'Pedro Vaz da Cunha, o Bisagudo, e o seu mapa-mundo. Por Luis Bivar de Azevedo, em memoriadanacao.blogspot.com - 01/11/2015 Wildcard SSL Certificates
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Pedro Vaz da Cunha, o Bisagudo, e o seu mapa-mundo. Por Luis Bivar de Azevedo, em memoriadanacao.blogspot.com
    novembro de 2015, domingo
    Atualizado em 09/11/2025 02:00:50

  
  


Pedro Vaz da Cunha, o Bisagudo, alcunha que lhe deram por caçar com um cajado de 2 pontas ferradas, foi o Capitão-Mor da Armada de 20 naus, que zarpou do Tejo, em Janeiro de 1489, rumo ao Senegal, levando de regresso o Rei Bemoin Gelem. Este havia ido a Portugal solicitar apoio a D. João II no conflito que o opunha ao "Grande Foula", o Rei Galacho, que dominava a região. Bemoin oferecia em troca terras suas, com vista à construção de uma fortaleza e à instalação de uma feitoria portuguesas. Durante a sua estadia em Portugal, Bemoin foi baptizado, recebendo o nome de D. João, sendo armado cavaleiro pelo soberano português.

Pedro Vaz Bisagudo, violando as instruções reais, matou Bemoin à chegada ao Senegal, aparentemente por suspeita de traição. João de Barros, no entanto, avança outra razão:

"...o que mais condenou à morte D. João Bemoin foi começar alguma gente adoecer por ser lugar doentio que ele, Pero Vaz, mais temeu que a traição como quem havia de ficar na fortaleza depois que fosse feita." (Década I, Liv.III, Cap.VIII).

Regressado ao Reino, Pero Vaz não foi castigado, sendo este facto justificado pelos cronistas Rui de Pina e Garcia de Resende com o receio o Rei de que se descobrissem outros culpados... É, porém, possível que tivesse havido outra razão.

Com efeito, sabe-se que o Bisagudo era possuidor de um mapa onde se assinalava a "tera firme", que seria o Brasil. Esse mapa, segundo alguns autores, era uma reprodução do mapamundi de Andrea Bianco (1448), onde aparece a "ixola otintiche a ponête 1500 mile".

Desde 1486 havia a presunção de que do outro lado do oceano se estendia uma "terra firme", com localização de tal maneira aproximada, que levaria Mestre João Farás, piloto da Armada de Pedro Álvares Cabral, a escrever uma carta, de Vera Cruz, ao Rei D. Manuel I, em 1 de Maio de 1500, cujo teor é o seguinte:

"Quanto, Senhor, ao sítio desta terra, mande Vossa Alteza trazer um mapamundi que tem Pero Vaz Bisagudo, e por aí poderá ver Vossa Alteza o sítio desta terra,porém, aquele mapamundi não certifica esta terra ser habitada, ou não. É mapamundi antigo; e ali falará Vossa Alteza também a Mina" (Alguns documentos da Torre do Tombo, pag. 122)

Genealogia de Pero Vaz da Cunha, o Bisagudo

1. Álvaro PaisChanceler de D.- Pedro I e de D. Fernando I, figura destacada do patriciado urbano de Lisboa, foi um dos principais aclamadores e apoiantes do Mestre de Avis, o qual subido ao Trono, perante a recusa de Álvaro Pais em manter aquelas funções, nomeou, por sua indicação, seu enteado, o Dr. João das Regras, filho da segunda mulher de Alvaro Pais, Sentil Esteves.Álvaro Pais casou 1º com Leonor Giraldes, da qual teve:2. Diogo Álvares PaisMestre Sala dos Reis D. João I e D. Duarte. C.c.Inês Álvares.3. Luis Álvares PaisMestre Sala de D. Afonso V. C.c.D. Teresa de Albuquerque, fª de Gonçalo Vasques de Melo, I Sr. de Castanheira, Povos e Cheleiros, etc, e de Isabel de Albuquerque (fª de Vasco Martins da Cunha, o Velho, e de D. Teresa de Albuquerque)3. Gonçalo Vaz de Melo, que segue3. Pero Vaz da Cunha, o BisagudoC.1ºc. Maria Pais, fª de Paio Rodrigues Pais, Cavaleiro dos reinados de D. Duarte e D. Afonso V, Escrivão da Fazenda e Contador de Lisboa e de Isabel Nunes, de Portalegre; c.2º c. Helena da Costa, sobrinha do Cardeal D. Jorge da Costa. Sem geração de ambos os casamentos.3. Gonçalo Vaz de MeloMestre Sala de D. Afonso V e de D. João II. C.c.D. Inês de Brito, fª de Mem de Brito, Sr. do Morgado de Santo Estevão de Beja, e de D. Guiomar de Melo4. Jorge de Melo, " o Bochechas"Mestre Sala de D. Manuel I, Capitão da Ilha do Ano Bom, na Guiné, c.c. Isabel Pereira, fªa de Gonçalo Vaz de Castelo Branco, Sr. de Vila Nova de Portimão, do Morgado da Póvoa, Governador da Casa do Cível, e de D.Brites Valente5. D. Joana PereiraC.c. D. Álvaro de Abranches, Mestre Sala de D. Manuel I e de D. João III, Capitão de Tanger e Azamor, Sr. do Morgado dos Almada-Abranches, fº de D. João de Abranches, Conde de Oliva, Barão de São Vicente de Lobregal e de Molina de Rei, Sr. do Morgado dos Almada-Abranches, e de D. Mecia da Cunha6. D. Pedro de AbranchesMestre Sala de D. João III, Comendador de Ansiães, Embaixador a Carlos V. C.c. Brites de Noronha, fª herdeira de Pedro Pantoja, Alcaide-Mor de Tavira, Comendador de Santiago de Cacém, na Ordem de Santiago, e de D. Margarida de Mendoça7. D. Joana de NoronhaHerdeira dos Morgados dos Almada-Abranches (Mestres Sala) e dos Pantoja. C.c. Francisco de Mendoça Furtado, IV Alcaide-Mor de Mourão, Governador e Capitão General de Mazagão, etcCom geração em Bivar Weinholtz que segue neste blogue em "O Castelo de Mourão e os seus Alcaides Mores"



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (2):
01/01/1486 - *Afonso Sanches
01/11/2015 - Armada de 20 naus zarpou do Tejo*
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.