A Visita do Arquiduque Maximiliano da Áustria ao Brasil. Fonte: Brasil Imperial, em Facebook
6 de julho de 2021, terça-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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O Príncipe Maximiliano de Habsburgo, Arquiduque da Áustria, que era primo de nosso Imperador D.Pedro II, chegou à Bahia em 11 de janeiro de 1860, como chefe de uma missão científica e diplomática do Império Austriaco, acompanhado do pintor Joseph Selleny (1824-1875) que registrou o povo em belas aquarelas, o botânico Franz Maly (1823- 1891), e os médicos Heinrich Wawra Ritter von Fernsee (1831-1887) e August von Jilek (1819- 1895) dali rumando para o Rio de Janeiro, onde chegou na manhã do dia 27, sendo recebido pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, João Lins Vieira Cansação Sinimbu.
Maximiliano se Hospedou por dois dias em Petrópolis, onde conheceu as sobrinhas princesas D. Isabel e D. Leopoldina, que não haviam acompanhado os pais na viagem ao norte do Império, segundo nos informa Santos, “convidaram o príncipe a jantar no palácio, onde houve, à noite, uma pequena reunião íntima, presidida pela Condessa de Barral” A princesa Isabel comentou que:
"Meu Tio Maximiliano é bem bonito, alto, amável, e parece-se, eu acho, um pouco com o papai".
Depois de sua estádia no Rio de Janeiro retornou ao norte do Brasil, se encontrando com o primo Dom Pedro II na Bahia. Escreveu sobre suas experiências de Viagem no Livro “Bahia, 1860. Esboços de Viagem” nos seus escritos, deixa claro que não teve uma boa impressão do Povo e da Cultura Locais. De forte formação católica e humanista, ficou chocado com as condições que a população escrava vivia e a crueldade e indiferença de seus senhores. Condenou o governo e do clero brasileiro que toleravam a prática da escravidão e declarou
“A religião se torna zombaria quando um homem branco arroga o direito de tratar homens pretos que, como ele próprio, nascem na imagem do criador, como se fossem animais de carga ou fardos de mercadorias.”
Maximiliano também acompanhou a tradicional Festa do Bonfim de Salvador, O príncipe reparou nos batuques, no povo extravassando alegria, não lhe pareceu o comportamento adequado para uma festa religiosa e assim descreveu no seu diário:
“Moças negras alegres, envoltas em gazes transparentes e lenços de cores berrantes, em meio a um falatório estridente, nas posições mais confortáveis, sensuais e desleixadas… Todo esse alvoroço deve parecer blasfêmia, pois nesta festa popular dos negros, misturavam-se, mais do que o permitido, resquícios do paganismo na assim chamada romaria”. Escreveu ao seu primo: "Que dias mais lindos e inesquecíveis passei aqui"
Maximiliano de Áustria tinha 28 anos quando visitou a Bahia. E a sua passagem pelo Brasil antecedeu a sua nomeação como Imperador do México (1864-67) onde viveu o sonho de uma nova monarquia nas américas. Sonho desfeito pela revolução comandada por Benito Juarez que prendeu o Imperador, julgou-o em corte marcial e mandou-o fuzilar. Fonte: A VISITA DO ARQUIDUQUE MAXIMILIANO A PETRÓPOLIS. Jeronymo Ferreira Alves Netto/Princesa Isabel do Brasil: gênero e poder no século XIX. Roderick Barman.
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