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Atos de Tomé
    2021
    Atualizado em 06/10/2025 18:00:28

    


A narrativa da jovem que foi morta por um rapaz e sua viagem aos abismos retoma motivos religiosos e literários tradicionais; em especial, as jornadas ao mundo inferior, que jáhaviam assumido formas literárias há muito tempo.A segunda parte do livro (At Tm 82-158) é localizadana corte do rei Misdeu e apresenta uma composição maisintegrada. Ela é interrompida apenas pelo Hino da Pérola(At Tm 108-113) e está ligada à primeira parte pela presençade Sifor, o chefe do exército do rei Misdeu. A tensão dramática desta parte do livro se intensifica na medida em que amensagem anunciada pelo apóstolo é aceita pelas esposasde Carísio e Misdeu, Migdônia e Tércia, duas mulheres daclasse alta, resultando na ruptura do casamento e dos costumes sociais, para a consternação de seus maridos poderosos.A esposa de Misdeu, seu filho, sua nora e o chefe do exércitotornam-se leais e obedientes ao apóstolo estrangeiro, e nãomais ao rei. Tomé é encarcerado, mas não está confinadopela autoridade terrestre. Essa tensão é resolvida somentecom o martírio do apóstolo (At Tm 159-171).Além do relato do martírio de Tomé, os treze Atos quecompõem o livro são os seguintes:Primeiro Ato (1-16): Tomé, destinado a pregar na Índia,nega-se a cumprir a sua missão. Jesus se manifesta a ele e ovende ao mercador Abão, enviado pelo rei da Índia, Gundafor.A caminho da Índia, Abão e Tomé chegam a uma cidade ondeera celebrado o casamento da filha do rei. Após a pregação deTomé, o noivo e a noiva decidem viver em castidade.Segundo Ato (17-29): Ao chegar à Índia, o rei Gundaforpede a Tomé para construir um palácio. Tomé distribui o dinheiro que o rei lhe dera para a construção do palácio aospobres e necessitados. O rei, ao saber disso e crendo-se enganado, planeja a morte de Tomé. Gad, irmão do rei, morre ecomprova que o rei tinha um palácio no céu, construído pelo apóstolo. Gad volta à terra e pede para comprar o paláciodo seu irmão. Gad e Gundafor se convertem, são batizados eparticipam da Eucaristia.Terceiro Ato (30-38): Tomé encontra o corpo de um jovem morto por uma serpente. A serpente conta a Tomé quese apaixonara por uma mulher bonita, que era beijada pelojovem e tinha relações sexuais com ele. A serpente mata o jovem, mas Tomé a obriga a sugar o veneno do corpo do jovemfalecido. O jovem ressuscita e a serpente explode.Quarto Ato (39-41): Enquanto Tomé ia pelo caminho,um jumentinho se aproxima dele e diz: “Fui agora enviadopara que possas descansar, assentando-se sobre mim”. Aochegar à entrada da cidade, o apóstolo desce do jumentinho,e este morre.Quinto Ato (42-50): Um demônio morava numa mulhere não queria deixá-la. Contra a vontade da mulher, o demônio abusava sexualmente dela com frequência. A mulherpede socorro ao apóstolo, que a liberta do demônio e lhe administra o batismo e a Eucaristia.Sexto Ato (51-61): Um rapaz mata uma jovem, mas, aoparticipar da Eucaristia, tem as suas mãos paralisadas. O rapazconta ao apóstolo que matara a jovem porque ela não queriacompartilhar com ele a vida de castidade que ele anunciava.Tomé o repreende, cura e faz com que ele ressuscite a jovem.A jovem ressuscitada conta o que viu nos abismos.Sétimo Ato (62-67): Tomé anunciava o Evangelho naÍndia, e Sifor, o chefe do exército do rei Misdeu, se aproxima de Tomé e lhe suplica que cure sua esposa e filha, poisambas eram atormentadas por demônios. O apóstolo acompanha o chefe do exército.Oitavo Ato (68-81): A caminho da cidade, os animais docarro de Sifor ficam cansados. Tomé pede a Sifor que chame [p. 7, 8]

quatro asnos selvagens de um grupo que pastava no campoe os atrela ao carro. Ao chegarem à cidade, o apóstolo manda um dos asnos selvagens discutir com os demônios queatormentavam as mulheres. Após o debate do asno selvagem com os demônios, Tomé cura as mulheres e despede osasnos selvagens.Nono Ato (82-118): Migdônia, a esposa de Carísio, parente do rei Misdeu, ouve a pregação de Tomé e se convertea uma vida de santidade. Ela se nega a ter relações sexuaiscom seu esposo, provocando a sua ira. Carísio se queixa aorei, Tomé é preso, mas Migdônia não recua da sua decisão.Na prisão, Tomé canta o Hino da Pérola.Décimo Ato (119-133): Tomé deixa a prisão para batizarMigdônia. Rito batismal e celebração da Eucaristia. Debate de Carísio e Misdeu com Migdônia e Tomé. O rei pede aTomé que convença Migdônia a voltar para o seu marido.Décimo primeiro Ato (134-138): Misdeu recorre à sua esposa Tércia para convencer Migdônia a voltar para o seu marido. Tércia ouve a pregação do apóstolo, convertendo-se também à castidade, com a consequente desolação do seu marido.Décimo segundo Ato (139-149): Antes do julgamento,Vazan, filho do rei, quer libertar o apóstolo, preso e submetido ao julgamento. Na companhia da família de Sifor, ele ouvea pregação de Tomé. Vazan se converte, e Tomé é condenado.Décimo terceiro Ato (150-158): Na prisão, Vazan diz aTomé que era casado, mas era um casamento de total castidade com sua esposa Mnesara. Novos milagres ocorrem, asportas da prisão são abertas, Tomé e seus amigos vão à casade Vazan, e Mnesara é curada milagrosamente. Celebraçãoda Eucaristia após o batismo de Vazan, Mnesara e Tércia.Relato do martírio (159-171): Judas Tomé retorna paraa prisão. Os guardas se queixam ao rei do perigo de manter [p. 9]no céu (At Tm 20). Ele intervém no casamento da princesa eimpede que o jovem casal consume a sua união. O rei, indignado, o expulsa da cidade, porque ele frustra a consumaçãodo casamento da sua filha (At Tm 16). A sua mensagem de ascetismo é aceita pelas esposas de Carísio e Misdeu, Migdôniae Tércia, duas mulheres da classe alta, resultando na rupturado casamento e dos costumes sociais, para a consternação deseus maridos poderosos. A esposa de Misdeu, seu filho, suanora e o chefe do exército tornam-se leais e obedientes aoapóstolo estrangeiro. Carísio e Misdeu, os maridos rejeitados,perseguem as mulheres convertidas, cujo amor por Tomé epelo Deus que ele anuncia subverte a ordem social e dá lugara uma nova “família”.Tomé fala com ousadia e adverte os reis e suas famíliassobre a natureza fugaz de seu poder: “Glorias-te em riquezas,escravos, roupas, luxo e uniões impuras, mas eu me glorio napobreza, no amor à sabedoria, na humildade, no jejum e oração, na comunhão com o Espírito Santo e na conversa commeus irmãos que são dignos de Deus” (At Tm 139). A autoridade do rei e de seus deuses é substituída pela autoridade doapóstolo e do seu Deus. Sua simplicidade e ascetismo contrastam com a complexidade e decadência do rei e da sua família.A narrativa aponta dois grupos opostos de relações sociais: orei e sua corte, o apóstolo e a comunidade cristã. A hierarquiados governantes terrenos que negam Cristo é subvertida, e suacegueira contrasta com a percepção até mesmo dos animais decarga, que reconhecem o senhorio de Cristo (At Tm 39; 74).Liturgia em Atos de ToméDa ruptura provocada pela conversão das pessoas, surge a criação de novas comunidades, cujos membros orampela revelação de mistérios divinos. Juntos, eles cantam ecompartilham refeições que antecipam o banquete celestial.





OII!

Relacionamentos
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Registros mencionados

2020ID: 32015
Rei Gunduphara provavelmente começou a reinar
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