LUTERO: UM HOMEM À FRENTE DE SEU TEMPO. luteranos.com.br
20 de julho de 2017, quinta-feira Atualizado em 24/10/2025 21:13:38
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Usei esta expressão no título desta reflexão porque muito do que temos hoje como prática e conceito normal da vida já foi defendido por Lutero muito antes da Revolução Francesa, que ocorreu somente de 1789 a 1799 e que inaugurou o mundo moderno com seu lema LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE. Lembro que, no dia 26 de agosto de 1789, a Assembleia Nacional Constituinte francesa proclamou a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, cujos principais pontos eram:•
O respeito pela dignidade das pessoas• Liberdade e igualdade dos cidadãos perante a lei• Direito à propriedade individual• Direito de resistência à opressão política• Liberdade de pensamento e opinião
Ora, muitos desses princípios já eram defendidos por Lutero nos idos de 1517! Vejamos alguns exemplos:
A LIBERDADE DE PENSAMENTO E OPINIÃO é um deles. Para nós, expressar livremente nosso pensamento e opinião é algo comum. Há até exageros!, citando principalmente a crise política em que vivemos, onde não se usam mais argumentos reais e fatos para contestar a classe política, mas se passou à baixaria, insultando e ofendendo as pessoas.Na época de Lutero não era assim.
Quem detinha a palavra era o império e o clero! Contestação não cabia! Os que contestavam eram perseguidos – lembramos do tribunal religioso do Santo Ofício, mais conhecido por nós como SANTA INQUISIÇÃO, que mandou para a fogueira milhares de pessoas que eram consideradas hereges (praticante de heresias; doutrinas ou práticas contrárias ao que é definido pela Igreja Católica) por praticarem atos considerados bruxaria, ou simplesmente por terem opinião diferente da Igreja ou por serem praticantes de outra religião que não o catolicismo.E Lutero foi ousado e corajoso, um homem à frente de seu tempo, ao questionar a comercialização da graça, do perdão de Deus pelas indulgências – prática exercida pela Santa Madre Igreja onde se conseguia comprar o perdão divino para obter a redução dos anos de pena do purgatório tanto para si mesmo como para parentes já falecidos. Famosa ficou a frase do padre dominicano vendedor de indulgências, João Tetzel: “No momento em que a moeda tinir na caixa, a alma salta do purgatório para o céu.” Lutero protestou dizendo:- “Vã e inútil é a confiança da salvação conferida pelas cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa dessem sua alma como garantia das mesmas.”E Lutero aconselha aos cristãos:
- “Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.”
Quando foi convocado a negar suas afirmações numa Dieta convocada para a cidade de Worms, ele se declarou prisioneiro de sua consciência e disse que não poderia negar o que havia dito e escrito, a não ser que fosse convencido por argumentos claros baseados na Sagrada Escritura:
“Já que vossa Majestade e vossas excelências desejam uma resposta breve, vou responder-vos sem quaisquer chifres e dentes: Se não for convencido por meio do testemunho das Escrituras e por argumentos absolutamente racionais, então, em vista das passagens das Sagradas Escrituras, eu me sinto dominado pela minha consciência e prisioneiro da Palavra de Deus. Por isso mesmo, não posso e não quero renegar nada. Deus me ajude. Amém.”
Assim, defendeu a “liberdade de pensamento e opinião” diante de um poder absolutista! – o que seria, como disse, trazido como um dos pontos principais do direito do cidadão moderno após a Revolução Francesa!Outro aspecto no qual Lutero pode ser considerado um homem à frente do seu tempo é no aspecto da EDUCAÇÃO. Hoje, é lei todos irem à escola. Pais inclusive são punidos por não levarem seus filhos à escola.Na época de Lutero isso não era assim. Na época de Lutero, havia poucas escolas e poucas pessoas frequentavam a escola. Os filhos deviam ajudar os pais nos trabalhos na lavoura e em casa, não perder tempo precioso indo à escola. Quem tinha acesso à educação eram os nobres e o clero. A população em geral não estudava.O letramento (ou alfabetização) universal é parte integrante da vida para nós que vivemos no ocidente moderno. Na época de Lutero, poucas pessoas iam à escola e a maioria das pessoas não sabia ler. Os filhos deviam ajudar os pais nos trabalhos na lavoura e em casa, não perder tempo precioso indo à escola. Quem tinha acesso à educação eram os nobres e o clero. A população em geral não estudava.Escola pública e gratuita é algo de que nem se falava. Os filhos irem à escola todos os dias era algo que os pais não queriam.Aquilo que hoje conhecemos por letramento universal é um fenômeno moderno que só surgiu na Revolução Industrial (a partir de 1860). Foi apenas quando as nações viram o benefício econômico que iria trazer o fato de todos saberem ler e escrever é que se decidiu investir recursos maciços na alfabetização básica.No entanto, Lutero já havia escrito sobre a necessidade de educação básica para todas as pessoas.Em sua “carta aos prefeitos e conselheiros das cidades alemãs”, de 1530, Lutero dirige um apelo às autoridades municipais para que organizem e mantenham escolas, e aos pais que levem seus filhos à escola. No seu prefácio ao Catecismo Menor, Lutero escreve: “Aqui também deves insistir particularmente com as autoridades e os pais, para que governem bem e levem os filhos à escola, mostrando-lhes porque é sua obrigação fazê-lo e que pecado maldito cometem se não o fazem. Pois com isso derrubam e assolam tanto o reino de Deus como o reino do mundo, como os piores inimigos de Deus e dos homens.”Lutero também considerava a escola um instrumento precioso para organizar uma sociedade de pessoas livres. Dizia Lutero: “Diariamente nascem crianças e crescem desordenadamente, mas não há quem se dedique à juventude e lhe dê formação.” E “o diabo se utiliza da ignorância do povo e do descaso do governo para destruir a juventude com a crença em ídolos e falsos deuses. Por isso, Lutero dizia que “ao lado de cada igreja seja construída uma escola.” Lutero pede às autoridades municipais para que mantenham escolas e aos pais para que levem seus filhos à escola. Aos prefeitos da época, Lutero escreve: “se alguém der um ducado para a guerra contra os turcos, seria justo que se doassem cem ducados para a educação.
”Em seu escrito “Aos conselhos de todas as cidades da Alemanha, para que criem e mantenham escolas cristãs”, de 1824, Lutero escreve:
“Por isso certamente será da competência do conselho e das autoridades dedicarem o maior cuidado e o máximo empenho à juventude. A eles, como curadores, foram confiados os bens, a honra, corpo e vida de toda a cidade. Portanto não agiriam responsavelmente perante Deus e o mundo se não buscassem, com todos os meio, dia e noite, o progresso e o melhoramento da cidade. Agora, o progresso de uma cidade não depende apenas do acúmulo de grandes tesouros, da construção de muros de fortificação, de casas bonitas, de muitos canhões e da fabricação de muitas armaduras. Muito antes, o melhor e mais rico progresso para uma cidade é quando possui muitos homens bem instruídos, muitos cidadãos ajuizados, honestos e bem educados.”Assim, vemos em Lutero um precursor da alfabetização universal, sendo que coloca esta alfabetização como responsabilidade do poder público, como hoje o concebemos. Já há cerca de 300 anos antes da revolução industrial, este homem chamado Martin Lutero colocou as ideias para aquilo que viria se tornar realidade no ocidente após a revolução industrial.Realmente, Lutero foi um homem à frente do seu tempo!Outro aspecto importante nas ideias de Lutero foi o motivo pelo qual ele defendia que todos deveriam ir à escola era que Lutero queria que todos soubessem ler e escrever para poderem entender a Bíblia. Algo revolucionário para a época, pois a própria Igreja proibia que leigos lessem a Bíblia! Mais um aspecto em que Martin Lutero foi um homem à frente do seu tempo!Um dos pilares da reforma foi justamente a defesa da Bíblia como única norma de vida do cristão. Uma das preocupações de Lutero era com a leitura da Bíblia por todas as pessoas. Considerava que todos deveriam ter a Bíblia em casa e que todos deveriam ler a Bíblia. Lutero dizia: “A Escritura é uma ervinha. Quanto mais a trituras, mais perfume ela solta.” Por isso, traduziu a Bíblia para o alemão, para que todos pudessem ter acesso à sua leitura. Dizia Lutero que a Bíblia pode ser entendida por todos, pois o “Espírito Santo é o escritor mais simples que existe.”Para nós, cristãos do século XXI, ler a Bíblia e ter acesso á Bíblia é algo natural que não nos causa estranheza. Todos nós temos a Bíblia em casa, todos nós lemos e estudamos a Bíblia. Bíblias podem ser compradas em dúzia nas mais diversas traduções e línguas.Mas não foi assim na época de Lutero. Esta preocupação de Lutero com a leitura da Bíblia causou uma violenta reação da igreja em Roma, pois havia, por parte da Igreja de Roma, uma preocupação constante com a propagação do Evangelho, com o conhecimento da Palavra de Deus, com a tradução da Bíblia em outras línguas. Mas preocupação no sentido de PROIBIR isto. Pelo fato de um católico passar a ler as escrituras, o tornava sujeito a ser considerado um herege e, como tal, ser excomungado e levado à fogueira. A Bíblia era, assim, considerada um obstáculo às pretensões da Igreja de Roma, de colocar todos os povos sob seus domínios.Várias foram as medidas tomadas pelos líderes da Igreja para impedir que a leitura da Bíblia se propagasse:•
Em 1229, o concílio de Toulouse, na França, determinou: “Proibimos os leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento... Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no vernáculo popular. As casas, os mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros subterrâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os abrigas será severamente punido.”• Ainda vários séculos depois, em 1866, o Papa Pio IX, em sua encíclica “Quanta cura”, emitiu uma lista de perigos e entidades a serem destruídas. Entre estas entidades estavam as SOCIEDADES BÍBLICAS – “pestes estas devem ser destruídas através de todo os meios possíveis.”Assim, podemos entender que defender a propagação da Bíblia e a leitura da Bíblia por todas as pessoas era algo revolucionário para a época de Lutero.Para Martin Lutero, a Bíblia, e somente a Bíblia, deveria ser a norma de fé da vida do cristão. Só a Bíblia tem a verdade da salvação. Ela é porta-voz da Palavra de Deus. No tempo de Lutero, além de proibir a leitura da Bíblia, a Igreja Católica Romana havia colocado duas fontes para a revelação da vontade de Deus: a Bíblia e a tradição da Igreja (decisões de Concílios e dos papas). Lutero protestou contra isto, colocando a Bíblia, e somente a Bíblia como norma e orientação da vida do cristão. Dizia Lutero: “Contra todos os ditos dos Pais da igreja, contra a arte e a palavra de todos os anjos, seres humanos e diabo, levanto a Escritura e o Evangelho. Aí estou, aí me vanglorio do Evangelho: A Palavra de Deus me é superior a tudo.”Para Martin Lutero, a Bíblia, e somente a Bíblia, deveria ser a norma de fé do cristão. Só a Bíblia tem a verdade da salvação. Ela é porta-voz da Palavra de Deus. No tempo de Lutero, a Igreja havia colocado duas fontes para a revelação da vontade de Deus: a Bíblia e a tradição da Igreja com seus dogmas. Lutero protestou contra isto, colocando a Bíblia, e somente a Bíblia como norma e orientação da vida do cristão.Hoje, achamos isso normal, pois em 2016 a Bíblia está traduzida para 2.935 diferentes línguas no mundo (existem cerca de 7 mil línguas no mundo) e, para o português, existem pelo menos 17 traduções diferentes!Infelizmente, a prática de ler a Bíblia se perdeu em muitas das famílias de nossa Igreja, de tal forma que se enche de poeira e mofo em nossas estantes, armários ou gavetas. Precisamos aprender de Lutero e voltar à prática da leitura diária da Bíblia.CONCLUSÃONossa Igreja iniciou com as ideias de UM HOMEM À FRENTE DO SEU TEMPO. E somente estaremos honrando a memória deste homem quando celebramos os 500 anos da Reforma se formos ainda hoje uma Igreja à Frente de Nosso Tempo.- Assim o fizemos ao sermos a primeira igreja no Brasil a ordenar mulheres como pastoras.- Assim o fazemos ao primarmos pela inteligência da fé, onde não contrapomos ciência e religião, mas dizemos que ciência e religião devem andar de mãos dadas.- Assim o fazemos ao usarmos o método sócio histórico para lermos a Bíblia, situando a mesma no seu contexto social e histórico e tentando entender sua essência de ensinamento para nossa vida.Que Deus abençoe nosso caminhar e que possamos honrar sempre nosso nome de CRISTÃOS EVANGÉLICOS DE CONFISSÃO LUTERANA.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.