21 de novembro de 2025, sexta-feira Atualizado em 21/11/2025 17:27:27
Costa Doria é uma família brasileira do período colonial, que estabeleceu-se inicialmente na Bahia.[1]
Alguns de seus membros se uniram a famílias tradicionais do Nordeste açucareiro, como os Accioli de Vasconcellos de Pernambuco.[1]
Origens
A família Costa Doria origina-se do casamento entre Fernão Vaz da Costa, fidalgo português, filho de Cristóvão da Costa, autoridade máxima judicial em Portugal a seu tempo, e Clemenza Doria, genovesa enviada ao Brasil para lá se radicar.
Fernão Vaz da Costa chegou ao Brasil em 1549, comandando uma das naus da armada que levou à colônia o seu primeiro governador geral, Tomé de Sousa. Clemenza Doria foi enviada ao Brasil em fins de 1554 ou começos de 1555, para se casar. Em Salvador, casou-se com Sebastião Ferreira, um dos vereadores locais. Falecendo este em meados de 1556 no naufrágio em que pereceu o bispo D. Pero Fernandes Sardinha, Clemenza Doria casa-se logo em seguida, em 1556 ou 1557, com Fernão Vaz. Este faleceu em c. 1567, talvez num naufrágio ou em conflito com os índios da região do Recôncavo baiano.
Dos seus vários filhos, deixaram descendência o secundogênito, Cristóvão da Costa (ou Cristóvão da Costa Doria), nascido em 1560 e tronco do ramo Moreira da Costa Doria, e sua filha, Francisca de Sá, nascida em 1563 e casada com o algarvio Francisco de Abreu da Costa. De Francisca de Sá descendem os ramos Vaz da Costa e Sá Doria.
Vaz da Costa e Sá Doria
O personagem mais importante deste ramo é Antonio de Sá Doria, nascido em c. 1590 e morto no início de 1663. Riquíssimo, talvez o mais rico dos moradores de Salvador a seu tempo, teve engenhos em Itaparica, um deles com 40 escravos. Morrendo sem herdeiros legítimos, deixou seus bens para a Misericórdia local.
Seu sobrinho, Fernão Vaz da Costa, terceiro do nome, casa-se em 1648 com a irmã do padre Antonio Vieira, D. Inácia de Azevedo, e recebe, no casamento, como dote, o ofício do sogro, Cristóvão Vieira Ravasco, tornando-se escrivão dos agravos e apelações cíveis da Bahia. Seus descendentes são os únicos parentes conhecidos, hoje, de Vieira.
Uma tragédia semilendária
Por volta de 1650 nasce-lhes o filho primogênito, Francisco de Abreu da Costa, quarto do nome, sargento-mor, senhor de engenhos em Itaparica. Casa-se com D. Ana de Meneses e Castro, de uma família que mesclava origens na alta nobreza com o sangue de cristãos novos abastados. Segundo o cronista Frei Jaboatão, mas sem evidência documental, teria assassinado a mulher, e, condenado a ser degolado, matou-se na prisão em 1699, sendo executado em efígie, isto é, dele fizeram uma estátua e cortaram a garganta da estátua, para que se cumprisse a sentença.
A sua descendência está na família Carneiro da Rocha, de comerciantes e juristas.
Moreira da Costa Doria
Cristóvão da Costa Doria, nascido em 1560 e falecido depois de 1606, casa-se com D. Maria de Meneses, da família Moniz Barreto de Meneses. De sua filha primogênita, D. Antonia de Meneses, nascida em 1606, vem a família Costa Doria de hoje. Casa-se Antonia de Meneses, c. 1630, com Antonio Moreira de Gamboa, filho de Martim Afonso Moreira, um dos primeiros povoadores de Salvador, onde chegou em 1567 e onde foi o proprietário original das terras hoje pertencentes às igrejas franciscanas no centro histórico da capital baiana.A primeira geração dessa gente mostra-os como proprietários abastados, que participam da vida cívica da cidade do Salvador. O primogênito, nascido em 1632, é Martim Afonso de Mendonça, fidalgo da casa real, irmão da Misericórdia (1672) e senhor de engenhos no (atual distrito de Mataripe, no município de São Francisco do Conde), ao fundo do Recôncavo. Dois irmãos foram vereadores em Salvador: Antonio Moreira de Meneses e Manuel Teles de Meneses.
O assassinato do alcaide-mor Francisco Teles de Meneses
Em 1682, Antonio de Brito de Castro assassina o alcaide-mor de Salvador, Francisco Teles de Menezes, correligionário do governador Alexandre de Sousa de Menezes, dito Braço de Prata. Os Moreira da Costa Doria tomam o partido do governador, enquanto que os Vaz da Costa e Sá Doria, aparentados a Vieira, associam-se ao partido de Brito de Castro, assim se opondo em duas facções políticas os dois ramos da família.
Século XVIII
No século XVIII a família sofre um declínio. O primogênito do terceiro casamento de Martim Afonso de Mendonça, Cristóvão da Costa Doria, terceiro do nome Cristóvão, fixa-se em Itapicuru (BA), onde deixa descendência. O caçula, Gonçalo Barbosa de Mendonça, capitão de milícias e proprietário no Socorro, tem por filho a Cristóvão da Costa Barbosa, quarto do nome Cristóvão nessa linha, que se casa com uma prima, D. Antonia Luiza de Vasconcellos Doria. Dois de seus filhos, José da Costa Doria e Manuel Joaquim da Costa Doria revivem o sobrenome original da família e casam-se com duas primas, descendentes da linha Vaz da Costa e aparentadas a Antonio Vieira. Destes provêm os Costa Doria de hoje.
Membros da família: séculos XIX, XX e presenteForam os seguintes os membros de destaque da família Costa Doria a partir do século XIX:
Antonio Moitinho Doria, n. Estância, SE, em 1874 e † no Rio em 1950. Filho de Diocleciano da Costa Doria, formou-se em direito no Rio em 1894. Membro do Instituto dos Advogados do Brasil, um dos fundadores da Ordem dos Advogados do Brasil, foi quem organizou, para o Brasil, o Código Brasileiro do Ar, primeiro marco regulador do transporte aéreo no país.
Diocleciano da Costa Doria (1841-1920), n. Itapicuru (BA), filho de José da Costa Doria e de sua mulher e prima Helena Mendes de Vasconcelos, e neto de Manuel Joaquim da Costa Doria e da prima Teresa Sebastiana Doria. Formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia. Foi deputado provincial pelos liberais em Sergipe (1879), diretor-geral de saúde e higiene públicas (Santa Catarina, 1880) e, em seguida, radicou-se no Rio, onde praticou como médico e onde faleceu.
Ernesto da Luz Pinto Doria, (1930-2017), advogado, juiz do trabalho, tendo chegado aos tribunais superiores. Filho de Renato da Costa Doria e de Sarita da Luz Pinto; neto de Alfredo da Costa Doria, bisneto de Olavo da Costa Doria, que era, por sua vez, neto de Manuel Joaquim da Costa Doria. Em 2007, a Operação Furacão levou às manchetes quatro juízes acusados de vender sentenças e beneficiar bicheiros cariocas, sendo um deles justamente o Dr. Ernesto Doria.
Gustavo Alberto Accioli Doria (1910-1979), n. e m. no Rio de Janeiro, jornalista e teatrólogo. Filho de Raul Moitinho da Costa Doria e de Inesilla Accioli de Vasconcellos, e neto de Diocleciano da Costa Doria e de Dária Moutinho. Foi um dos iniciadores do teatro brasileiro do século XX. Crítico de teatro de O Globo, de 1948 a 1959, escreveu Moderno Teatro Brasileiro: Crônica de suas Raízes (Rio de Janeiro, 1975).
João Agripino da Costa Doria (1854-1902), n. e m. em Salvador. Filho de Antonio Joaquim da Costa Doria e de Eleutéria Sofia de Menezes, senhores de engenho, e neto de Manuel Joaquim da Costa Doria, formou-se em medicina na Faculdade de Medicina da Bahia, onde foi professor catedrático de patologia cirúrgica em 1898. Foi, de 1891 a 1895, vereador em Salvador, chegando a exercer brevemente, no período, a prefeitura da capital.
João Agripino da Costa Doria Neto (1919-2000), n. em Salvador, publicitário, foi deputado federal pelo PDC de 1962 a 1964, quando teve os direitos políticos cassados pelo regime militar. Exilado na Europa, obteve o grau de PhD em psicologia pela Universidade de Sussex. Foi um dos pioneiros da propaganda brasileira, junto com Cícero Leuenroth, e fundou a Doria Associados e Propaganda.
João Doria (João Agripino da Costa Doria Junior), n. em 1957 em São Paulo, publicitário e empresário, secretário de Turismo da Prefeitura de São Paulo entre 1982 e 1984, durante a gestão de Mário Covas[2], presidiu a Embratur no governo José Sarney, prefeito de São Paulo entre 2016 e 2018, eleito governador do estado de São Paulo em 2018.
Jorge Moitinho Doria (Jorge Augusto de Azevedo Moitinho Doria), filho dos primos José de Azevedo Doria e Julita Moitinho Doria, esta irmã de Antonio Moitinho Doria, n. em 1900 no Rio de Janeiro e lá também falecido em 1971. Médico formado pela Faculdade de Medicina do Rio, membro da Academia Nacional de Medicina e diretor da Fábrica Bangu.José Carlos Aleluia, n. 1947, engenheiro, deputado federal pelo PFL (depois DEM), filho do coronel Nivaldo José da Costa, é tetraneto de José da Costa Doria e de Helena Mendes de Vasconcellos, citados acima.
Leonel Silva (da Costa Doria) (Cachoeira, Bahia, 1916 - São Paulo, 2013) foi advogado, pastor e comendador por São Paulo.
MMM Roberto, Marcelo, Milton e Maurício Roberto Doria Baptista, filhos de Roberto Otto Baptista e de Turíbia Moitinho Doria, foram arquitetos que participaram do movimento modernista na arquitetura no Brasil.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (1): 29/03/1549 - Tome de Sousa, jesuítas e cerca de 400 degredados chegam ao Brasil EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.