Itapetininga na Revolta Liberal. Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga-SP
16 de junho de 2020, terça-feira Atualizado em 24/10/2025 03:21:09
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Itapetininga ao longo da sua história, sempre teve importante participação no cenário político do Brasil e até mesmo de alguns conflitos e revoltas armadas e uma dessas participações foi durante a Revolta Liberal de 1842.Após a abdicação de D. Pedro I em 1831, o Brasil passou por períodos turbulentos, com diversos motins, revoltas e conflitos armados.Os Partidos Liberal e Conservador, este último com forte influência do Império, passaram a disputar mais acirradamente uma posição no poder e isso levou à uma revolta armada chamada de Revolta Liberal.A Revolta Liberal teve focos em Minas Gerais, Rio de Janeiro e aqui em São Paulo o estopim foi aceso na cidade de Sorocaba em 17 de maio de 1842, quando o então presidente da Província de São Paulo, o coronel Rafael Tobias de Aguiar, consagrado liberal sorocabano, foi substituído pelo Barão de Monte Alegre em um decreto do Conselho de Ministros, que era formada em sua maioria por conservadores.Diante desse acontecimento, foi decidido na câmara de Sorocaba, que os liberais iriam começar uma revolta armada, tendo como líderes o Cel. Rafael Tobias de Aguiar e seu antigo colega de escola, Padre Diogo Antonio Feijó, com o objetivo de marchar até a capital da província de São Paulo, retomar o poder e restituir o cargo dos presidentes substituídos.Junto com Sorocaba, diversas vilas e cidades se juntaram ao movimento, como Itapetininga, Faxina (atual Itapeva), Itu, Capivari, Porto Feliz e outras, fornecendo combatentes e suprimentos e só de Itapetininga saíram 200 combatentes, sob o comando do Coronel Paulino Ayres de Aguirre, primo do Cel. Rafael Tobias de Aguiar e influente liberal da cidade.Como visto, o Cel. Rafael Tobias de Aguiar possuía laços com Itapetininga, era filho de Gertrudes Eufrosina Ayres, família itapetiningana, além de possuir propriedades na cidade.O pequeno exército organizado por Tobias de Aguiar era formado de homens com muito pouco treinamento e armamentos obsoletos.O Império por sua vez, possuía homens muito bem treinados, bem equipados e em número muito superior aos revoltosos e tinha como comandante o então Brigadeiro Luiz Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias, com extensa experiência em pacificação de revoltas e que mais tarde se tornaria o Duque de Caxias.Obviamente, por esses motivos, as tropas imperiais conseguiram rapidamente dar fim aos planos dos revoltosos, com muitos combatentes presos, muitas deserções e outros foram mortos, principalmente no episódio conhecido como Batalha da Venda Grande na cidade de Campinas, ocorrido no dia 07 de junho de 1842.O objetivo de Caxias agora, era capturar os líderes da revolta e iniciou uma verdadeira caçada ao Cel. Tobias de Aguiar.
Tobias de Aguiar, sabendo o que aconteceria a ele se fosse capturado, decide então fugir para o sul do Brasil, para tentar se juntar a outros revoltosos, os Farrapos e o caminho livre para chegar lá seria passando por Itapetininga e em seguida atravessar o atual estado do Paraná.
Com muitas dificuldades, ele conseguiu chegar em Itapetininga e se refugiou na Fazendo Bom Retiro, onde hoje fica o bairro da Pescaria e que era de propriedade de Joaquim José de Oliveira, seu amigo e de quem era compadre.
Na fazenda, foi recepcionado pela esposa de Joaquim, a senhora Joaquina Antonia Oliveira da Silva, já que o marido estava fora da cidade.
Tobias com a ajuda da senhora Joaquina, fica refugiado e esperando que as tropas de Caxias tomassem outro rumo, mas não foi o que ocorreu.
Durante uma madrugada, os escravos da fazenda alertaram a senhora Joaquina, de que a fazenda estava cercada por soldados e ela imediatamente pediu para seu capataz, um rapaz chamado Agostinho, para esconder Tobias até que as tropas fossem embora.Agostinho levou Tobias para o engenho, onde havia uma bica de água e ali diversas plantas que pareciam festões, cobrindo toda a área.Ele e Tobias se esconderam atrás dessas plantas e ficaram vendo por entre elas, os soldados de Caxias revistando completamente o lugar, todos os cantos, inclusive os telhados, mas por pura sorte, não foram verificar as plantas aquáticas na bica.As tropas então convencidas de que Tobias não estava ali, recuaram, dando liberdade para que o coronel continuasse sua fuga em direção ao Rio Grande do Sul.Com a ajuda de vaqueiros que serviram de guia, conduziram Tobias até o Paraná, onde ele se encontrou com Francisco das Chagas do Amara Fontoura, pai do Dr. Ubaldino do Amaral.No Rio Grande do Sul ficou até dezembro de 1842, quando foi capturado pelas tropas de Caxias e enviado ao Rio de Janeiro, ficando preso por 2 anos, e após esse período, foi anistiado pelo próprio D. Pedro II em 1844.Tobias de Aguiar foi casado com a Marquesa de Santos, Domitila de Castro Canto e Melo, uma ex-amante de Dom Pedro I. Em uma das viagens de Santos para a capital do Império o Brigadeiro foi acometido por uma grave moléstia a bordo do vapor Piratininga que o levou à morte, no dia 7 de outubro de 1857.Por fim, deixo registrado aqui essa passagem pequena, mas tão importante, que Itapetininga teve nessa revolta e na vida do coronel Rafael Tobias de Aguiar, que hoje é o patrono da Polícia Militar do Estado de São Paulo.Algumas curiosidades:Em Itapetininga residiam importantes personalidades liberais e em Tatuí de conservadores. Quando Itapetininga formou tropas liberais, essas marcharam para Tatuí, que tinha formado tropas conservadoras e prenderam os itapetininganos que passaram por lá. As duas cidades tiveram por muito tempo uma “rivalidade”, sendo lembrada até hoje por algumas pessoas.Rafael Tobias de Aguiar também ficou famoso pelo comércio de cavalos entre o Rio Grande do Sul e São Paulo. Nessa época, os cavalos das forças militares do império eram de uma única cor, geralmente cores escuras.Tobias queria cavalos diferentes para as suas tropas e escolheu o malhado dos cavalos pampa, o qual ele aperfeiçoou a raça em suas criações, surgindo assim a raça Tobiana, reconhecida no mundo inteiro e até hoje comercializada.Em 1846, o imperador dom Pedro 2º refez o itinerário da Revolução Liberal em São Paulo, passando pelas cidades conquistadas pelos revoltosos. Como guia, chamou Rafael Tobias de Aguiar, líder da revolta que havia mandado conter. Os dois cavalgaram juntos.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.