Vikings no Brasil: MITO OU REALIDADE? ihggcampinas.org
16 de novembro de 2020, segunda-feira Atualizado em 27/10/2025 13:14:23
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Agostinho Toffoli Tavolaro – advogado, escritor. Titular da Cadeira 39 do IHGG CampinasResumo: Este artigo trata de um tema curioso: a presença dos Vikings nas Américas e os indícios dessa presença também no Brasil. Debate-se a literatura disponível e os trabalhos desenvolvidos por pesquisadores brasileiros.Vikings in Brazil: myth or reality?Abstract:This article presents a curious topic: the presence of Vikings in the Americas and the signs of that presence also in Brazil. Literature, articles and essays written by Brazilian researchers are discussed.* * *
Logo depois do passamento do querido amigo Hernani Donato, em 2012, aos 90 anos de idade, um dos maiores historiadores contemporâneos, eu e colegas da Academia Paulista de História revisitamos e debatemos as suas principais obras. Meu interesse recaiu sobre Sumé e Peabiru: mistérios maiores do século da descoberta. Na época fiz um pequeno artigo que hoje reviso, atualizo e ofereço aos colegas do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas e aos nossos leitores.
A obra despertou a minha curiosidade pelas referências que faz a um homem que teria vivido na América Latina antes de Colombo, inclusive entre os nossos índios, descrito pelos Botocudos da bacia do Rio Doce como um homem de cabeleira ruiva, estatura maior do que a de outros homens… , relatando ainda inúmeras outras referências a este homem, sempre branco, alto, ruivo ou louro, no continente e nas Antilhas.
As histórias ou lendas entre os nossos índios tinham como personagem Tumé, ou Sumé, ou Pai-Sumé, nomes idênticos ou semelhantes foneticamente ou em grafias diversas, sendo encontrados no Paraguai e nos países andinos.À curiosidade assim despertada somou-se a pesquisa em obras de outros autores, revelando que suscitou a matéria e ainda suscitará, por longo tempo, a atenção dos estudiosos.Vikings: quem eram?
A descrição das características físicas desse homem branco remete à imaginação desde logo aos Vikings, o povo nórdico da Escandinávia, navegadores, que nos seus barcos movidos à vela e a remo levaram o terror à Europa na Idade Média. Oriundos da Dinamarca, da Suécia e da Noruega parece que povoaram a Islândia e a Groenlândia, havendo mesmo chegado à América do Norte, cuja hipótese dessa presença é firmemente evidenciada pelas escavações em L’Anse on Meadows, Terra Nova, no Canadá (ROESDAHL, p. 274). Com efeito, eles eram eles famosos por sua compleição física e de altura superior a outros povos, como escreve Gwyn Jones (2001, p. 26).
Geralmente aceita é a premissa de que as grandes viagens dos Vikings no Atlântico ocorreram nos séculos nono e décimo, sem bússola nem mapas. A explicação que para isso dá Jones é a de que se utilizavam eles de um cristal de calcita (Iceland spar), conhecido como pedra do sol (sun stone), mineral que lhes permitiria, por suas propriedades de polarização da luz, localizar a posição do sol e assim determinar a latitude, mesmo em dias nublados ou mesmo à noite (JONES, p. 192), observando, porém que até a data de lançamento de seu livro (a primeira edição é de 1968), somente em 1948 fora encontrada metade de um disco de madeira com marcas equidistantes. No entanto, no ano de 2013 foi noticiado que uma pedra dessas teria sido encontrada em um navio de guerra do século XVI, naufragado em Alderney, ilha do Canal da Mancha.
Sumé ou Tomé?
Hernani Donato, reportando-se à crença da Idade Média de que no Brasil estaria o paraíso terrestre, cita cronistas e testemunhos da época, lembrando inclusive que Sérgio Buarque de Holanda, no livro Visão do Paraíso, historia o mais forte e dramático testemunho sobre a radicação desse acreditar, qual seja a obstinação de Pedro de Rates Hanequim, enforcado e queimado em Lisboa, em 1744, por insistir que o Brasil fora a pátria de Adão (DONATO, p. 19).
Sumé ou Tomé ou ainda inúmeras outras variantes desse nome, quais Grande Sacerdote Tulá ou Quetzalcoatl na América do Norte, segundo Humboldt; Sommay ou Sumi pelos Caraíbas, segundo André Tevet; Mara pelos Botocudos no Brasil, segundo André Ramos; Cariba ainda no Brasil, segundo Varhangen; no Haiti Zemi; no coração da América Central Zamna ouZamima; Kukulcan em áreas do México; Bochica pelos Chibchas; Viracocha em cercanias do Titicaca; Sumé na Guanabara, segundo Jean de Léry; Man Zumane, conforme Hans Staden; Pay-Zumé ou Pay-Sumé no Paraguai, teria sido o homem branco que por toda a América semeara conhecimentos e fé junto aos nativos, identificado como São Tomé, conforme relata o historiador (DONATO, p. 27).
Relatos de pegadas de um santo homem impressas na rocha existem em várias partes do nosso território, sendo do padre Manoel da Nóbrega a afirmativa na sua Carta das Terras do Brasil relativa a 1549, que os índios diziam que São Tomé, a quem eles chamam Zamé, passou por aqui e isto lhes foi dito por seus antepassados, e que suas pegadas estão sinaladas junto de um rio: as quais eu fui ver por mais certeza da verdade e vi com meus próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos… (DONATO, p. 33).
O padre Simão de Vasconcellos, que em 1663 escreveu a Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil e do que obraram seus filhos nesta parte do novo mundo, relata também a passagem de São Tomé pelas terras brasileiras e as pegadas que por uma tradição antiquíssima dos índios derivadas de pais a filhos… são pegadas de um homem branco, com barba e vestido… (VASCONCELLOS, p. 75).
Não se olvide também que o padre Antônio Vieira, em seu Sermão do Espírito Santo, pregado em 1657 em São Luis do Maranhão, repisa a certeza da passagem de São Tomé (DONATO, p. 21).Veja-se, aqui, que já Hernani Donato aborda a Teoria Viking como identidade de Sumé, referindo ainda que por esta teoria teriam sido vários Sumés, enviados pelo bispo normando Erik, que, por volta do ano de 1112, deixara a sede episcopal na Groenlândia para dirigir-se com vinte evangelizadores às terras hoje ditas americanas. Cita ainda a pesquisa de Barreto Mascarenhas, que assegura que por volta de 1250 os normandos trouxeram para o seu meio o padre Thul Gnupa, matéria que indica para pesquisas posteriores (DONATO, p. 54-55).O caminho do PeabiruSempre com Hernani Donato, cabe indicar que Peabiru ou Peabiyru teria o significado, em guarani, de caminho ou, com maior precisão, de caminho que leva ao céu (pia, bia, PE, ybabia), ou ainda o caminho para o Biru (Peru) ou, também, o caminho grande (real) (DONATO, p. 79). O caminho que ligava ao Paraguai e desde aí ao Andes, às minas do Peru, foi descrito com início em São Vicente, tendo oito palmos de largura, hoje 176 centímetros, ou seja, quase um metro e oitenta centímetros, levando até Iguaçu e assim chegando ao Paraguai. Seria o caminho que levaria do Atlântico ao Pacífico, principalmente após chegado ao território Inca, dotado de estradas em um sistema viário que excederia, inclusive, o construído por Roma.Os Vikings estiveram no Brasil?Referida por Hernani Donato a Teoria Viking, vemos que em nosso país a obsessão viking, como a denomina pejorativamente Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa, começou em 1839 quando o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no Rio de Janeiro, teve sua atenção despertada para as inscrições na Pedra da Gávea. Refutada foi a teoria, mas ainda é objeto de debates que dividem os estudiosos.
Jacques de Mahieu, pesquisador francês naturalizado argentino, se dedicou ao estudo da presença Viking na América, havendo, no que diz respeito ao Brasil, escrito obra que foi traduzida para o português e aqui publicada. Nesta obra, perlustrando vários indícios que ele afirma serem da presença de Vikings no Brasil, inclusive citando a existência de tribos deíndios louros e de olhos azuis na Amazônia, runas nas ruínas das sete cidades do Piauí, índias brancas, a Pedra da Gávea, conclui afirmativamente por essa presença, mencionando ainda, a presença do padre Gnupa (MAHIEU, p. 151). … em quem os missionários portugueses e espanhóis quiseram reconhecer o apóstolo Santo Tomás. (MAHIEU, p. 132). Aliás, cabe lembrar aqui, como já feito acima, que na América do Norte houve a variante de nome Grande Sacerdote Tulá (Thul?). Seu trabalho teve continuidade por seu amigo Vicente Pistilli e por José Riquelme Escudero, arqueólogos paraguaios.Para o arqueólogo brasileiro Johnni Langer, coordenador do NEVE – Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos e professor na Universidade Federal da Paraíba, laborou o pesquisador francês em erro, tentando descobrir vestígios de antigas povoações brancas e louras no interior do Brasil pois os próprios portugueses foram responsáveis diretos por este tipo de herança étnica. (LANGER, 2009).Criticando agora o livro de Orlando Paes Filho, Sangue de gelo, escreveu ainda Johnni Langer que também a bússola magnética primitiva entre os escandinavos, a que nos referimos também acima – a pedra do sol – jamais teve confirmada pela arqueologia suas propriedades, pois se trataria de uma bússola solar (gnômon), que seria um disco de madeira cujo ângulo da sombra determinaria a latitude e o norte geográfico, e que vestígios desse equipamento foram descobertos nos anos 1960 e mais recentemente no báltico (LANGER, 2006, p. 125-128).Seria interessante conhecer o ponto de vista do eminente professor quanto à descoberta de 2013 em Alderney, que relatamos acima, vez que o comentário de Langer foi publicado em 2006. Decerto, muito já foi produzido desde então por alguns pesquisadores, especialmente na Universidade Federal da Paraíba, onde atua Langer. Sobre isso ele escreve, em 2016:Os estudos brasileiros sobre religiosidade nórdica já produziram uma razoável quantidade de publicações e eventos, mas ainda são muito pequenos se comparados com outros temas da Medievalística e da História das Religiões instaurada no Brasil. A área tem ainda muito a crescer e já vem demonstrando interesse em discutir as suas próprias maneiras de pesquisar, as suas bibliografias e metodologias. Com a eminente titulação dos pesquisadores, a tendência é aumentar a quantidade de orientadores em programas de pós-graduação e, como consequência, a possibilidade de novos projetos de pesquisas. Também ocorre a necessidade de maior quantidade de publicação de fontes primárias e bibliografias internacionais, bem como uma maior especialização dos pesquisadores brasileiros nos estudos linguísticos medievais (LANGER, 2016, p. 932-933).Mito ou realidade: o mistério continuaNão nos parece que esteja definitivamente encerrado o debate sobre a presença ou não dos Vikings entre nós. O que cabe dizer, apenas, é que a única certeza que temos é que existe a incerteza, especialmente com essa onda governamental de desmonte do conhecimento científico no Brasil atual.Imagem de Lothar Dieterich por PixabayReferências:COSTA, Antonio Luiz Monteiro Coelho da. Os verdadeiros mistérios do Brasil. http://noticias.terra.com.br – acesso 17/1/2013.DONATO, Hernani; Sumé e Peabiru: mistérios maiores do século da descoberta. São Paulo: Ed. GRD, 1977.LANGER, Johnni. Deuses, monstros, heróis: ensaios de mitologia e religião viking. Brasília: Editora da UNB, 2009.LANGER, Johnni. A volta do romance viking à brasileira. Brathair 6 (2) 2006: 125-128. http://www.bratair.com – acesso 01/11/2013.LANGER, Johnni. Uma breve historiografia dos estudos brasileiros de religião nórdica medieval. Horizonte. Belo Horizonte, v. 14, n. 43, p. 909-936.MAHIEU, Jacques de. Os Vikings no Brasil. Trad. Wilma Freitas Ronald de Carvalho. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1976.PAES FILHO, Orlando. Sangue de gelo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.ROESDAHL, Else. The Vikings. London: Penguin Books, 1998, Revised Edition.JONES, Gwyn. A History of the Vikings. Oxford: Oxford University Press, 2001, 2a. Ed. Reimpressão.VASCONCELLOS, Simão de. Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Estado do Brasil e do que obraram seus filhos nesta parte do novo mundo. Rio de Janeiro: Typographia de João Ignácio da Silva, 2ª. Ed., 1864, acrescentada com uma introdução e notas históricas e geográficas pelo Cônego Dr. Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (2): 10/04/1549 - Carta de Manoel da Nóbrega 01/06/1744 - Falecimento de Pedro de Rates Henequim* EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.