Leitores: A entrega do corpo de El-Rei D. Sebastião - Arnel Afonso - reconquista.pt/articles/
14 de janeiro de 2021, quinta-feira Atualizado em 13/11/2025 05:26:06
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Ao longo dos anos, quer pessoalmente, quer através das colunas do jornal “Reconquista”, tenho lembrado a passagem de efemérides relativas a albicastrenses ilustres, efemérides essas, que têm ficado no “rol dos esquecimentos”, certamente, porque a lembrança “vem de outro”, o que não acontece em terras nossas vizinhas, que tudo fazem para lembrar os seus maiores.Em artigo publicado no nº.3825, de “Reconquista”, de 4.07.2019, lembrei que em 2020 passava o “5º. Centenário do nascimento de Frei Roque do Espírito Santo”, e que tal efeméride não podia ser esquecida. Semanas depois, falei pessoalmente com alguém dito “responsável”, que me respondeu, certamente por cortesia, de que logo falaria comigo. Tal não aconteceu…O ano de 2020, passou, e nada foi feito. Espero que não venham dizer, que foi por causa Covid-19.Frei Roque do Espírito Santo, foi, quanto a mim, o mais insigne dos insignes albicastrenses, sem que com isso queira beliscar o enorme valor de outros grandes vultos, nomeadamente, o de um Amato Lusitano.Referindo-se a Frei Roque do Espírito Santo, George Cardoso, o autor do “Agiológico Lusitano”, escreveu que, “se Castelo Branco não fosse só por si, uma terra notável, por ser berço de tantos varões ilustres, bastava para glória e reputação sua, haver produzido este Venerável Padre”.
Humilde como era, rejeitando honrarias, recusou ser arcebispo de Goa e bispo de Ceuta, Viseu e Lamego, porque a sua grande vocação era resgatar de cativos, sendo a ele que o Cardeal-Rei D. Henrique pediu para que resgatar o corpo de El-Rei D. Sebastião, depois de contactos que tivera com o Rei Muley Humete, resgate que teve lugar em 10 de Dezembro de 1578.
Com autorização do Ministério de Cultura e Desporto, de Espanha, publico fotocópia do “ Testemunho autêntico e legalizado de ter entregue ao governador de Ceuta o corpo real de D. Sebastião, que Muley Hamete deu sem juros nem resgate (1578-12-10), EST. LEG. 396”, existente no Arquivo Geral de Simancas, cuja leitura livre, é a seguinte: “Nós, Dom Dionísio Pereira, Capitão e Governador de Ceuta, Frei Roque e Dom Rodrigo de Meneses que abaixo assinamos os nossos nomes damos fé e verdadeiro testemunho que André Gaspar Corço nos entregou do corpo de El-Rei Dom Sebastião Nosso Senhor (que Deus haja) quarta-feira dez de Dezembro deste presente ano de mil quinhentos e setenta e oito, à porta desta cidade, às dez horas da manhã, dizendo as palavras seguintes na dita entrega. Eu, André Gaspar Corço, entrego o Corpo de Sua Majestade de El-Rei Dom Sebastião, Rei que foi de Portugal, que Deus haja, ao muito Reverendo Padre Frei Roque, e aos Senhores Dom Dionísio Pereira, Capitão e Governador desta cidade de Ceuta e a Dom Rodrigo de Meneses, por mandado de El-Rei Mulei Hamete, o qual me havia concedido o dito Real Corpo para que o levasse em presente à Católica Majestade (Filipe II) com tanta liberalidade com quanto afirmou por juramento em sua lei que faria o mesmo se o tivera vivo em prisão. E chegando uma carta da Católica Majestade, e outra da Majestade de El-Rei de Portugal em que lhe pedião que o quisesse resguardar para o levar para Portugal, me mandou que não o levasse a Castela, como primeiro me havia mandado, se não que o trouxesse a esta fronteira de Ceuta e nela o entregasse solenemente (como ao presente entrego) tomado por testemunho que o dito Muley Humete à concedido e apresentado livre e graciosamente sem nenhum interesse este Real Corpo à Majestade de El-Rei de Portugal, à intercessão e petição da Majestade Católica de El-Rei Dom Filipe II, que depois de o ter entregue, se trouxe com muita solenidade ao Mosteiro da Santíssima Trindade, onde agora está. Feita em Ceuta aos dez de Dezembro do ano de mil quinhentos e setenta e oito.
Rubricam Dom Dionísio Pereira, Dom Rodrigo de Meneses e Frei Roque do Espírito Santo.”, sendo testemunhas D. Duarte de Castelo Branco, D. Miguel de Noronha, Luíz César e D. Jorge de Meneses”.
O corpo foi posteriormente transferido para a Capela-mor da Sé de Ceuta, tendo Filipe I ( II de Espanha) ordenado por Carta de 14 de Julho de 1582, a sua trasladação para o Reino, o qual chegou a Lisboa a 21 de Dezembro do mesmo ano.
A comemoração do V Centenário do nascimento de Frei Roque do Espírito Santo, teria permitido a divulgação de muitos documentos que nos dariam a conhecer do que fora a sua notável actividade cheia de virtudes, documentos esses, que muito contribuíram para o seu processo de beatificação.
Diga-se, todavia, que o nome de Roque do Espírito Santo, não é de todo desconhecido dos albicastrenses, dado que existe uma artéria na cidade que o perpetua, pena é, que na placa toponímica, esteja “Freire” Roque do Espírito Santo, em vez de “Frei” Roque do Espírito Santo.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.