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Estrela de David em Sorocaba - por Israel Blajberg - artejudaicasaopaulo.blogspot.com
    3 de setembro de 2025, quarta-feira
    Atualizado em 04/10/2025 01:06:39

  
  
  


A divulgação de dados, informações, memórias e histórias sobre as comunidades judaicas e suas sinagogas, tanto da cidade de São Paulo como do interior paulista permanece. Neste sentido compartilho também textos relacionados ao assunto, desde que autorizados pelos autores.

No final de 2020, sr. Israel Blajberg encaminhou um e-mail contando:

Sou carioca da gema, 75 anos, e nas minhas viagens sempre procuro conhecer as sinagogas e demais locais judaicos. De São Paulo, tenho uma recordação de Sorocaba, que envio ao final. Depois que estive em Sorocaba, li em algum lugar que os judeus oriundos de lá estavam promovendo alguma atividade.

Gostaria de saber se conhece alguma família judaica de Poços de Caldas dos anos 1970. Estive lá com meus pais, e ele tinha amigos que moravam lá. Ou talvez fossem Landsman, ou parentes. Na época não dei muita importância, de modo que esqueci tudo, mas gostaria de recordar essa passagem...essa família de poços tinha uma fábrica de doces. São vagas recordações perdidas em algum canto da memória...Muito grato, e parabéns pelo seu trabalho maravilhoso, gostei muito...


Sr. Israel autorizou compartilhar o texto sobre Sorocaba...Assim, segue o texto:

Estrela de David em Sorocaba

Israel Blajberg

“Em nossas viagens, seja para Nova Iorque ou Pelotas, Buenos Aires ou Macapá, e tantas outras, sempre procuramos reservar um espaço para visitar locais judaicos. Em Sorocaba não foi diferente. Ainda que não tivesse sido localizado nenhum contato, pudemos descobrir que Sorocaba também tem um passado judaico importante. Quem percorre o calçadão do centro de Sorocaba depara-se com um pequeno prédio, portas e janelas fechadas, paredes pichadas.

Seria igual a tantos outros, não fosse um detalhe que logo identifica tratar-se de algo judaico. No alto, uma estrela de 6 pontas ainda se destaca com sua pintura azul, resistindo ao tempo com a palavra Zion escrita em caracteres hebraicos. O azul da estrela destoa do estado geral de penúria, teimando em não esmaecer, não se deixar apagar, mantendo ainda suave tonalidade, como que a querer marcar aquele local com a santidade do seu simbolismo.

Era um final de tarde de sexta-feira, quando aproveitamos alguns momentos livres para localizar a antiga sede da SIBS - Sociedade Israelita Brasileira de Sorocaba.

Por ser uma pequena rua lateral, este trecho do calçadão não é muito movimentado. Diante do prédio, detenho-me e procuro imaginar como poderiam ter sido alguns momentos assim há cinquenta, sessenta anos atras. Sorocaba teria talvez uma centena de famílias judaicas.

Algumas lojas do calçadão talvez estivessem baixando as portas um pouco mais cedo, face aos preparativos para o Cabalat Shabat. As portas da casa estariam abertas, as paredes pintadas, e quem passasse pela rua talvez se surpreendesse com um movimento diferente, de pessoas em suas melhores roupas, mulheres de chale, homens de kipá, talvez pudessem até entreouvir cânticos vindos do interior daquela casa.

Mas logo desperto das minhas divagações, caindo na realidade. Como tantas outras no Brasil, Sorocaba já não possui mais uma comunidade judaica minimamente organizada. Assim parece ser a tendencia em pequenas cidades. O judaísmo no nosso modelo prevalente, nas últimas décadas tendeu a se concentrar em alguns polos, com certas exceções. Não é a teia pulverizada de shtetales (cidadezinhas) que existiu em países da Europa Oriental, e hoje ainda se verifica, com outras características, nos EUA.

Entretanto, existe uma memória judaica relevante, e que ainda se manifesta fortemente em Sorocaba.

Estamos falando de Luiz Matheus Maylasky, judeu hungaro, fundador e construtor da EFS - Estrada de Ferro Sorocabana, que veio a receber de Portugal o título nobiliárquico de Visconde de Sapucahy, conforme nos ensinou em suas obras o saudoso casal de historiadores dos judeus do Brasil, Egon Wolff (1910-1981) e Frieda Wolff (1912-2008).

Não muito distante da sede da SIBS no calçadão, diante do Museu da EFS, uma estátua de Maylasky o representa ao lado de um trabalhador que empunha uma picareta.

Olhar firme, pergaminho na mão, o braço levantado aponta para a frente como que indicando o caminho a seguir para construir a ferrovia, que presidiu de 1870 a 1875, passando depois o controle para o grupo inglês de Percyval Farhquar, o lendário construtor da Madeira-Mamoré, e que anos depois foi encampado pela FEPASA, hoje subsistindo o transporte de carga pela ALL.

Há mais de 30 anos o trem de passageiros já não adentra mais a bela estação de Sorocaba, menor, mas no mesmo estilo da Julio Prestes em São Paulo, próximo ao Bom Retiro.

O Museu abriga entre tantas peças da ferrovia, diversos objetos pessoais de Maylasky, destacando-se o florete que a ele pertenceu, na qualidade de oficial do Exército Imperial austro-húngaro. Os judeus formavam em grandes números naquelas tropas, como se pode avaliar visitando o cemitério judaico de Vienna, onde uma seção foi especialmente dedicada aos que tombaram na 1ª. Guerra Mundial, servindo de cemitério militar com monumentos e mausoléus. Mais de 40 coronéis, generais e almirantes judeus lá estão sepultados.

Os da geração de imigrantes, que palmilharam as ruas de Sorocaba, já não estão mais aqui. Mas alguns de seus nomes ainda podem ser consultados na página da Internet da SBIS, onde verificamos uma observação esclarecedora: Atividades temporariamente encerradas. Por falta de recursos a Sibs fechou o escritório em Sorocaba.

Os judeus partiram, deixando a marca da sua contribuição, onde certamente se destaca Maylasky, ainda que provavelmente não muitos sorocabanos possam identificar sua origem. Mas podem se orgulhar muito dele.”

Vocês gostariam de ter as suas histórias, ou de suas famílias, publicadas neste Blog? Memórias relacionadas às sinagogas que frequentaram ou que ainda frequentam, ou relacionadas às comunidades judaicas a que pertencem, resgatando suas raízes? Escrevam um texto e encaminhem para myrirs@hotmail.com .

Vamos divulgar e buscar preservar nosso rico patrimônio histórico e cultural, seja ele material ou imaterial? Compartilhem lembranças, enviem fatos, fotos, documentos, lembranças. Vamos participar deste estudo que realizo, e também do levantamento arquitetônico e artístico das sinagogas, seus objetos e mobiliário, a fim de preservar, revitalizar e reutilizar estas edificações?!

Obs: As fotos foram enviadas por sr. Israel Blajberg. Para compartilhar, contatem-no e solicitem autorização...



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ME|NCIONADOS
ATUALIZAR!!!
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.