Favorecido pelo ordenamento político e pelo saneamento financeiro de Campos Sales, o paulista Rodrigues Alves foi o grande presidente de uma época que chamamos de "República Velha".O adjetivo velha é injustamente derrogatório. Velha por quê? Até hoje repetimos um truque da propaganda do regime instituído em 1930 com a deposição do presidente Washington Luiz e ascensão ao poder de Getúlio Vargas.Seria mais correto chamar este período de primeira república. Ela parece velha até por razões iconográficas. Campos Sales, Rodrigues Alves e seu sucessor Afonso Pena, eram figuras circunspectas com barbas e cavanhaques brancos.O primeiro presidente brasileiro sem barba nem nem bigode seria o jovem Getúlio Vargas. O Rodrigues Alves que fica na nossa memória parece um velhinho grisalho com o seu Ppissene. Quando ele assumiu a presidência tinha 54 anos. Rodrigues Alves simboliza o conservadorismo do seu tempo era filho de um imigrante português que casara com mulher de fortuna no interior de São Paulo.O garoto de Guaratinguetá passou pelos melhores colégios da elite imperial primeiro o Pedro segundo no Rio depois a faculdade de direito de São Paulo.Foi colega de Rui Barbosa, Castro Alves, Joaquim Nabuco e Campos Salles. Ao contrário de todos eles nunca foi abolicionista. Também não foi republicano.
No caso do império ele era quadro banda reacionária de uma ordem conservadora. Em 1885 ele condenava o princípio errôneo anárquico revolucionário de que o escravo não podia constituir propriedade legal.Governava São Paulo quando os escravos abandonar as fazendas e o Barão de Cotegipe chefe do governo queixava-se da crescente audácia dos escravos provocados certamente por anarquistas.Quando a escravidão se transformou numa causa perdida Rodrigues Alves "escreveu cumpre-nos salvar nosso partido".Para salvar a facção conservadora votou a favor da abolição dizendo-se envolvido e dominado.O dono de escravos apoiou a abolição, aderiu à República e por alguns meses foi ministro da fazenda do Marechal Floriano Peixoto.O Marechal de Ferro não deu posse ao seu sucessor Prudente de Morais mas lá estava Rodrigues Alves como ministro do novo governo. E nunca abandonou o título de conselheiro que recebera no império. Um dos seus amigos dizia que "ele sabia dançar sobre os ovos".Hoje se pensa que ele queria transformar o Rio numa Paris, mas sua missão era mais modesta, se a cidade viesse a ficar parecida com Buenos Aires sua missão estaria cumprida.A cidade tinha aspectos sinistros. Quando o marquês de Paraná estava sendo velado na catedral a família foi repousar em casa quando voltaram para lá estava sem as roupas cerimoniais e sem as condecorações. Num país de advogados Rodrigues Alves foi buscar engenheiros.O presidente tinha fama de dorminhoco mas era acima de tudo um conhecedor do funcionamento da máquina do governo. Mesmo não sendo um homem que falava muito algumas de suas observações eram uma lição para todos os seus sucessores.Numa ocasião como governador de São Paulo tentou dissuadir um poderoso oposicionista e disse você vai perder bateu na cadeira e explicou: por causa desta cadeira quem nela se senta não perde o dissidente perdeu. Na presidência resumiu sua forma de governar os ministros fazem tudo que querem menos o que eu não quero.Ele teve a sorte ou sabedoria de conseguir formar uma grande equipe. Esse critério talvez seja uma explicação para o maior êxito político de seu governo. Deu toda a liberdade a um amigo de colégio que se tornara diplomata e fez do Barão do Rio Branco outro monarquista o maior ministro da República. Desde o primeiro momento quando Rodrigues Alves entra no palácio do Catete em 1902 seu objetivo é sanear o Rio de Janeiro. A capital do país tinha 150 mil habitantes e era assolada por epidemias de varíola, febre amarela, peste bubônica e tifo.Essas epidemias começaram a chegar nos tempos coloniais. O próprio Rodrigues Alves perdera uma filha para o tifo em São Paulo, e a outra para a febre amarela, no Rio.A febre amarela parecia uma maldição para a elite matava mais brancos do que negros e mulatos. Sua primeira vítima ilustre no Rio de janeiro foi o poderoso deputado Bernardo Pereira de Vasconcelos, ela o levou em 1850.Um ano depois matou mais de 4.000 pessoas no Rio. Não era à toa que o imperador Os barões os diplomatas estrangeiros passavam boa parte do ano nas montanhas de Petrópolis. Alguns raramente desciam a serra.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.