4 de novembro de 2025, terça-feira Atualizado em 04/11/2025 01:32:34
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A Xikrin do Cateté (ou Terra Indígena Xikrin do Rio Cateté[2]) é uma terra indígena (TI) de 439 mil hectares,[3][4][5][6][7][1][8] localizada no estado brasileiro do Pará,[3][6][7] onde vivem 1 737 pessoas de cinco etnias,[3][5] e também comunidades quilombolas.[9] A TI foi homologada no CRI e na Secretaria de Patrimônio da União (SPU) em 1991.[8][3]Em 2007, os povos tradicionais, incluindo os indígenas, foram reconhecidas pelo Governo do Brasil, através da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT),[10][11][12][13][14] por terem o modo de vida ligado aos recursos naturais e ao meio ambiente de forma harmônica e o uso comunitário da terra.[10][15] Reafirmando aos indígenas o direito a sua terra tradicional e a proteção do governo do Brasil.[16] Assim a Fundação Nacional dos Povos Indígenas atua nesta TI através da Coordenação Regional "Juruá" e do Distrito Sanitário Especial Indígena "Alto Rio Juruá".[3]HistóriaEm 1977, a área Xikrin do Rio Cateté foi declarada Terra Indígena (área de ocupação tradicional e permanente indígena),[5] sendo homologada em dezembro de 1991 no decreto 384.[5][7][8][3]
A história da empresa Vale na região amazônida e com a TI Xikrin do Cateté está ligada à descoberta de jazidas na região de Carajás, pelo geólogo Breno Augusto dos Santos em 1967 durante sobrevoos. Os Xikrin e outros povos indígenas em mais seis unidades de conservação na região sudeste paraense foram beneficiados através do convênio entre a Vale e a Funai imposta pelo Banco Mundial para à concessão de financiamento do Projeto Carajás na década de 1980.[5] Esta parceria forma 1,2 milhão de hectares de floresta conservada.[5]
Entre os projetos da Vale na TI Xikrin do Cateté, está o resgate da memória e da cultura indígena chamado Projeto Memória Xikrin do Cateté, que já virou dois livros e o lançamento de um site sobre a história da etnia, com coleção de fotos, desenhos e, mídia sonora com os cantos e rituais registrados pelas antropólogas Lux Vidal e Isabelle Vidal Giannini durante 30 anos, sendo doados à Universidade de São Paulo.[5]
Em 1989, na TI teve o projeto de manejo Kaben Djuoi, dos Xikrin do Cateté, buscando acabar com as desvantajosas negociações ilegais entre Kayapó e madeireiros sem responsabilidade ecológica e social.[5] Querendo ser referência para as políticas públicas indigenistas.[5] O plano de manejo inicia por volta de 1989 no período que os madeireiros entram na área Xikrin do Cateté e também ocorre a paralisação do convênio entre os índios e a empresa CVRD (Vale) .[5] Assim que os primeiros contratos sustentáveis com as madeireiras foram assinados, a antropóloga pesquisadora da área na época, Isabelle Giannini, iniciou a conversa com os indígenas para ter uma alternativa para o situação naquele ano.[5]
As questões econômicas relacionadas à madeira era uma preocupação dos indígenas, mas a equipe técnica também discutiu sobre a dimensão ecológica desta exploração e também sobre outras formas de exploração, como: castanha, óleo de babaçu, palmito de açaí.[5] Mas a adesão dos Xikrin ao projeto ocorreu lentamente.[5] No início do plano de manejo a equipe do "Centro Ecumênico de Documentação e Informação" (CEDI) começou os inventários, mas ainda havia madeireiro ilegal na área.[5] Saindo totalmente em 1993, formando um período de oito anos de exploração ilegal.[5]
Os Xikrin adotaram totalmente o projeto por volta de 1996, perceberam o prestígio que poderia causar junto a outras comunidades kayapó, pois consideraram um ótimo modelo de exemplo.[5]
De acordo com o Instituto Socioambiental (ISA), foi intensa a presença e as decisões dos Xikrin durante o projeto, através da "Associação Indígena Bep-Noi de Defesa do Povo Xikrin do Cateté" (ABN) que acompanhou as etapas de tramitação burocrática/administrativas do Plano de Manejo, entendendo os procedimentos técnicos para implementa-lo nas oficinas de formação na Vale na década de 1990, onde os indígenas puderam interferem no projeto.[5] Participaram dos inventários florestais, do zoneamento das áreas de subsistência, do censo da madeira, da busca de financiamento, das atividades extrativistas.[5] A associação indígena também fazia parte das ações jurídico-administrativamente do projeto. Onde um dos objetivos do Projeto de Manejo era a capacitação técnico-administrativa dos indígenas para que a associação seja autônoma e gerenciada apenas por Xikrin.[5]
Foi estabelecido que 10% dos 439 mil hectares da reserva eram destinados ao manejo da exploração madeireira.[5] Seguido de um macrozoneamento ecológico no período de 1993 à 1997, baseado nos critérios de proteção e plantio, dividindo a área em cinco zonas específicas de proteção: áreas de difícil acesso sem extração de produtos florestais; áreas de plantios de reabilitação das espécies com problemas de regeneração; áreas de subsistência onde a floresta é mantida mas ocorre a extração tradicional dos produtos; área designada à exploração comercial especialmente da madeira, com atividades de subsistência comunitária; áreas na periferia das florestas altas usadas para agricultura de subsistência.[5]
Em agosto de 2024, as lideranças da TI Xikrin e Funai discutiram um Plano Ambiental, na 3ª Reunião anual de avaliação e planejamento do Componente Indígena do Plano Básico Ambiental (PBA-CI Xikrin Cateté).[17] Sobre o empreendimento Mineração Onça Puma da empresa Vale e sobre o licenciamento Plano Básico Ambiental.[17]
Características Esta TI é formada por três aldeias: a primeira é a Kateté,[8][18] com maior população;[18] a segunda é a Dju-djekô,[8] criada a partir da divisão na aldeia maior devido a dinâmica da mineração com distante de 20km;[18] e a terceira é a Ô-odjã,[8] a última a ser constituída devido separação no início do século XXI, possui menor população e está localizada às margens do rio Itacaúnas, com distante de 60km da aldeia maior.[18] Mesmo estas estando na mesma TI e sendo do mesmo povo, as aldeias possuem organização sócio-política autônomas.[18]
Em 439 mil hectares vivem 1 737 pessoas das seguintes etnias: Guarani, Guarani-Mbya (língua guarani), Mebengôkre (Kayapó),[3] Xikrin-Mebengôkre/ Xikrin-Kayapó (língua kayapó), e[8][3] também os Isolados do Cateté (IBGE 2022).[3][19]
Distribuição municipal A Xirkin do rio Cateté está situado em três municípios do estado do Pará (próxima ao núcleo de Carajás[4]):[6][3]
Município Área municípal (ha) TI no município (ha)Água Azul do Norte 711 395,50 157 705,22 (35,91%)Marabá 1 512 805,80 14 498,58 (3,30%)Parauapebas 688 620,80 266 191,64 (60,61%)Situada na região sudeste do estado do Pará, sob jurisdição municipal de Parauapebas.[2][4][7] Possui fronteira com as unidades de conservação da Floresta Nacional do Itacaiúnas, Floresta Nacional do Tapirapé Aquiri e Floresta Nacional de Carajás.[18]
Bioma Esta TI está localizada na bacia hidrográfica do rio Tocantins e faz parte do bioma Amazônico.[3] Uma região de transição entre floresta tropical e cerrado no sudeste paraense,[20] composto na maioria pela vegetação de ombrófila aberta (79,79%, clima mais seco de 2 a 4 meses por ano), com uma pequena parte de ombrófila densa (20,21%).[3]OrganizaçõesNesta área atuam três organizações:[3]Missão Central do Brasil (MICEB);Associação Indígena Kàkàrekre de Defesa do Povo Xikrin do Djudjekoe (KAKAREKRE);Associação Indígena Porekrô de Defesa do Povo Xikrin do CatetéAmeaçasA Terra Indígena Xikrin do Cateté está localizada no Arco do Desmatamento"[20] (concentra 80% da atividade[21]) e de acordo com o "Projeto Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite" (PRODES) do "Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais" (INPE) sofreu desmatamento de 7 167 hectares até 2023.[3] E ainda enfrenta a falta de cumprimento dos direitos das comunidades indígenas e quilombolas que ali vivem, incluindo o direito a todo o território de suas TI. Os Xikrin desta TI também enfrentam insegurança hídrica e alimentar, pois os rios Cateté e Itacaiúnas estão poluídos por metais pesados (chumbo, cádmio, ferro, cobre, cromo, manganês e, níquel), com evidências de contaminação na água e no lodo.[9][22] Pois as atividades de mineração ocorrem desde a década de 1970 afetando também a organização sócio-política local.
A região sul paraense é uma das áreas mais devastadas da Amazônia brasileira.[20] Os grandes desmatamentos nas TI foram feitos por explorações/invasões de pessoas não-indígenas antes das demarcações (NEPSTAD 2006).[21] Apesar das TI contribuírem para diminuir o desmatamento no Arco do Desmatamento[20][21][23] (de agosto de 2016 e julho de 2017 concentraram 2%[23]), outro problema afeta a região, as queimadas, que de acordo com o INPE, de julho à setembro de 2024 os focos de incêndio no bioma Amazônia chegaram a 69 111,[24] o maior índice desde 2007 impulsionado por garimpo e seca.[25] Nas Unidades de Conservação foram mais de 10 mil focos detectados, a maior em quase duas décadas, onde a TI Kayapó foi a área que mais queimou entre as terras indígenas (2 213 ou 27,1% dos focos na Amazônia), seguindo pelas TI Capoto Jarina (606 focos) e Sararé (342) no Mato Grosso, e Munduruku (496) e Xikrin do Cateté (326) no Pará.[24] Entre todas as 387 TI do bioma, 171 registraram fogo entre julho e setembro.[24]
Apesar da presença de unidades de conservação ao redor da TI, a região também é envolvida por agropecuários, que afetam a vegetação.[18] Como na entrada da TI observa-se o contraste entre pasto e densa floresta, com muitas espécies, principalmente as centenárias castanheiras.[18] Em estudos recentes, um inventário em uma área de 1 250 hectares nesta TI, foram registrados 5 425 indivíduos de 136 espécies vegetais.[26] Onze espécies se destacaram em importância: a jurema-preta (Mimosa caesalpiniaefolia) é a mais abundante, seguida pela castanheira (Bertholletia excelsa), o caucho (Sapium sp.) e o breu (Protium sp.). Essas espécies representam 69% dos indivíduos da área.[26]
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.