10 estátuas pelo Brasil que poderiam ser retiradas. Por Jamyle Rkain. artequeacontece.com.br
13 de julho de 2020, segunda-feira Atualizado em 24/10/2025 02:17:57
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No último mês, com a crescente discussão gerada pelos protestos antirracistas que tomaram o mundo após a morte de George Floyd, movimentos organizados começaram a pedir que estátuas que fazem menção a figuras racistas, genocidas e/ou colonizadoras sejam retiradas do posto de “heroísmo” e sejam ressignificadas, colocando essas pessoas em seus lugares na História, como pessoas que praticaram opressões contra minorias.No Brasil, várias dessas “homenagens” passaram a ser questionadas. Especialistas tomaram as redes e os meios de comunicação para discutir o que fazer com esses monumentos. Alguns defendem sua destruição, outros defendem que eles sejam apenas retirados e colocados em museus, e outros acham que eles devem ser apenas ressignificados.Elencamos aqui dez exemplos de estátuas pelo Brasil que levantam esses questionamentos de acordo com seus papéis históricos.
Princesa Isabel
A história de que a Princesa Isabel teria sido muito piedosa com os negros escravizados no Brasil e, por isso, assinou a Lei Áurea já foi por água abaixo. A abolição da escravatura aconteceu, dentre outros motivos, por pressão da maior potência capitalista do mundo na época, a Inglaterra, que queria novos mercados para os produtos que fabricava. Além disso, a realeza precisava de apoio popular para ter um terceiro reinado e achou que, abolindo a escravidão, teria apoio interno e externo. Como D. Pedro II estava viajando, a assinatura coube a ela.Aliás, pelo contrário, a princesa, que sempre foi vista como a “branca salvadora”, tirava sarro dos abolicionistas que eram mais combativos.Esta estátua está localizada no Rio de Janeiro.
Padre José de Anchieta
Em Portugal, a estátua do Padre Antônio Vieira foi envolvida nos protestos antirracistas no mês passado. Foram desenhados corações nas crianças indígenas retratadas ao redor deles. Na figura do padre, foi escrita a palavra “descoloniza”. Os padres jesuítas foram responsáveis pela catequização dos indígenas, pois eles atestavam que eram um povo sem Deus e sem coração, um sério retrato da colonização e do racismo. Em Santos, litoral paulistano, há essa estátua do Padre José de Anchieta evangelizando um indígena… Bem.. E uma onça…
Bartolomeu Bueno da Silva (Anhanguera)
Anhanguera é uma palavra de origem tupi-guarani, que significa “Diabo Velho” ou “Espírito Maligno”. Esse foi o apelido dado a Bartolomeu Bueno da Silva, representado nessa estátua em Goiânia, pelos povos nativos do interior de São Paulo, que sofreram muito nas mãos deste que foi considerado um dos bandeirantes mais sanguinários: saquendo aldeias, escravizando e matando indígenas. Há outras estátuas dele espalhadas por aí, como no Parque Trianon, na Avenida Paulista, em São Paulo.Emílio Garrastazu Médici Filiado ao ARENA, Médici foi um dos presidentes do Brasil durante a ditadura militar. Aqui, ele é representado num monumento em Cuiabá. O seu mandato foi o mais cruel no que diz respeito a torturas, desaparecimentos e assassinatos da oposição política. Estudos da Comissão da Verdade mostraram que ele tinha total conhecimento do uso sistemático de violência praticado nos quartéis pra onde eram levados os presos políticos na época. Um relatório da Human Rights Watch mostra que ditadura no Brasil torturou 20 mil pessoas e pelo menos 434 foram mortas ou desapareceram. Muitas mortes e desaparecimentos são reivindicados até hoje devido ao movimento genocida dos militares brasileiros na época.Borba GatoA estátua brasileira mais citada nas redes sociais quando houve a derrubada da estátua de Edward Colston em Bristol foi essa aqui: Borba Gato, localizada no bairro de Santo Amaro, em São Paulo! Desde então, ela tem sido vigiada 24h pela Guarda Civil Metropolitana. Isso porque o monumento em homenagem ao bandeirante Borba Gato levantou uma série de debates sobre sobre o genocídio de povos originários ser camuflado pela ideia de heroísmo. Borba Gato é um dos bandeirantes mais citados quando os assuntos são o massacre e o estupro de indígenas.Duque de CaxiasO coronel Luís Alves de Lima e Silva, conhecido como Duque de Caxias é uma das figuras mais lembradas quando se fala em militares brasileiros, foi uma figura imperialista e escravocrata. Ele foi designado como Presidente e Comandante das Armas da Província para conter a revolta da Balaiada, no Maranhão, liderada por escravos e trabalhadores. Usando força desproporcional — canhões e armão de fogo contra facões e foices –, a retaliação de seu exército gerou, ao todo, 10 mil mortos. Esta estátua fica em São Paulo e é de Victor Brecheret!Monumento às BandeirasTambém um monumento do escultor Victor Brecheret, o Monumentos às Bandeiras, localizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo já levantou a bola sobre a retirada de símbolos escravagistas da posição de “heroísmo” uma vez. Aconteceu em 2016, quando ele amanheceu borrado com tintas coloridas — a estátua do Borba Gato também amanheceu pintada naquele dia! Já falamos da atuação genocida, colonizadora e racista dos bandeirantes aqui ao falarmos sobre o próprio Borba Gato e Anhanguera. O Monumento às Bandeiras só elevaria isso, portanto, a uma homenagem generalizada a esses dois e outros que atuaram dessa forma violenta nos interiores do Brasil.Bento GonçalvesAssim como Duque de Caxias, Bento Gonçalves é nome de cidade no Brasil, além de praças, ruas e outras coisas que o elevam a posto de homenageado. E, claro, estátua. Esta fica em Porto Alegre. Assim como Duque de Caxias, Bento foi líder de grupo militar e escravocrata. Ele comandou tropas que lutaram em várias batalhas e foi líder da Revolução Farroupilha, que pretendia separar o Rio Grande do Sul do resto do país. Um dos episódios mais emblemáticos da Guerra dos Farrapos é o Massacre de Porongos, que foi uma emboscada que culminou na morte dos Lanceiros e Infantes Negros, combinada entre David Canabarro e (adivinhem?) Duque de Caxias. O episódio é visto como uma traição dos Farrapos aos negros que lutavam junto a eles sob a promessa mentirosa de terem sua liberdade.
Monumento aos Bandeirantes (Santana do Parnaíba)
Localizado na cidade de Santana do Parnaíba, esse monumento coloca sob o olhar de “heroísmo” figuras brancas que foram importantes na fundação da cidade, como o bandeirante André Fernandes e sua mãe, a também bandeirante Suzana Dias. Além deles, aparecem retratados Anhanguera, o padre jesuíta Guilherme Pompeu e outros bandeirantes históricos: Domingos Jorge Velho, Raposo Tavares e Fernão Dias. O “bônus” do monumento é a figura do escravo que soa como se carregasse todos nas costas… E, bem, carregou, tendo em vista que os bandeirantes prosperaram na morte de indígenas e negros.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.