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D. Francisco de Sousa experimenta as minas capixabas. morrodomoreno.com.br
    12 de junho de 2017, segunda-feira
    Atualizado em 24/10/2025 04:16:17

  
  
  


Dom Francisco de Sousa, o das Manhas, que governou o Brasil, pela primeira vez, no fim do século XVI, aqui esteve depois de outubro de 1598. Dirigia-se a São Paulo, mas, “por lhe dizerem que havia metais na serra de Mestre Álvaro e em outras partes, as tentou e mandou cavar e fazer ensaio, de que se tirou alguma prata. Também mandou que fossem às esmeraldas, a que da Bahia havia mandado por Diogo Martins Cão(57) e as tinha descobertas”.(58)

Informa Basílio Daemon que o governador foi em pessoa examinar algumas minas e que, entre os da sua comitiva, se contavam dois alemães – um engenheiro, de nome Geraldo, e um mineiro, Jaques.(59)

A primeiro de dezembro daquele ano, D. Francisco de Sousa ainda se encontrava na capitania.(60) Os operários especializados que o acompanhavam levantaram um pequeno forte de pedra e cal, destinado à defesa da entrada da vila, fornecendo o governador duas peças de artilharia.(61) Conseqüência, talvez, da visita que Olivier van Noord fez ao rio Doce, justamente nessa quadra do ano.(62)

NOTAS(57) - Indicações para a sua biografia na História Geral, de Varnhagen, II, 104-5. Nota devida a Rodolfo Garcia.(58) - VICENTE DO SALVADOR, Hist. Brasil, 380.(59) - Prov. ES, 103.– “À vila de São Paulo chegou D. Francisco de Sousa no ano de 1599, trazendo ... um mineiro alemão Jaques de Oalte e um engenheiro, também alemão, Giraldo Betink, vencendo cada um de ordenado 200$000 por ano” (Pedro Taques, Informação sobre as Minas de São Paulo e dos Sertões da sua Capitania desde o ano de 1597 até o presente de 1772, in R.I.H.G.B., LXIV, Parte 1ª,pag 7). – RODOLFO GARCIA comentou: “Os cognomes germânicos estão evidentemente estropiados” (Notas à HG, de VARNHAGEN, II, 101).(60) - É daquela data a provisão em que determinava ao almoxarifado de Santos que fornecesse todo o necessário, inclusive dinheiro, ao capitão Diogo Aires Aguirre, que para ali seguia como seu enviado (de D. Francisco de Sousa), acompanhado de duzentos índios destinados à lavragem das minas de ouro em Santos (DAEMON, Prov. ES, 103). Ao que tudo indica, aqueles duzentos índios foram retirados do território capixaba.– FELISBELO FREIRE afirma que a provisão é de dois de dezembro e que o enviado de Francisco de Sousa se chamava Diogo Dias de Aguirre (Hist. Territorial, 377-8).(61) - VICENTE DO SALVADOR, Hist. Brasil, 380.(62) - “Olivier van Noord foi o primeiro holandês a visitar as costas orientais do Brasil. Partindo em 1598, para uma viagem à volta do mundo, escalou, para fins de reabastecinlento, nesse mesmo ano, no Rio de Janeiro e no Rio Doce” (NETSCHER, Os Holandeses, 40).– TAUNAY ensina: “foi Olivier van Noord o primeiro marítimo da nação batava que deu a volta ao globo” (Visitantes do Brasil, 19). Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008Autor: José Teixeira de OliveiraCompilação: Walter Aguiar Filho, junho/2017 SOUSA, D. Francisco de (1540?-1611)7º governador-geral do Brasil e governador da Repartição do Sul.

D. Francisco de Sousa nasceu por volta de 1540 e morreu, em São Paulo, em 1611. Era filho de D. Pedro de Sousa, conde do Prado e alcaide-mor de Beja, e de Violante Henriques, filha de Simão Freire de Andrade, senhor da Bobadela.

Pertenceu ao Conselho do rei; esteve em Tânger com D. João de Meneses; acompanhou D. Sebastião a África, em 1578, como capitão de um dos galeões do seu tio D. Diogo de Sousa; foi ainda capitão-mor de Beja e comendador de Orelhão na Ordem de Cristo. Governou o Brasil por duas vezes, uma como governador-geral, entre 1591 e 1602, e outra como capitão-geral e superintendente das capitanias do Sul, entre 1608 e 1611.

Nomeado governador-geral em finais de 1590, apenas chegou à Baía no ano seguinte, a 9 de Junho de 1591. Com ele viajaram Pedro Oliveira, sargento-mor, e Agostinho de Sotomaior, provedor das minas do Brasil. O rei D. Filipe II deu-lhe poderes para prover ofícios, militares ou civis, que vagassem no Brasil, para criar fidalgos e para distribuir alguns hábitos da Ordem de Cristo, deveria nomear também um ouvidor-geral para São Paulo.

Durante o tempo em que foi governador-geral, um dos principais problemas da colónia continuou a ser a prática do corso e as trocas comerciais ilícitas com os europeus. Em vários pontos da costa brasileira, os Ingleses levaram a cabo numerosas devastações, as mais célebres comandadas por Tomás de Cavendish e James Lancaster.

A capitania da Paraíba continuava com problemas de defesa, constantemente ameaçada pelos índios e Franceses. As desavenças entre as tropas portuguesas e espanholas punham em causa a continuidade desta colónia.

Mais tarde, foram os Holandeses que ameaçaram a Baía, aquando da ausência do governador para as capitanias do Sul.

A região do Rio Grande do Norte necessitava também de uma presença efectiva dos colonos portugueses. O governador tratou de arranjar uma força que se deslocou por terra e mar, que combateu os índios e os franceses. Derrotados os inimigos, iniciou a construção do forte dos Reis Magos e fundou a povoação de Natal. Para esta conquista impôs o tributo de um cruzado sobre cada caixa de açúcar e sobre os vinhos.

Uma das medidas mais importantes que tomou para a defesa da colónia foi a fundição de alguns canhões. Em 9 de Novembro de 1607, Domingos Rodrigues foi nomeado fundidor-mor do Brasil. Tratou, também, de melhorar as fortificações do Recife e da Baía.

Em relação às capitanias do sul, o governador decidiu visitá-las pessoalmente, onde acabou por se dedicar à questão da descoberta das minas e ao incremento da exploração das que já existiam.

Um dos problemas nas regiões mineiras, nomeadamente em São Paulo, era a questão da escravatura dos índios. Os jesuítas impediam que os colonos se servissem da mão-de-obra autóctone que estava sob o seu amparo, o que motivou que os moradores paulistas se organizassem em bandeiras destinadas a capturar índios fora da jurisdição dos padres. Durante o seu governo intensificou-se o comércio com o rio da Prata, aberto já desde a época do governo interino do bispo da Baía e de Cristóvão de Barros.

O governador trazia instruções para seguir com a descoberta das minas e tratar de tudo o que fosse necessário a Gabriel Soares de Sousa para levar a cabo o seu plano de exploração, que já antes havia apresentado no Reino. Prova evidente deste empenho da Coroa é a nomeação de um provedor das minas e o facto de terem seguido com ele, para o Brasil, um lapidário de esmeraldas e um feitor das minas de ferro. D. Francisco promoveu o desbravamento de sertões e expedições de pesquisa de metais preciosos no interior.

Estava em Santos quando recebeu a notícia de que o seu sucessor tinha chegado à Baía, partindo directamente dali para a Europa.

Por carta régia, a 2 de Janeiro de 1608, foi novamente nomeado para o governo do Brasil, mas desta vez das capitanias do Sul (S. Vicente, Espírito Santo e Rio de Janeiro) que se desligaram, pela segunda vez, do governo da Baía. Recebeu ainda a superintendência das minas, os privilégios de Gabriel Soares de Sousa que se tinha proposto à exploração destas, o título de "grande" enquanto decorresse o seu governo, o direito de nomear alguns oficiais e uma guarda pessoal composta por vinte homens.

Teve ainda a promessa do título de marquês, quando as minas começassem a ser exploradas, no primeiro lugar que povoasse, recebendo um quinto dos rendimentos, título que não chegou a gozar por ter morrido, a 11 de Junho de 1611, na vila de São Paulo. Sucedeu-lhe no governo das capitanias do Sul, o filho D. Luís de Sousa, que governou até a Coroa unificar de novo a administração do Brasil na pessoa de Gaspar de Sousa.

Diz-se que morreu pobre, apesar de terem chegado à corte algumas reclamações de estar a servir os seus interesses próprios, tendo ficado conhecido por D. Francisco das Manhas.

Bibliografia:CAMPO BELO, Conde de, Governadores Gerais e Vice-Reis do Brasil, Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1935; Dicionário de História da Colonização Portuguesa no Brasil, coord. Maraia Beatriz Niza da Silva, Lisboa, Verbo, 1994; Nova história da expansão portuguesa, dir. Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques; vol.VI, O império luso-brasileiro:1520-1620, coord. Harold Jonhson e Maria Beatriz Nizza da Silva, Lisboa, Estampa, 1992; VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, História Geral do Brasil: antes da sua separação e independência de Portugal, São Paulo, Ed. Melhoramentos, 4ªed., 1948; ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins, Nobreza de Portugal e do Brasil, Lisboa, ed. Enciclopédia, 1960-1989. Autor: Rita Domingues



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (4):
09/06/1591 - Dom Francisco de Souza tomou posse na cidade de Salvador se tornando o 7° Governador-Geral do Brasil
01/12/1598 - Provisão de Francisco
02/01/1608 - D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas
10/06/1611 - O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.