mais tradicionais, a equipe também quantificou quantas estruturas podem ser encontradas – um número que corresponde à faixa de 10 mil a 23 mil sítios arqueológicos semelhantes e ainda desconhecidos na Amazônia.

Apesar da modificação das terras mapeadas pelos povos originários, é importante dizer que estas alterações não tinham caráter destrutivo – mas, sim, utilitário através da preservação. A domesticação das árvores, por exemplo, não comprometia o desenvolvimento florestal, segundo explicou Vinicius em entrevista à Agência Pública.

O trabalho é multidisciplinar e foi elaborado por 230 pesquisadores, de 156 instituições do Brasil e de mais 23 países. E ele é relevante e urgente por três razões: a primeira é a confirmação da existência de sociedades complexas e estruturadas na bacia amazônica muito antes da chegada dos europeus às Américas.

A segunda, por sua vez, é porque o trabalho lança previsões testáveis sobre locais pouco conhecidos da Amazônia, onde novos trabalhos de campo provavelmente descobrirão sítios arqueológicos de dimensões monumentais e ainda bem preservados dentro da floresta.

Já a terceira é devido ao atual contexto político referente ao marco temporal, aprovado recentemente pelo Congresso Nacional e segundo o qual os povos indígenas teriam direito de ocupar somente as terras que ocupavam ou disputavam em 5 de outubro de 1988 – data de promulgação da Constituição brasileira.

Acontece que, como demonstra o estudo, a presença indígena nas terras da Amazônia é anterior a 1988, data considerada arbitrária por alguns pesquisadores contrários ao marco temporal. Isso porque muitos dos indígenas descendentes dos povos originários amazônicos poderiam não estar em suas terras no momento da promulgação da Constituição devido à expulsão – e assim, não teriam direito à reivindicação do espaço, segundo a tese jurídica.

"Estes legados arqueológicos podem desempenhar um papel nos debates atuais em torno dos direitos territoriais indígenas. Eles servem como prova tangível da ocupação, do modo de vida e da relação de um ancestral com a floresta", dizem os autores no artigo.

A proteção de seus territórios, línguas, culturas e heranças, segundo os autores, deve ser compreendida como milenar, como são, e não ligada a uma data tão recente.

"Além de proteger os povos originários que permanecem, a instituição das Terras Indígenas também colabora com a conservação das florestas em tempos de debates sobre mudanças climáticas e de busca por soluções que minimizem os impactos ao clima e promovam a neutralidade carbônica", completam.



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (3):
01/01/523 - *Sítios arqueológicos
05/10/1988 - Promulgada a atual Constituição Federal do Brasil. Seu texto buscou dar mais efetividade aos direitos fundamentais
15/10/2023 - *Sítios arqueológicos
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.