Desfecho digno de Shakespeare. Por Giuliano Bonamim, jornalcruzeiro.com.br
9 de novembro de 2013, sábado Atualizado em 09/11/2025 16:30:27
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A escrava Benedicta pertencia à família de João Pires de Almeida. Ela se apaixonou por um escravo da família de Raphael Aguiar de Barros. O romance foi descoberto e proibido pelos seus respectivos donos. O caso ocorreu na Vila de Campo Largo, atual município de Araçoiaba da Serra, em 1882, seis anos antes da abolição da escravatura no Brasil. Agora, essa história será contada pelo grupo Manto na peça O amor de Benedicta, com pré-estreia (aberta ao público) marcada para amanhã, às 19h, dentro do conjunto arquitetônico conhecido como barracões da Sorocabana, na Vila Santana.
O espetáculo, com direção de Eli André Corrêa, é baseado no livro Scenas da escravidão, do escritor sorocabano Carlos Carvalho Cavalheiro. A obra traz um estudo inédito sobre o tema em Sorocaba e revela, por meio de documentos, a violência inerente à escravatura.A história dos dois escravos foi relatada em duas publicações do antigo jornal Diário de Sorocaba, em 1882. As reportagens, datadas de 19 e 21 de março daquele ano, revelam a relação de amor entre o casal e um desfecho digno de William Shakespeare.O produtor da peça, Luciano Leite, foi quem leu o livro de Cavalheiro e resolveu desenvolver o tema com o grupo Manto. "O foco da história é o amor entre os dois negros, dentro de um sistema escravocrata", comenta.Segundo Leite, o espetáculo também aborda temas relacionados à escravidão no país. "Mostramos como era feito o comércio interno de escravos a partir de 1930, quando ficou proibido o tráfico negreiro da África para as Américas", relata. "É muito emocionante para o nosso grupo poder resgatar a história de duas vidas que foram ceifadas pelo preconceito, pela escravidão e pela humilhação. Além disso, levamos o público a refletir sobre aspectos relacionados ao preconceito de gênero e raça, que ainda existem em nosso meio" conclui Luciano.O amor de Benedicta será encenada dentro do conjunto arquitetônico conhecido como barracões da Sorocabana, atualmente administrado pela América Latina Logística (ALL). O local foi escolhido por ter marcado um dos períodos mais prósperos de Sorocaba, a era da ferrovia, e que a atual geração poderá conhecer graças ao projeto.Os barracões datam de 1930 e eram usados para a construção e reforma de vagões de trem. Com o tempo, serviram como uma das principais sedes para a manutenção da malha ferroviária do interior paulista.A temporada de O amor de Benedicta terá um total de 16 apresentações abertas ao público (os ingressos gratuitos devem ser retirados com meia hora de antecedência). Além de amanhã, elas ocorrerão nos dias 16, 17, 20, 21, 22, 23, 24 e 29 de novembro e 1, 6, 7, 8, 13, 14 e 15 de dezembro. Todas as sessões começarão às 19h e terão entrada gratuita para um público com idade mínima de 12 anos. O trabalho tem os apoios da Lei de Incentivo à Cultura (Linc) e da América Latina Logística (ALL), que cedeu os espaços físicos para as apresentações.O projeto é do grupo Manto, cujo núcleo central se conheceu durante a primeira montagem de Agamemnón, no Espaço Cultural dos Metalúrgicos, em 1996, sob a direção de Carlos Roberto Mantovani. A partir 2003, passou se chamar grupo Manto, com uma estrutura maior e com o elenco original de 1996.Para abrir a temporada de O amor de Benedicta, o escritor Carlos Carvalho Cavalheiro comandará uma palestra para debater o livro inspirador do espetáculo. O encontro será realizado hoje, às 20h, dentro de um vagão de trem revitalizado e preparado para receber até 40 pessoas. A entrada é franca. Ele fica situado na rua Paissandu, s/nº, na Vila Santana.De acordo com Leite, o grupo Manto sempre procura espaços não convencionais e que conversem com a proposta dos trabalhos. "A ideia é fazer com que o público tenha uma experiência diferente", conta.Serviço:O amor de BenedictaPré-estreia: Amanhã (dia 10)Horário: 19hLocal: Conjunto arquitetônico conhecido como barracões da Sorocabana, localizado na rua Paissandu, s/nº, Vila Santana
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.