Família de artista quer ajuda para publicar pesquisa inédita
15 de janeiro de 2005, sábado Atualizado em 15/11/2025 21:35:07
HISTÓRIAS E LENDAS DE S. VICENTEUruguaio pintou a história vicentinaCarlos Fabra nasceu no Uruguai e morreu em Praia Grande, sem que os conterrâneos lembrassem ter sido ele o autor dos principais quadros evocativos de cenas da história de São Vicente. O assunto foi tratado em 15 de janeiro de 2005, nesta matéria do jornal santista A Tribuna:Maria Auxiliadora não se conforma com o esquecimentoa que o marido foi relegado ainda em vidaFoto: Adalberto Marques, publicada com a matériaHISTÓRIAFamília de artista quer ajuda para publicar pesquisa inéditaFabra pintou a história da fundação de São VicentePedro CunhaDa SucursalEsquecido em uma casa na periferia de Praia Grande, Carlos Fabra, autor da maior sequência de pinturas sobre a história da Fundação da Vila de São Vicente, faleceu no dia 10 de junho do ano passado, aos 67 anos. Desde então, a família do artista uruguaio tenta publicar um livro inédito, sobre o primeiro século da Cellula Mater, por dois motivos imperativos: valorizar a memória do pesquisador, e sair da miséria.Com mais de 500 páginas, o material é fruto de um amplo estudo realizado por Fabra nos dois últimos anos de vida, quando um câncer no estômago já o consumia dia após dia. Antes de morrer, o pesquisador revelou à família que o livro precisava ser publicado, pois seria revelador."Não tenho condição de guardar adequadamente este material em casa e temo que a pesquisa acabe se perdendo com o tempo. O livro está pronto e só precisa de uma revisão", lamenta a esposa do artista, Maria Auxiliadora Fabra, que mora com os dois filhos em Ribeirópolis, próximo à Curva do S, em Praia Grande.Na introdução da pesquisa, Fabra esclarece que o livro reúne informações de diversos estudos sobre São Vicente, já publicados, mas que permanecem fragmentados. O conhecimento do artista sobre a Cidade é mais do que notório.Além de ter pintado uma série de 37 quadros retratando a formação da Primeira Vila, batizada de Memorial da História Vicentina, Fabra participou de importantes publicações sobre São Vicente. Dentre elas, destacam-se a Poliantéia, com informações sobre o Município e o trabalho Gohayó, inicialmente encartado em A Tribuna e, em seguida, reunido em forma de livro.Maremoto - Após acompanhar uma morte silenciosa e sem nenhum reconhecimento público - só um político teria comparecido ao enterro -, a família do artista ficou revoltada ao ver os quadros de Fabra expostos em rede nacional nos últimos dois domingos, quando o programa Fantástico, da Rede Globo, utilizou uma de suas pinturas para contar a história do maremoto que destruiu a primeira vila."Quando vi o quadro no Fantástico, fiquei feliz ao perceber que o trabalho de meu pai é importante. Mas, ao mesmo tempo, não consigo entender porque esqueceram dele antes e depois da morte", diz o filho mais velho, Ricardo, de 18 anos.Mesmo sem ter assistido ao programa, a irmã, Michele, de 17 anos, concorda com a injustiça sofrida pelo seu genitor. "Fabra nasceu no Uruguai, mas amava São Vicente. E o povo vicentino também o amava, pois sempre mostrou-se solidário, nos momentos de necessidade que passou. Espero que este reconhecimento ainda exista", ressalta Maria Auxiliadora, recordando o episódio em que o marido decidiu colocar o Memorial da História Vicentina, a série de quadros, à venda para chamar a atenção da sociedade.De acordo com ela, em fevereiro de 2001, Fabra percebeu que estava com sérios problemas de saúde e ficou preocupado com o futuro da família. "Por uma questão política, ele perdeu o emprego na Secretaria de Cultura e nós estávamos com muitas dificuldades financeiras. Por isso, resolveu anunciar que venderia os quadros".Município adquiriu as obrasAo saber da disposição de Carlos Fabra de vender o Memorial da História Vicentina, a série de quadros, o prefeito Márcio França adquiriu a obra histórica para o Município, por cerca de R$ 30 mil, por meio de uma parceria com um empresário. "Com o dinheiro, compramos esta casa e guardamos o restante, para nos mantermos. Mas logo os problemas voltaram".Enquanto as pinturas de Fabra ganharam destaque no Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente (IHGSV), seu autor caminhou para uma situação cada vez mais grave. "Bastante doente, ele não tinha sequer uma alimentação adequada. Até para transportá-lo para o hospital, nos momentos de crise, foi complicado. Para piorar, não conseguimos um lugar para fazer a quimioterapia", conta Maria.Ela faz questão de salientar que o presidente do IHGSV, Fernando Martins Lichti, foi uma das poucas pessoas que ajudaram o marido até o último instante, abrindo espaço para Fabra ensinar história e arte no instituto. "Ele formou uma geração de pintores, escultores e pesquisadores".Com orgulho, Maria mostra a Medalha de Grande Mérito Cultural que Fabra recebeu do IHGSV, um mês antes de falecer. Na residência, ela ainda guarda algumas pinturas e esculturas do marido, incluindo o único quadro que ele fez sobre Praia Grande, em 1995, mostrando a pesca de arrastão com parelha de bois."Não recebe nenhuma pensão. Como ele era uruguaio, teve problemas para reunir a documentação e não conseguiu se aposentar. Estamos desamparados", diz. Se alguém estiver interessado em conhecer o material escrito por Fabra, pode entrar em contato pelo telefone 3477-2885. O Memorial da História Vicentina pode ser visto no IHGSV, que fica na Rua Frei Gaspar, 280, no Centro de São Vicente.https://www.novomilenio.inf.br/sv/svh041.htm
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.