'“Proventus ad perpetuam”: criação de reservas de madeira e a idealização de um serviço florestal para a urbanização de São Paulo. Por NATASHA TSIFTZOGLOU - 01/01/2023 Wildcard SSL Certificates
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“Proventus ad perpetuam”: criação de reservas de madeira e a idealização de um serviço florestal para a urbanização de São Paulo. Por NATASHA TSIFTZOGLOU
    2023
    Atualizado em 24/10/2025 02:19:01

    
    
    


machucado apresenta o animal abatido para a comunidade que assiste aterrorizada e caidesmaiado. Caá-Ubi não apenas salvou a menina que não sofreu nenhum dano, como tambémteria sobrevivido para contar a história.167Outra referência em relação à ameaça selvagem que a Cantareira representava às aldeiase primeiros colonos, encontra-se em Affonso de Freitas:Os veados eram sem conta nas pastarias gordas, mas em perseguiçãoapareciam os grandes felinos das mattas da Cantareira, a compartir com ohomem no banquete régio que era a devastação do providencial celeiro vivo,muitas vezes bandos de onças, acossados pelos indígenas e com a retiradacortada pelo lado do rio, cahiam espavoridos sobre a nascente povoação deSão Paulo do Campo com angustiosa surpresa e incontido terror dosmoradores.168O autor descreve esse primeiro cenário de ocupação indígena e colonial, que,estabelecida nas clareiras, entre medo e reverência, podiam contemplar as matas lá do alto,como um cenário “paradisíaco”. Affonso de Freitas conta uma novidade histórica ao leitor, queele pressupõe perplexo, ali no início do século XX. Que esse cenário belíssimo de rio navegável,montanhas de floresta e amplos vales paradisíacos, teria sido, um dia, o mesmo local ondeagora169 ficavam os bairros além-tietê. E que esse núcleo colonial, era o local preferido dosprimeiros habitantes de São Paulo:

Essa região paradisíaca era a Piratininga dos primitivos paulistas: tendo por centro os actuaes bairros de Campos Elyseos, da Luz e do Bom Retiro estendia-se, rio abaixo até a Barra Funda, desenvolvendo-se contra corrente em distancia que a documentação colligida ainda não autorisa limitar.
Mas, ao leitor amigo pedimos suspender, por momentos, o esboçado sorrir de incredulidade e ouvir o porque da peremptória afirmativa nossa ser alli, no tão humilde Bom Retiro, no monótono Campos Elyseos, o paraiso terreal dos piratininguaras, a ignorada e, atravez dos séculos, tão procurada Piratininga dos nossos maiores.
Como é sabido, como é indiscutivelmente certo, a igreja da Luz, foi edificada ermida por Domingos Luiz, o Carvoeiro, no mesmo local em que ainda hoje se ergue o Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, e que era o Guaré contemporâneo da fundação de São Paulo: isto posto, e tomando por ponto de referencia esse mesmo Guaré e a própria capella erigida pela piedade do Carvoeiro, enumeremos a documentação elucidativa do que afirmamos
17 [p. 73]

Sabendo que sua afirmação seria polêmica uma vez que questionava a prerrogativa deserem as redondezas do pátio do colégio o núcleo principal de ocupação da cidade, ou, melhordizendo, o local de maior importância para história da ocupação paulista em São Paulo, eleresgatou documentos de concessão de terras para apresentar algumas fundamentações teóricasa partir da descrição de seus primeiros habitantes. A seguir, um breve relato dessas evidênciasapresentadas pelo autor171. Em 1595, João Maciel, contador, inquiridor e distribuidor da Villade São Paulo, obteve para si e sua família, sessenta braças craveiras de terra, de largura ecomprimento, entre Guaré e Piratininga. Em 1600, Gaspar Gomes Muacho, pediu “nada mais,nada menos que [...] todas as terras devolutas, a partir do rio Anhangabaú, desde a ponte doPiques pela rua da Consolação acima, na época, caminho dos Pinheiros até ao Pacaembú”, queera a “terra dos padres” concedida em 1561. A câmara lhe concedeu, no entanto, apenas sessentabraças craveiras em quadra, no caminho entre Piratininga e Pinheiros. Para o autor, tratava-sede dois documentos coevos que autenticavam a concessão de terras em percursos que faziamparte do bairro da Luz. Em 1601, Antonio Camacho recebeu duzentas braças de terra da testadade João Maciel, em Piratininga, a partir de um ribeirão que se chamava Guaré. Para o autor,seria um indicativo de permanência do território do Guaré como ponto de referência na regiãode Piratininga. Em 1608, Maria Alvares, viúva de Manoel Eannes, que morava de favor noTatuapé, obteve um pedaço de terra devoluta em Guaré, entre os rios Tamanduateí eAnhangabaú. Em julho do mesmo ano de 1608, a Câmara concedeu a Antonio Milão, umpedaço de terra que ia pelo caminho em direção a Nossa Senhora da Luz, caminho direito doGuarepe, de Ascenso Ribeiro até o Anhangabaú. Em dezembro, também de 1608, AntonioPina conseguiu cinquenta braças nos campos do Guarépe partindo da cabeceira de seu cunhado,Pedro Nogueira em direção à vila, ao longo do ribeiro do Tamanduateí. Em 1634, foi concedidaao cirurgião Antonio Vieira Bocarro, “um capão de mato que estava nas cercas de São Bento,do caminho que vae dessa villa para a Nossa Senhora da Luz de Guarépe, á mão direita, atéencostar na olaria de Salvador Pires”. Essas terras pertenciam a sesmaria do Mosteiro SãoBento, que eram terras “cortadas pelo caminho do Guaré, o qual manteve-se fechado, por algumtempo para não devassar os religiosos”. O autor afirmou que as terras do Mosteiro, quepassariam a ser de Antonio Vieira estavam compreendidas entre o que seriam as ruasAnhangabaú e 25 de Março - e o caminho do Guarepe, como a rua Florêncio de Abreu.A partir das descrições territoriais de cada um dos documentos, consideradas evidências,o autor afirma que não restam dúvidas que o tal Guaré localizava-se na “poética, lendaria e [p. 74]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
19/07/1608 - Maria Alvares viúva de Manoel Eannes, moradora antiga, mulher pobre, estava sendo despejada do Tatuapé onde morava e não tinha “donde se meta com seus filhinhos”
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.