2 de novembro de 2013, sábado Atualizado em 31/10/2025 21:56:05
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Em junho de 323 a.c., quando um famoso cavaleiro morreu na Babilônia, havia conquistado um império que se estendia da Grécia até o rio Hindus, no Paquistão. Seu nome, Alexandre "O Grande". Nada disso seria possível sem o garanhão que ele cavalga em batalha.
Mas esse animal é mais que um veículo para as conquistas. Iremos descobrir que o cavalo tem um papel chave em quase todos os empreendimentos do Homem.
Pensamos na História como uma linha de tempo, uma série de acontecimentos que se estendem à 2 mil anos no passado. É hora de repensar. Em vez de uma linha, imagine uma rede de direções infinitas, interagindo em bilhões de anos, agindo juntas para criar tudo que conhecemos no Universos. Nosso planeta e nós mesmos.
Quando vemos os momentos mais épicos pelas lentes da ciência e sob uma nova luz revolucionária, os movimentos dos átomos agitam os movimentos dos homens, das civilizações. A História como conhecemos está ficando maior.
(...) A Grande História revela conexões que envolvem toda a humanidade, desde as roupas que vestimos e as conquistas, ou a queda de impérios, até a revolução da linguagem. E é o cavalo que liga todos eles.
A Grande História volta no tempo 6 mil anos atrás. Nas pradarias da Ásia Central, onde os primeiros nômades estão falando uma língua antiga conhecida como Proto-Hindú-Européia. Sua palavras irão certamente se espalhar e se desenvolver, ramificando-se a partir de uma rota comum, até chegar ao italiano, espanhol, grego, russo, hindú, alemão, inglês. Começando-nos as línguas faladas por quase a metade do mundo.
Por que a propagação da língua começa aqui? Porque estes são os primeiros povos na Terra à cavalgar cavalos e isto cria uma estrada entre seus mundos.
Craig Benjamin, historiador, co-autor de "Big History"
Não haveria este texto, não em português, se não fosse pelo papel do cavalo em espalhar a língua, a cultura e os seres humanos.
A Grande História liga sua História à uma série de transformações épicas. Todas colocadas em marcha por um animal revolucionário. Desde o momento em que o primeiro cavaleiro saltou no lombo de um cavalo, quase 6 mil anos atrás, ambas as criaturas se transformaram.
Jonathan Markley, historiador, Cal State Fullerton
O Homem cuida de seu cavalo. Ele limpa, adestra ele, coloca ferraduras nele, o ajuda a procriar, e em troca o cavalo nos dá a força de seus músculos, que nos leva á vitória na guerra.
Craig Benjamin, historiador, co-autor de "Big History"
No âmbito de Grande História é difícil pensar em qualquer outro mamífero que teve tanto impacto na História humana como o cavalo.
Melhor amigo do homem
Entre todos os animais da terra, por que o cavalo se tornou o mais importante aliado do homem?
Há estimados 6.6 milhões de espécies de animais terrestres , mas muitos deles, como os insetos são pequenos demais para serem úteis. Outros são difíceis demais para domesticar, carnívoros, por exemplo, são muito caros para alimentar. Alguns, como o elefante, demora tempo demais atingir o tamanho completo. Outros, como a zebra, são geniosos demais para serem úteis. Para puxar e cavalgar o animal precisa pesar pelo menos 45 quilos, o que elimina quase todos, deixando-nos com um pouco mais de 1 dúzia de mamíferos que se alimentam de grandes plantas, entre eles somente o cavalo tem a exata combinação de força, temperamento e acima de tudo, velocidade.
Cada perna é como uma mola gigante que pode impulsionar um animal de 554 quilos é velocidade 6 vezes mais rápida que um ser humano médio.
Trevor Valle, paleontologista
Uma vez que você domestica um animal que tem mais habilidade do que você mesmo, você mudou todo o jogo.
Mas por que esses antigos impérios enormes não se tornaram ainda maiores?
As evidências sugerem uma teoria surpreendente. Que os antigos impérios tem um limite de tamanho delimitado pelo cavalo. Se os limites externos de um império tem mais de 14 dias de distância, à cavalo, da capital, torna-se uma luta manter o controle.
Jonathan Markley, historiador, Cal State Fullerton
A velocidade das comunicações é essencial para manter um império. Você tem que ser capaz de enviar mensagens para a fronteira e levá-las de volta com espaço razoável de tempo, seu não puder fazer isso, seu império não é competente, você não pode responder aos ataques, não pode responder as crises.
O império mongol se expande bem além do limite de um tamanho sem precedentes de 33.7 milhões de quilômetros quadrados. Os mongóis controlavam tanta terra que poderia demorar mais de um ano para receber mensagens ou suas tropas viajarem para os limites externos do império. Mas durante um século, rebeliões dividem o império mongol em 4 territórios menores, cada um com 5 a 13 milhões de quilômetros quadrados, não coincidentemente, iguais ao tamanho do império romano á esta altura.
Do outro lado do mundo, os impérios das Américas são mínimos em comparação. O maior deles, o império inca, é apenas uma fração do tamanho do que uma vez foi Roma. Ao norte, os astecas reivindicam apenas 199.4 milhões de quilômetros quadrados.
Por que estes impérios do Novo Mundo são ofuscados por aqueles do Velho Mundo?
Por uma importante razão: o Novo Mundo não tem nenhum cavalo. De fato, os incas confiam em corredores chamados Xasques para entregar mensagens e mantimentos.
Charlie C. Mann, escritor, autor de 1491 e 1493
Com o cavalo você pode ir do ponto A ao ponto B, separados apenas 160 quilômetros de distância. Não é uma grande coisa. Para pessoas que correm é um grande feito.
Por que uma parte do mundo tem cavalos e outra não?
Você pode pensar que é porque cavalos não conseguiam chegar às Américas, até que os europeus os trouxessem aqui em navios. Mas uma evidência fóssil revelou uma novidade. Os cavalos nasceram nas América.
Trevor Valle, paleontologista:
Os cavalos são nossos, eles tem sido nossos desde o início dos tempos.
A Grande História volta no tempo 50 milhões de anos. Quando a Terra se aquece, florestas úmidas se tornam pradarias. Os ancestrais dos cavalos descem das árvores e vão para as planícies. Eles se adaptam ao seu novo meio ambiente e desenvolvem longas pernas e corpos musculosos que os permitem fugir dos predadores, dando-lhes a velocidade que um dia seria tão fundamental para a História humana.
Então, o que aconteceu com os cavalos americanos?
Eles cruzam trilhas com os primeiros americanos que atravessam a ponte da Terra de Beringh, durante a última era do gelo, não como transporte, mas como alimento. Eles provavelmente caçaram o cavalo levando-o a extinção.
Mas alguns cavalos tiveram melhor sorte, atravessando a mesma ponte da Terra, que também trouxe pessoas. Com certeza colocando-os no lugar certo, na hora certa, para que os habitantes da Ásia central os domassem.
Trevor
Os cavalo tinha um ótimo plano para simplesmente cair fora. Se não fosse por isso, onde estaríamos hoje?
Mas as civilizações das Américas não terão os benefícios deste aliado fundamental. Quando os cavalos finalmente retornaram para as Américas, com os espanhóis, nos séculos 15 e 16, generais como Hernan Cortez se chocam com as culturas, sem cavalos, do Novo Mundo, e decisivamente vencem.
Roger Mcgrath, historiador
Nos primeiros conflitos entre os povos nativos e os espanhóis, estes eram capazes de usar os cavalos para fazer ataques surpresas e lutas frontais. Isso nunca aconteceria se os povos nativos tivessem cavalos. Quando os nativos vêem estes cavalos tem 3 reações: "Mas que diabo é isto?", "Uau! Olha as coisas que ele pode fazer." e "Eu quero um". Eles vão da reação 1 até a 3 em apenas 5 minutos.
Durante 200 anos os cavalos espanhóis transformam a vida nativa americana em toda a sua extensão.
Roger Mcgrath, historiador
Uma vez que eles tem o cavalo e adotaram a cultura do cavalo, eles se transformam em guerreiros montados e também em guerreiros montados, que agora cavalgam por toda parte através de grandes planícies.
E assim como os mongóis e os romanos, antes deles, estas tribos nativas, como os Comanches, rapidamente expandem seus impérios no dorso dos cavalos.
Roger Mcgrath, historiador
De fato os espanhóis tinham um nome para isso, chamavam de Comancheria, uma área de 960 quilômetros de sul ao norte, e por volta de 640 quilômetros de lesta ao oeste. E dominavam completamente esta área. Portanto o cavalo mudou inteiramente, não apenas a cultura dos índios americanos, mas a História do oeste.
Uma Revolução da Energia
Toda energia que consumimos alimentando pode ser rastreada até uma única energia. O Sol. Os humanos não podem absorver diretamente a energia do Sol, mas plantas podem, o que significa que planícies verdejantes são reservas imensas de energia. Mas comer toda esta grama não é uma opção para os humanos, já que é essencialmente celulose, uma substância que não podemos digerir. Para obtermos energia desta grama selvagem podemos esperar que outros animais a comam, daí então comê-los. Mas, há um problema. No momento em que a energia chega á nós pela cadeia alimentar, muita coisa se perdeu. Plantas como a grama perdem 90% da energia solar que absorvem. Animais que comem grama perdem outros 90%. No momento em que estivermos comendo um filé, outros 90% são perdidos.
David Christian, historiador, co-autor de "Big History"
Eu não posso comer grama por causa do meu tipo de organismo. Olhe para toda essa energia armazenada nessa grama, e isso é frustante. eu não posso alcançá-la. Então o que vou fazer se eu for realmente esperto? Eu domestico um animal que possa comer essa grama.
Assim que os humanos começam a cavalgar cavalos comedores de grama, nós demos um passo mais perto da fonte de energia e conseguimos um impulso principal da força.
David Christian, historiador, co-autor de "Big History"
Aprender a domesticar o cavalo foi um tipo de revolução energética. Um cavalo pode produzir por volta de 8 a 9 vezes a potência de um ser humano. Então, em vez de carregar mantimentos você mesmo, você pode ter cavalos carregando, portanto é uma energia próspera.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (2): 01/01/1294 - *Na época da morte de Kublai em 1294, o Império Mongol havia se dividido em quatro canatos ou impérios separados, cada um perseguindo seus próprios interesses e objetivos 01/01/1492 - *Mundo dividido EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.