História Secretas do Paraguai - VOLUME I - LIVRO 2, 2014 - Obra de JORGE RUBIANI
2014 Atualizado em 24/10/2025 02:58:58
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53. A VIAGEM EXTRAORDINÁRIA DE ALEJO GARCÍA
A viagem de Alejo García foi uma expedição tão fantástica quanto original. Foi preparado diretamente da América, longe do conhecimento, financiamento e orientação dos tribunais europeus. Foi feito inteiramente a pé e através do percurso mais extenso realizado em toda a história das colónias ultramarinas espanholas. E era composta majoritariamente por indígenas, provavelmente utilizando armas e suprimentos fornecidos exclusivamente por eles. Ao mesmo tempo, transformando os portugueses no “primeiro líder europeu” em solo americano. E considerando a abordagem dos tesouros do Peru a partir do Atlântico, García o fez seis anos antes do próprio Francisco Pizarro.
Tentando apagar a imagem de seus oito companheiros assados e comidos pelos indígenas do Prata, a pequena frota de três barcos iniciou seu retorno. Se conhecessem a ferocidade de alguns nativos, nunca teriam presenciado uma cena como aquela.
Ainda chocados com a experiência, os homens limitaram-se a uma breve escala na Isla de los Lobos e depois seguiram em direção a Espanha. Passava o mês de abril de 1516. Ao passar pelo litoral de Santa Catarina, uma das galeras naufragou na tentativa de “penetrar na barra sul da ilha” jogando fora seus “18 tripulantes desesperados (...) para o mar agitado.” Em meio às polêmicas históricas sobre o local do acidente e o número de sobreviventes, também se especula que se navegavam próximos um do outro, por que os outros navios não ajudaram no resgate dos náufragos. Embora algumas coisas estejam mais claras hoje:
- Que a galera de García estava atrasada, por isso os demais não perceberam o acidente nem puderam ajudar no resgate.
- Que a tripulação da galera foi ajudada pelos indígenas que avistaram a situação desde o litoral e vieram salvá-los.
- Que eram 18 e seus nomes também são conhecidos -embora não com muita certeza-: Alejo García, Henrique Montes, Melchor Ramírez, Francisco Pacheco (o mulato), Francisco Chávez, Gonzalo da Costa, Francisco Fernández, Duarte Pérez e Alejo Ledesma. Mais sete, surpreendidos pelos portugueses, “...foram levados prisioneiros para Lisboa”. E os dois restantes, “é provável que tivessem morrido sem deixar a memória mais viva”, escreve Lucas Alexandre Boiteux no seu “Santa Catarina no Século XVI”.
Naquelas solidões, a ilha de Yuru-minrin, também chamada de Jurere mirim, só deixava aos náufragos a possibilidade de conviver com os indígenas; sem fazer muito barulho ou causar muitos transtornos. Mas lá García também descobriu que conseguiram algumas placas de metal trazidas da região “...onde nasceu o grande rio”, que era a forma como se referiam ao Paraná. Na emergência, destacou-se a capacidade de liderança de García.
Não só adquiriu “completo conhecimento da língua e dos costumes dos povos Guarani e Charrúa, mas também se mostrou fogoso, persuasivo e eloqüente”. Também era estimado “por ser um homem prático tanto na língua dos carianos, que são os guaranis, como na dos tupis e tamoios”. Nessa época também teve um filho com o seu nome: Alejo -Aleixinho- García.
O ano era 1520. Quatro anos de espera que – ao que parecia – seriam ainda mais longos. Portanto, as notícias perturbadoras do “dourado” os levaram a se mexer. Poderia ser uma incursão ao impossível... mas ele faria isso. Ele convenceu alguns de seus companheiros e os indígenas. A nova entrada permitir-lhes-ia regressar ao "caminho sagrado" ao longo do qual os seus antepassados tinham viajado há pouco tempo. Entre eles, nem todos estavam dispostos porque vinham de experiências terríveis e a vida naquela ilha paradisíaca afinal não era tão ruim assim. Para os nativos era diferente.
É possível que também tenham sido motivados por sentimentos de vingança contra “seus antigos inimigos, os caracaráes”, pelas derrotas que infligiram a seus pais e avós em outros tempos.
Esse caminho, conhecido de várias maneiras: Peabeyu, Peabiru ou Tape Aviru, termo guarani com traduções diferentes em cada versão, teria sido o “caminho para a montanha do sol”. Essa rota “de mais de 200 léguas” permitiu aos nativos do litoral comunicarem “com as regiões mais distantes do Ocidente” desde os tempos pré-colombianos. E também permitiu que aquelas amostras metálicas que excitaram a imaginação de García e dos seus companheiros chegassem - das montanhas ao mar.
Em dois anos de preparativos, o povo estava pronto para partir. Alguns historiadores mencionam um “exército” de 2.000 indígenas, com todo o arsenal disponível. Outros falam de contingentes maiores e de algumas armas de fogo resgatadas do naufrágio, embora esta versão dificilmente seja credível, uma vez que não teriam pólvora nem munições, seis anos depois desse incidente.Há também discrepâncias para definir o número de europeus que participaram naquela ambiciosa viagem pelas selvas. Alguns contam García e outros três: Ledesma, “o mulato Pacheco” e um terceiro cristão “de nome desconhecido”.
Outros mencionam quatro e os seguintes nomes: Chávez, Pacheco, Ledesma e Fernández (ou Duarte Pérez). Segundo esta mesma versão, Montes, Ramírez, da Costa teriam ficado na costa “...e mais um náufrago”, que teria sido Duarte Pérez ou Francisco Fernández. Aleixinho também ia. A sua presença foi talvez a origem da discrepância em relação ao “quinto cristão” mencionado por Cabeza de Vaca nos seus “Comentários”.
A rota que García escolheu – ou que seus parceiros indígenas lhe indicaram – foi impecável. Dentro das possibilidades da época, o mais direto que se poderia imaginar. Isto também explica a razão pela qual todas as entradas subsequentes seguiram o caminho "por onde Garcia veio", foram amigáveis com os cristãos, mencionando "o bom tratamento" que Garcia lhes deu "quando os trouxe de sua terra".
Já a caminho, a imponente coluna chegou ao Paraná. Atravessaram o território – hoje paraguaio – até chegar ao rio Paraguai. Dali e sem sair do litoral, seguiram para o norte até chegar à região de Guasarapos, próximo ao sopé de uma cordilheira que García “chamou de Santa Lucía”. Desse local cruzaram o Chaco em direção ao oeste e entraram no território dos Mbajáes. Entre estes, eles tiveram tempo! receber o “...abraço ardente das mulheres (...) que gostam de fazer favores e cujos maridos não são muito ciumentos”.
Seguindo o plano da marcha eles encontraram outras “...muitas cidades indianas de diferentes línguas e nações”. Eles lutaram contra alguns e foram combatidos por outros, com sorte mista. Atravessaram a terra dos Chaneses e chegaram à dos Payzunos no sopé, alarmando as cidades vizinhas de Corocotoquis que se mobilizaram - já nas montanhas - face ao avanço dos estrangeiros. Mas sem armas para o ataque final e carregado de metais preciosos obtidos de Payzurnos e Chaneses, Alejo García optou por regressar. Ele viajou 600 léguas, o equivalente a 3.300 quilômetros. Se for considerada apenas a viagem de ida - já que faltou a volta - a extensão equivale a três vezes a distância Assunção a Buenos Aires.
A longa viagem permitiu que o ilustre e desconhecido náufrago se tornasse o primeiro europeu a cruzar os territórios do Brasil, para percorrer o que mais tarde seriam os do Paraguai, da Bolívia e do Peru; ver as cachoeiras do Iguaçu, o Chaco, levar escravos e bastantes metais preciosos e... voltar! Porque para o feito fazer sentido... você também teve que voltar. Com uma importante carga de metais e indígenas: que seus aliados nativos trouxeram como escravos, fato “que não deixaria de ser um fardo pesado”, García e seus companheiros começaram a refazer seu caminho. E talvez por terem vindo para um caminho diferente, encontraram contratempos maiores do que na saída. Pois bem, eles eram permanentemente assediados “pelas tribos cujas regiões atravessavam, interessadas em roubar sua carga de metal”.
Finalmente chegaram ao rio Paraguai e após cruzá-lo García enviou uma carta aos que haviam permanecido em Santa Catarina. Junto com a carta e seus portadores, ele também lhes enviou “doze escravos e amostras de metal”. Enquanto isso, ele desceu para esperá-los mais ao sul. Na realidade, inutilmente, porque estes e segundo testemunhos posteriormente recolhidos por García de Moguer (1528), “não queriam ir para onde ele - porque García e o seu povo - tinham estado em grande perigo”. Os portugueses instalaram-se nas Lanías do rio Ypane para esperar, cerca de 50 léguas a norte do local onde Assunção seria fundada 10 anos depois.
Os historiadores também discordam sobre quanto tempo os conquistadores permaneceram na região. Desde “alguns dias”, como afirma Ruy Díaz de Guzmán, até “vários meses”, como afirma Julio C. Chávez. Esta longa estadia também teria dado origem a especulações de que teria sido nessa altura que García teria sido o pai do filho que lhe foi atribuído. A verdade é que durante uma noite daquela breve – ou longa – estadia, o acampamento foi atacado e o conquistador foi morto durante o ataque. A discrepância surge também na tentativa de definir os motivos do ataque e os motivos daquela morte. Embora a maioria aponte os Pajaguás como protagonistas daquela ação, outros afirmam que eram os mesmos Carios/Guaranis que o acompanhavam.
Aqueles que apoiam esta versão confiam no facto de, na ocasião, não terem matado os outros europeus. Nem ao Aleixinho “por ser jovem”. O único morto foi García. Mas como um desígnio fatídico, os outros morreriam pouco depois e muito longe dali: Alejo Ledesma, de posse de "certa quantidade de metal", foi assassinado pelos Agaces às margens do rio Ypyta (Bermejo). O mulato Francisco Pacheco “foi morto pelo cacique Guacané (...) no coração do Chaco”. Em relação à identidade do “quarto cristão” que sobreviveu à expedição, ele “poderia ter sido Francisco Chávez” segundo o historiador de mesmo sobrenome, Julio César. Isto se baseou na “surpreendente segurança” que este náufrago exibiu quando, entre 1526 e 1530, detalhou para outros exploradores dados e datas precisas e também muito certo da “existência de objetos de prata e ouro entre os povos indígenas”.
Uma vez estabelecida a colônia no Rio da Prata, a partir de 1536, nenhuma autoridade espanhola, nenhum notário, nenhum cronista deixou de mencionar Alejo García. Tanto é que a história de sua extraordinária jornada serviu para alimentar o sonho de todos os conquistadores que mais tarde chegaram à região e até mesmo à própria “Serra del Plata”. E que mesmo passadas décadas sonhavam percorrer o percurso do humilde marinheiro/náufrago do Alemtejo.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (3): 01/01/1520 - *Caminho do Peabiru 01/01/1520 - La navegación indígena en la Cuenca del Plata y litoral Atlántico adyacente 01/01/2014 - Seguiram em direção a Espanha* EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.