“Caminho do Peabiru tem o mesmo valor histórico e religioso do Caminho de Santiago de Compostela”. Por Aldinei dos Passos Andreis, em jornal.paranacentro.com.br - 26/01/2021
“Caminho do Peabiru tem o mesmo valor histórico e religioso do Caminho de Santiago de Compostela”. Por Aldinei dos Passos Andreis, em jornal.paranacentro.com.br
26 de janeiro de 2021, terça-feira Atualizado em 21/03/2025 20:54:37
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A cada ano, novas descobertas são feitas em torno do Caminho do Peabiru, rota histórica usada por indígenas e até mesmo por povos pré-colombianos, antes da chegada dos europeus à América do Sul no final do século XV e início do século XVI, quando teve início a exploração do continente americano.Um dos mais entusiastas e estudiosos desses resquícios é o funcionário aposentado do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Clemente Gaioki. Nascido na comunidade de Mato Rico, ainda quando a localidade pertencia ao município de Pitanga, ele estudou o primário no Colégio Santa Terezinha e fez o 2º grau no Colégio Antonio Dorigon e, em 1973, foi aprovado no concurso do IBGE e trabalhou, inicialmente, na cidade de São Pedro do Ivaí, depois chefiou a agência, onde conseguiu conciliar a atividade profissional com o curso universitário de Administração, que fez na cidade de Paranavaí, até que, em 1979, foi transferido para Pitanga, onde trabalhou até 1999, quando se aposentou no órgão federal.A partir desse momento, Gaioski conta que se apaixonou pela história do Caminho do Peabiru e começou a estudar a rota. “Faz 17 anos estou lutando com isso, aprendendo, buscando dados e a história disso tudo”, ressalta.Muitas histórias e lendas contornam esse trajeto que começaria na região de São Vicente (SP) e entraria pelo continente brasileiro, passando pela região dos Campos de Piratinga, ainda em São Paulo, até a divisa com o Paraná, onde atualmente fica o município de Sengés. A rota continuaria pela região dos Campos Gerais, passando por Ponta Grossa e chegaria à região central, no município de Reserva. Nesse trecho, o Caminho do Peabiru segue para o sul, passando por Cândido de Abreu, Boa Ventura do São Roque, Pitanga, Santa Maria do Oeste, Palmital, Laranjal e Campina da Lagoa; a partir daí vai à região de Guaíra, entra pelo território do Paraguai e segue em direção ao Peru, passando pela Bolívia, em um total de mais de 3 mil quilômetros. Se o trecho teve todo esse percurso, não é difícil de imaginar que poderia ocorrer uma integração entre os índios, que ocupavam o território brasileiro, e os povos pré-colombianos, como os incas, que moravam na região do Peru. “Acredito, fielmente, que o caminho teve essa dimensão, tenho mais de 100 relatos de autores diferentes sobre esse caminho; eles relatam passagem por essa região e personagens que usaram essa rota”, frisa o pesquisador pitanguense.Um dos relatos mais fantásticos e que Clemente Gaioski acredita ser verídico é que o apóstolo de Jesus Cristo, Tomé ou São Tomé para a fé católica, percorreu esse caminho pela América do Sul. Ele conta que existe uma lenda guarani, que um homem chamado Tsumé, que era calvo, usando uma veste branca, descalço e com um cajado na mão, chegou caminhando pelo mar e anunciava a vinda de uma pessoa que viria para salvar a humanidade. Esse homem percorria as aldeias indígenas, levando essa palavra e passando por esses percalços. “No Peru, temos a mesma lenda, com relato e características iguais do personagem, mas que lá se chama Tanapa e é interessante lembrar as últimas palavras de Cristo aos apóstolos eram que eles fossem pelos quatro cantos do mundo e pregassem o Evangelho e o que consta em muitos desses relatos é a possibilidade de Tomé ter vindo primeiro para as Américas e depois para os países asiáticos”, comenta o pesquisador. Ele acrescenta, ainda, que existem relatos dos próprios jesuítas, cerca de 1,5 mil anos depois, que identificam esse caminho como de São Tomé.Para ele, o Caminho do Peabiru tem os mesmos conceitos e as mesmas faculdades que outro caminho, famoso no mundo todo, que é o caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. Esse local, segundo a história e a tradição, foi percorrido por Tiago ou São Tiago, outro apóstolo de Cristo. “Ele tem o mesmo valor histórico, cultural, exotérico e cristão e foi realizado com os mesmos desígnios apostólicos, mas acaba tendo um patamar menor, pois o outro caminho está na Europa e é formado por povos mais antigos e que fizeram a preservação da história”, ressalta Clemente Gaioski.O pesquisador acredita que é muito difícil conseguir realizar algo semelhante no Brasil, tendo em vista que um processo como esse precisa de uma unidade de pensamento, especialmente, porque a maior parte do trajeto do caminho está inserida em propriedades particulares e parte do trecho, hoje, passa por áreas que são lavouras; poucos são os locais que contam com resquícios preservados.Outro fato que reforça a importância do Caminho do Peabiru são os relatos de Dom Alvar Nunez Cabeza de Vaca, espanhol que descobriu as Cataratas do Iguaçu. Inclusive, segundo Gaioski, na jornada que fez até chegar à foz do Rio Iguaçu, Alvar passou pelas serras de Pitanga, próximo ao Natal. Isso está relatado no livro Naufrágios e Comentários, um diário da viagem do explorador espanhol pelas terras da região Sul. Segundo Gaioski, nesse livro existe uma série de referências ao Caminho do Peabiru e ele acredita que Cabeza de Vaca percorreu grande parte do caminho até chegar às cataratas do Iguaçu. A comitiva do explorador era formada por cerca de 350 pessoas, sendo 80 índios carijós e 250 arcabuzeiros (pessoas que manipulavam antigas armas de fogo, chamadas de arcabuz). “No livro, ele conta que, no dia 12 de dezembro de 1541, passou com os cavalos por um rio muito caudaloso e que tinha o piso liso, que era chamado de Ubaí e que depois se transformou em Ivaí e, no dia 18, ele parou sua comitiva, por conta das comemorações do Natal em uma área muito bonita e cercada de serras, na cabeceira do Rio Cantu, onde ficou por cerca de seis a oito dias e só depois atravessou o rio. Isso nos leva a crer que ele passou o Natal daquele ano, aqui nas serras de Pitanga”, revela o pesquisador.É possível que tivesse ocorrido um intercâmbio maior entre os guaranis, que ocupavam as florestas subtropicais do Brasil, e os incas, no entanto, havia dois complicadores importantes; o primeiro era que os índios brasileiros eram rudes e tinham um espírito mais guerreiro e o segundo é que, para os povos pré-colombianos, havia um problema sério de adaptação ao clima do Brasil. Gaioski comenta que, em uma viagem que fez ao Peru, ouviu relatos sobre as dificuldades dos climas nas florestas do Brasil, relevo, clima e doenças. “No Peru, é praticamente o mesmo clima durante todo o ano e eles encontraram muita dificuldade nesse intercâmbio”, frisa.Em toda a região central do Paraná, o Caminho do Peabiru percorre cerca de 157 quilômetros, de um total estimado de 3 mil quilômetros. Para ter uma ideia, o Caminho de Santiago de Compostela tem apenas 872 quilômetros. Um dos projetos que Gaioski pretende desenvolver é de um museu itinerante, que percorra as cidades da região, por onde passa o Caminho do Peabiru, e fique por cerca de 6 meses a um ano e, nesse período, além de mostrar as peças já encontradas em cada município, ajude a contar um pouco dessa história e a conscientizar a população da região sobre a importância do Caminho do Peabiru.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.