*História do Brasil, Frei Vicente do Salvador. Edições do Senado Federal, vol. 131 (2010)
2010 Atualizado em 24/10/2025 04:16:12
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na R. T., 73, 1, 1/258, precedidos de douta introdução por Vieira Fazenda.O documento não está completo (cf. ib. 219); mesmo assim é considerável suaimportância e apura pontos relevantes.Diogo Botelho foi o primeiro governador-geral que aportou a Pernambuco, aonde assumiu o governo a 1º de abril de 1602 e demorou mais deano e meio, enquanto na Bahia continuava Álvaro de Carvalho, deixado porD. Francisco de Sousa.A sua demora proveio de diversos casos urgentes a resolver: extinguiras despesas desnecessárias; sanar abusos decorrentes do regime donatarial, atéentão quase absoluto; atender à expansão para além do cabo de S. Roque, vasto território inçado ainda de franceses, a que mandou Pero Coelho de Sousa,cunhado de Frutuoso Barbosa; reprimir os negros dos Palmares, contra os quaismarchou Bartolomeu Bezerra (ib, 86, 151).Concorreu para alongar sua demora o receio de que Manuel deMascarenhas, capitão-mor de Pernambuco, muito mailquistado com a população, aproveitasse os restos do governo para cevar ódios e exercer vinganças;aguardou, pois, a chegada do novo capitão-mor, Alexandre de Moura, a quemempossou no cargo antes de partir.Nas certidões, depoimentos e mais papéis procedentes de Pernambuco, Diogo Botelho é abonado pela melhor gente. O próprio Manuel de Mascarenhas Homem, antes de com ele romper, exprimiu-se nos melhores e maisfavoráveis conceitos (ib., 36/39). Entretanto, Belchior do Amaral, que foi aPernambuco abrir devassa da permanência do governador, em ligeiro resumodo trabalho maior, que não se conhece, acusa-o de concussão, venalidade e atélibidinagem.O papel, guardado na Coleção Pombalina, Inventário, 249, f. 204,aonde se lê Bento, mas conforme carta de Lino de Assumpção, que examinou ooriginal (cópia na Bibl. Nac.), deve ler-se Belchior, pode não merecer grandefé, mas os atestados e depoimentos favoráveis e até encomiásticos colhidos emPernambuco deixam a mais de um respeito impressão penosa. Enjoa o alarde depeitas oferecidas a Botelho e por ele naturalmente repelidas. Incomoda o silêncioguardado a respeito de João Soromenho, a quem mandou que a câmara de Olinda, segundo esta afirmava em carta de 10 de dezembro de 1608, cópia na Bibl.Nac., entregasse mil cruzados para ir ao Jaguaribe. Tais fez João Soromenho quefoi processado perante o corregedor da corte (R.T., ib., 20) e expirou no Limoei- [p. 263]
der Does de 1599. O silêncio de frei Vicente poderá ser invocado em favor detal asserção; mas as palavras de Diogo de Campos Moreno, testemunha previdencial e figura obrigada do sucesso, bastariam para excluir desde o princípioqualquer dúvida. Novos elementos indestrutíveis a favor dos historiadores decuriados (régentés) pelo austero censor argentino pululam nos papéis de DiogoBotelho. Mesmo da parte contrária há testemunho autêntico, referido pelo malogrado Alfredo de Carvalho “O corsário Paulus van Carden na Bahia 1604”,Rev. do Inst. Geogr. e Hist. da Bahia, 16, 41/60, Bahia, 1910.Também sobre seu governo na Bahia, Diogo Botelho documentouse muito solidamente: atestados, juramento de testemunhas, etc. Não faltaramtentativas de peita e suborno. Com o bispo D. Constantino de Barradas e oelemento eclesiástico não fez boa liga.O melhor serviço do governador na Bahia foi a redução dos aimorés, cujas devastações avultaram desde que, com suas guerras de Paraguaçu,Mem de Sá destruiu a marca ou comarca de língua geral que servia de anteparo contra eles. A respeito da pacificação, em que colaborou eficaamenteÁlvaro Rodrigues, de Cachoeira, cf. Fernão Guerreiro em Almeida, Memóriasdo Maranhão, 2; cf. An. da Bibl. Nacional, 26, 346.Belchior do Amaral, escrevendo em Lisboa a 26 de julho de 1604,considerava urgente a retirada de Botelho, mas D. Diogo de Meneses e Sequeira, nomeado seu sucessor em 22 de agosto de 1606, arribou depois da partidae só chegou ao Brasil em 1608.Assumiu o governo em Olinda a 7 de janeiro, quando Botelho completava cinco anos, nove meses e sete dias. Pretendia ficar ali só até abril, masas instâncias da população detiveram-no e só em 18 de dezembro, dia de NossaSenhora do Ó, desembarcou na Bahia. Foram dias muito pouco agradáveis osde Pernambuco, porque o bipso D. Constantino de Barradas não lhe poupouvexames e humilhações. O mesmo fadário perseguiu-o na Bahia com o clero eaté com o governo da metrópole.
Botelho trouxera consigo dois mineiros, João Munhoz de Puertos eFrancisco Vilhalva, que por sua ordem se apresentaram na câmara de S. Pauloem 22 de agosto de 1603 “para fazerem suas deligências e ensaios e fundiçõesacerca do ouro e prata e mais metais que nesta capitania eram descobertos, porque no conselho real houve certas contradições ao ouro que o Sr. D. Francisco de Sousa mandou por Diogo de Quadros e outras pessoas desta capitania”, Atas,2, 134.
D. Francisco deixou-se fascinar pelos mineiros e permaneceu em SãoPaulo, ainda depois de a 18 de junho de 1602 ter passado procuração paraserem recebidos seus vencimentos na Bahia. A 9 de agosto de 1603 chegava dointerior com sua gente, Atas, 2, 132/133. Em dezembro os mineiros foram aMonserrate, ib., 139, e D. Francisco naturalmente foi com eles.
A vinda de D. Francisco e seu séquito em 1599 e em 1603 mostroua necessidade de uma casa de pasto na vila de S. Paulo. Da primeira vez encarregaram a Marcos Lopes, que teria de dez réis ou na carne, nos beijus, nafarinha, ib., 57. Da segunda foi encarregada o cigana Francisca Ruiz que teria10 réis em cada tostão, ib., 133: cf. 263.
Quando uma ordem régia transmitida por via de Diogo Botelho em 19 de março de 1605, R.T., l. c., 6, decidiu D. Francisco transpor o oceano, levou consigo os mineiros, impediu que comunicassem a quem quer que fosse o resultado das pesquisas, de “indústria e prudência” seguiu para Madri diretamente e achegou-se ao Duque de Lerme para os planos que arquitetara.
A Bibl. Nacional possui um códice comprado no leilão do Conde de Castelo Melhor com parte do expediente das negociações: basta citar o trechoseguinte:
“Enquanto a mercedes pide el titulo de Marques para sy e sus descendientes ‘de la primera tierra que poblare’ y esta merced hizo su Magd. que esta en gloria [Filipe II] a Gabriel Soares persona de la calidad que se sabe y siendo dudossa la empreza que tomaua y no teniendo hecho en ella seruº alguno a S. Magd. y que quando Francisco Barreto fue al Monomotopa se entiende que lleuo el titulo del primer lugar que poblasse concedido por el rei D. Sebastian”.
D. Francisco foi bem sucedido em suas pretensões; em 22 de janeiro de 1609 fez-se de vela, si como se lê abaixo p. 418, gastou vinte e oito dias para alcançar Pernambuco, aonde aportou a C.R.a D.Diogo de Meneses separandoem governo independente as capitanias de Espírito Santo, Rio e S. Paulo, Reg.Geral de São Paulo, 1, 196/198. Do mesmo Registro constam os poderes quelhe foram concedidos, também enumerados na Informação já citada, de PedroTaques, impressos textualmente por Melo Morais no Brasil Histórico, segundoos An. do Rio de Janeiro, inédito em grande parte, de Silva Lisboa [Páginas 265 e 266]
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (6): 22/08/1603 - Botelho enviara a São Paulo ordens para a interrupção das entradas no sertão, e dois mineiros para aferirem certas “contradições” nas minas divulgadas por Souza 26/07/1604 - Devassas que Belchior de Amaral tirou dos governadores-gerais do Brasil D. Diogo Botelho e D. Francisco de Sousa 19/03/1605 - Convocação de D. Francisco de Sousa 22/08/1606 - D. Diogo de Meneses e Sequeira foi nomeado seu sucessor 01/01/1608 - Diogo de Meneses e Sequeira (1553-1635) chegou ao Brasil 17/12/1608 - Pretendia ficar ali só até abril, mas as instâncias da população detiveram-no e só em 18 de dezembro, dia de Nossa Senhora do Ó, desembarcou na Bahia EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.