'UMA COSMOLOGIA DO NOVO MUNDO: OS DIALOGOS GEOGRAFICOS DE JOSEPH BARBOSA DE SÁA NO ANNO DE 1769 - 01/01/2005 Wildcard SSL Certificates
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UMA COSMOLOGIA DO NOVO MUNDO: OS DIALOGOS GEOGRAFICOS DE JOSEPH BARBOSA DE SÁA NO ANNO DE 1769
    2005
    Atualizado em 23/10/2025 17:17:18

  
  
  


“nascimento” do arraial de Cuiabá deve ter contado com um ato público, onde foientão lavrado e reduzido a termo, sendo por fim assinado pelo escrivão e por todosaqueles que presenciaram o ato, naquele pequeno arraial, em 1719.Provavelmente, em uma de suas visitas aos arquivos do Senado daCâmara de Cuiabá, José Barbosa de Sá deve ter encontrado a Ata de Fundação deCuiabá, onde pôde manuseá-la, lê-la, e transcrevê-la.Posteriormente, o Senado da Câmara de Cuiabá, em obediência àProvisão Real de 20 de Julho de 1782, providenciou um levantamento cronológicodos principais fatos ocorridos em Cuiabá desde a sua fundação. O encargo daelaboração destes Anais da Cidade ficou por conta de um vereador da época, denome Joaquim da Costa Siqueira, que viu na Relação das povoações de Cuiabá eMato Grosso, bem como na única prova existente de que houve uma ata dafundação do arraial de Cuiabá – ou seja, a transcrição de José Barbosa de Sá – oque podia existir de mais “fiel” em termos da história daquela cidade, no período queabrangia de 1719 a 1775. Dessa maneira, copiou ele não somente a ata transcrita,mas também o histórico relatado por José Barbosa de Sá.Na Viagem ao redor do Brasil,1de João Severiano da Fonseca, encontra-se aassinatura de todos os bandeirantes estabelecidos no arraial cuiabano daquelaépoca. Lembremos ainda que, a ata da fundação de Cuiabá transcrita por Sáencontra-se inserida na Relaçam das povoações do Cuyabá e Matto Grosso. NaRelaçam, José Barbosa de Sá transcreve a Ata como se segue. [p. 21]

... e juntos os que ficaram, mandaram escrever um aranzel para seu regime que é o seguinte copiado do mesmo original:

Aos oito dias do mês de Abril da era de mil setecentos e dezenove anos neste Arraial do Cuiabá fez junta o Capitão Mór Pascoal Moreira Cabral com os seus companheiros e ele requereu a eles este termo de certidão para noticia do descobrimento novo que achamos no ribeirão do Coxipó invocação de Nossa Senhora da Penha de França depois de foi o nosso enviado o Capitão Antonio Antunes com as amostras que levou do ouro ao Senhor General com a petição do dito capitão mór fez a primeira entrada aonde assistiu um dia e achou pinta de vintém e de dois e de quatro vinténs a meia pataca e a mesma pinta fez na segunda entrada em que assistiu sete dias ele e todos os seus companheiros às suas custas com grandes perdas e riscos em serviço de Sua Real Magestade e como de feito tem perdido oito homens brancos fora negros e para que a todo tempo vá isto a noticia de sua Real Magestade e seus governos para não perderem seus direitos e por assim por ser verdade nós assinamos todos neste termo o qual eu passei bem e fielmente a fé de meu oficio como escrivão deste Arraial. Pascoal Moreira Cabral, Simão Rodrigues Moreira, Manoel dos Santos Coimbra, Manoel Garcia Velho, Baltazar Ribeiro Navarro, Manoel Pedroso Lousano, João de Anhaia Lemos, Francisco de Sequeira, Asenço Fernandes, Diogo Domingues, Manoel Ferreira, Antonio Ribeiro, Alberto Velho Moreira, João Moreira, Manoel Ferreira de Mendonça, Antonio Garcia Velho, Pedro de Godois, José Fernandes, Antonio Moreira, Inácio Pedroso, Manoel Rodrigues Moreira, José Paes da Silva.

No mesmo dia e ano atrás nomeado elegeu o povo em voz alta o Capitão Mór Pascoal Moreira Cabral por seu guarda mór regente até ordem do senhor General para poder guardar todos os ribeiros de ouro, socavar e examinar e composições aos mineiros e botar bandeiras tanto a minas como nos inimigos bárbaros e visto elegerem ao dito lhe acatarão o respeito que poderá tirar auto contra aqueles que forem régulos com é amotinador e aleves que expulsará e perderá todos os seus direitos e mandará pagar dívidas e que nenhum se recolherá até que venha o nosso enviado o Capitão Antonio Antunes de que todos levamos a bem hoje oito de abril de mil setecentos e dezenove anos eu Manoel dos Santos Coimbra escrivão do Arraial que escrevi, Pascoal Moreira Cabral
”. [p. 22]

Porém, apesar das notícias quinhentistas espanholas, as primeiras incursõesde vassalos de Portugal em terras do pantanal tinham como intenção primeira acaptura de indígenas para a venda como mão de obra escrava nas Capitanias. Oprimeiro descendente de europeus a percorrer o próprio rio Cuiabá, Antonio Pires deCampos, por lá andou não em busca de ouro, mas sim a captura do “gentio”Coxiponé, que vivia nas margens deste rio.

O segundo foi Pascoal Moreira Cabral, que na barra do rio Coxipó-Mirim encontrou, em 1718, pequenos grânulos de ouro cravados nos barrancos. A partir dali, subiu o rio até o lugar que depois receberia o nome de Forquilha, onde teria ele capturado “gentios” com detalhes de ouro nosbotoques e adornos. (SÁ, 1908: pp. 5-58)

As incursões pelas planícies alagadas do Pantanal com destino as minas doCuiabá seriam então chamadas Monções. Ao que parece a palavra monção,segundo Sérgio Buarque de Holanda, teria sua origem em algum dialeto árabe(Holanda, 1957: p. 162), tendo a mesma se generalizado entre os marujosportugueses durante as grandes navegações que, pela primeira vez se dirigiam aoOriente. Entre os marinheiros lusitanos a monção era usada para designar os ventosalternados que determinavam qual a melhor época para se navegar no oceanoÍndico. Ao que tudo indica, este não era o significado que a palavra monção viria areceber na Capitania de São Paulo. Porém, façamos uma ressalva, a de que mesmoem Portugal, com o tempo, monção viria a designar tão somente as estaçõesadequadas às viagens, ou os períodos do ano em que sopravam os bons ventos ànavegação. Apesar da vela jamais ter sido usada nas navegações pelos paulistas,estes adotaram a monção como designativo dos meses mais propícios durante oano para se navegar os rios que levavam até o Pantanal. [p. 36]



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Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII
Data: 01/01/2013
Créditos/Fonte: SCHUNK, Rafael
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013. (Coleção PROPG Digital - UNESP). ISBN 9788579834301 página 181


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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.