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Guia Politicamente II: 2° temporada, 3° episódio. History Channel, direção de Matheus Ruas
    2022
    Atualizado em 30/10/2025 06:24:07

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Este episódio vai abordar a real participação da Princesa Isabel e todos os contextos históricos que culminaram na Abolição da Escravidão no Brasil.Eduardo Bueno:

"Redentora é o título dado a sereníssima princesa Isabel, filha de Dom Pedro II e herdeira do trono brasileiro. Porque ela foi considerada a grande heroína da abolição da escravatura no Brasil e por isso estampou as notas de cruzeiro, duas vezes no século passado, aliás, garanto que tem velhos como eu que pegou os tempos do Cruzeiro."

(...) Eduardo Bueno:

"A escola ensinou e você aprendeu: a princesa Isabel aboliu a escravidão no Brasil. Não! Isto está só meio certo. Na verdade ela foi articuladora de uma manobra política que permitiu a aprovação da lei Áurea pelo parlamento. Então a pergunta que cabe agora é: a princesa Isabel foi a única responsável por tudo isso e sem ela a escravidão não teria acabado em maio de 1888?"

Valéria Gomes, historiadora:

"Valéria Gomes historiadora Desde a década de 70 do século passado, do século 20, nós temos uma historiografia que vem desconstruindo essa ideia da princesa Isabel como A redentora dos negros a ideia de que a população negra tem uma tutora. Como na época da escravidão que os libertos continuavam deferentes ao ex-senhor. O que ocorreu em 1888 mais dia menos dia viria."

Moreno

"Se a gente for pensar num grande mérito, ter conseguido fazer da abolição um processo menos traumático o possível arriscando tanto."

Leandro Norloch, jornalista:

"Temos que atribuir o fim da escravidão ao movimento abolicionista. Ao José do patrocínio, ao Joaquim Nabuco, ao Luiz da Gama. Um tempo antes pequenas sociedades de negros sociedades libertadoras que conseguiram mudar a opinião pública a favor da abolição."

Morena:

"O protagonismo é dos negros desde o primeiro escravizado no século 16, das agências de fugas quilombos as agências pela alforria as irmandades. Aqueles laços de solidariedade e também de conflitos e as negociações."

Leandro Norloch:

"Quando a Isabel começou a se movimentar já era como se fosse chutar cachorro morto como se diz. Era óbvio que mais cedo ou mais tarde a abolição aconteceria."

Morena:

"Então acho que juntando todos esses elementos, de um lado a coroa do outro o decréscimo natural da população escrava, a pressão inglesa, o discurso da necessidade da entrada de uma nova forma de trabalho, os intelectuais brasileiros, os intelectuais abolicionistas, como Joaquim Nabuco percorreu boa parte do Brasil fazendo suas palestras. Todos eles concorreram em grande medida para a abolição."

Eduardo Bueno:

"Se a princesa Isabel não foi a única responsável pela abolição, porque então ela se tornou Grande Redentora?"

Leandro Norloch, jornalista:

"Por que que a princesa ficou para a história? A gente tende a enxergar a história, muito historiador tende a contar história como se ela fosse feita de cima para baixo. Então você tem lá grandes líderes políticos, grandes figuras e personalidades. Napoleão, grandes Reis e eles definem os caminhos do país. Na verdade o que geralmente, o que muitas vezes acontece, acontece com muito mais intensidade, é o contrário, é de baixo para cima. A História é feita pelas pessoas, e muitas vezes os governantes eles só respondem a maré a tendência de um lado, a tendência de outro."

(...) Eduardo Bueno:

"Mas e depois da festa como ficaram os escravos um dia após a abolição? Como é que ficou o Brasil no dia seguinte? Porque que ninguém nos fala como foi o dia 14 de maio?"

Morena:

"Essas pessoas ficam jogadas a própria sorte, sem oportunidade de emprego sem moradia na disputa de trabalhos circunstanciais."

(...) Careca:

"Porque eles não viraram assalariados? Porque são gerações e gerações de famílias escravizadas vinculadas à Terra. Para eles mesmo eles recebendo dinheiro a questão de ter que continuar trabalhando na Terra era uma continuidade da escravidão. Então eles não querem mais trabalhar com a terra, eles querem ir para os centros urbanos."

Valéria Gomes, historiadora:

"O mundo lá fora era difícil não se sabia o que era que ia enfrentar. Isso libertos que quiseram continuar ainda atrelados ao seu senhor. Era melhor continuar vendendo a sua força de trabalho pela moradia e pela comida."

Eduardo Bueno:

"A lei Áurea também não indenizou os proprietários de escravos. Por mais absurdo que fosse, o escravo era considerado uma propriedade, valia dinheiro, então se você fosse um grande fazendeiro com 100 escravos (...) de uma hora para outra você perderia um valor alto em dinheiro. E a coisa ficou ainda pior quando Dom Pedro II começou a falar em distribuição de terra, em Reforma Agrária. Ele seria comunista?"

Careca:

"Dom Pedro II fala em reforma agrária na última fala do trono em 1889. A fala do trono era o discurso que ele dava no parlamento de acordo com o que ele achava que deveria seguir em fim (...)"

Careca:

"A libertação ocorreu oficialmente mas e depois o que você faz com esse elemento escravizado que nunca teve acesso à sociedade a ensino a nada. Ele não é um elemento social ele não pertence a estrutura social ele pertencia a parte mais baixa da estrutura social da nação que era a mão de obra."

Roni:

"Havia a intenção te dar algo aos escravos. O gabinete do conselheiro João Alfredo Correia de Oliveira com anuência do imperador previu a distribuição de terras aos ex-escravos. Assentar os escravos em lotes as margens das estradas de ferro."

Moreno:

"A medida que o processo de abolição vai se consolidando os fazendeiros vão pulando do barco. Então uma certa incompreensão desses grupos faz com que a traz instabilidade para a manutenção da coroa. O Nabuco fala isso e tô né de outra forma havia como que uma cisão entre o fazendeirismo e os elementos urbanos que eles vão chamar de bacharéis."

Careca "É por isso que tem que haver a proclamação da República pois já perderam os escravos agora perderão a propriedade produtiva."



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (2):
03/05/1889 - Última Fala do Trono, discurso proferido por Dom Pedro II, na abertura dos trabalhos do Parlamento
15/11/1889 - Deodoro da Fonseca derruba o 36º Gabinete do Império e proclama a República
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.