'ALIANÇAS INTERCULTURAIS NO NOVO MUNDO: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A NOVA FRANÇA E A NOVA LUSITÂNIA. Por Silvio Marcus de Souza Correa (UNISC), Camil Girard (UQAC) 0 01/01/2006 Wildcard SSL Certificates
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ALIANÇAS INTERCULTURAIS NO NOVO MUNDO: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A NOVA FRANÇA E A NOVA LUSITÂNIA. Por Silvio Marcus de Souza Correa (UNISC), Camil Girard (UQAC)
    2006
    Atualizado em 03/04/2025 21:32:19

  
  
  


Como Duarte Coelho e Martim Afonso de Souza, o governador-geralTomé de Sousa13 teve a sorte de encontrar uma aliança inter-cultural jáselada entre um grupo indígena tupinambá e Diogo Álvares Correia.14Através dele, foi possível contar com o apoio dos nativos para erguer a vilade São Salvador. Cabe notar igualmente que muitos desses beneficiários daCoroa portuguesa prestaram serviços na África e no Oriente. Assim, asexperiências brasileira, africana e oriental de uma elite política concorriampara o êxito do empreendimento colonial português e para o qual asalianças com os nativos foram imprescindíveis. A diversidade de relaçõesinterculturais favoreceu evidentemente o hibridismo luso-tropical de que nosrefere Gilberto Freyre (1933).

4.2. Sobre as alianças hispano-ameríndias no BrasilApesar do presente projeto de pesquisa ter como tema as alianças franco- eluso-ameríndias no Novo Mundo, cabe salientar que, além de franceses eportugueses, os espanhóis circularam ativamente pelo litoral brasileiro no séculoXVI. Sobre os espanhóis no Brasil, os primeiros documentos permitem inferir umarelação de trato com certos grupos costeiros. Embora Pizón tenha chegado próxima afoz do Amazonas, a presença espanhola em terras brasileiras ocorreu mais devido aocomércio via Mar del Plata, após a conquista de Pizarro e a chegada dos espanhóis àsminas de Potosí no alto Peru.

Em 1527, o espanhol D. Rodrigo de Acuña chegou à costa do Brasil. Numa carta enviada de Pernambuco, em 15 de junho, D. Rodrigo faz saber que enfrentou três naus francesas, carregadas de artilharia. A presença francesa e espanhola no litoral brasileiro foi confirmada pelas declarações de marinheiros:

"E así venimos hasta el rio de Genero, é alli el capitan demandó su parecer al maestro e al piloto e todos los compañeros de lo que los parecia que debian hacer." [p. 10]

Também a viagem de Cristóvão Jacques,em 1527, surpreendeu duas naus francesas carregando pau-brasil. Mas o comandante português logrou pô-las ao fundo. Conforme o historiador Serrão (1965, p.27-28), uma carta de Luiz Ramirez ao Imperador Carlos V, enviada do Rio da Prata a 10 de julho de 1528, contém importantes informações sobre a convivência entre espanhóis e nativos por mais de uma década em terras brasileiras.

Este documento informa que tendo Ramirez deixado o porto de São Lucas em abril de 1526, chegara a 19 de setembro, a uma ilha atrás de uma montanha, nomeio de uma região que parecia ser abundante em pau-brasil. Tendo sabido da existência, no meio dos índios, de vários espanhóis vindos com a armada de D. Rodrigo de Acuña e que a doze léguas, viviam cristãos, antigos companheiros de Dias de Solis, que ali viviam a treze ou quatorze anos, não tendo acompanhado o navegador ao sul do continente.

Assim que, a partir das primeiras décadas de Quinhentos, a ilha do Desterro (atual ilha de Santa Catarina) e a baía da Guanabara foram importantes pontos da viagem dos espanhóis entre Sevilha e a bacia platina. A mestiçagem biológica e cultural pode ser inferida através de outros documentos espanhóis.

O depoimento de Martin de Aimonte, grumete da Nau Victoria, feito em 1 de junho de 1522 quando chegou a Malaca, declara que a frota ao chegar ao Brasil, foi ter ao porto de SantaLuzia que se dizia já ter sido descoberto por portugueses e ali ficaram por quinzedias. Acrescenta que João Lopes Carvalho encontrou um filho, que tivera com umamulher nativa quando esteve ali antes, num navio português.16 Essas informaçõesendossam as de Francisco Albo, autor do relato "Ó Derrotero del viaje deMagallanes".17 O português João Lopes de Carvalho era piloto da nau Concepción nafrota espanhola de Magalhães. Já havia integrado a tripulação da nau Bretoa e naviagem de 1519 veio a encontrar um filho que ali tivera com uma mulher índia.Conforme o italiano Pigafetta18, o piloto viveu no meio dos indígenas do Rio deJaneiro, por quatro anos. Possivelmente, Lopes de Carvalho levou consigo o filho desete anos que tivera no Rio de Janeiro durante o périplo de Magalhães e que opequeno ficou na ilha de Bornéu, em setembro de 1521 (Velloso, 1941, p.61).Datado de 1527, a Relación de lo recebido y pagado por Enrique Montes en laisla de Santa Catarina19 é um documento ímpar sobre o trato entre espanhóis eindígenas no litoral brasileiro. Além do escambo realizado, esse documento permiteinferir uma relação amistosa entre espanhóis e nativos às margens do rio Solis.Assim que a presença espanhola no Atlântico sul foi favorecido pelas alianças com os [p. 11]




  


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