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Cap. 2- Os profissionais da construção na São Paulo imperial (engenheiros e empreiteiros)
    1997
    Atualizado em 17/11/2025 05:02:36



Cap. 2- Os profissionais da construção na São Paulo imperial (engenheiros e empreiteiros)By Eudes Camposvisibility162 Viewsdescription196 Pagesmesmo deveria ocorrer com as seções, cujos limites territoriais eram vistos agora comodemasiado extensos214. Nos últimos quinze anos da era imperial a capital paulista sofreu profundastransformações. Em estudo clássico, o professor Eurípedes Simões de Paula (1910-1977)considerou-as como tendo produzido a “segunda fundação de São Paulo”. A crescenteacumulação capitalista, propiciada pelo florescimento da economia do café, e os seusreflexos na cidade - o abrupto crescimento populacional e físico da urbe, a onda dereconstrução e expansão edilícia, a transferência de ricos fazendeiros, que aí passaram acontar com residências temporárias ou definitivas, a mudança da mentalidade das elites- ocasionaram a brusca ampliação das oportunidades de trabalho para os engenheiros. Apartir de então os empreendimentos da iniciativa privada, principalmente serviços denatureza urbana - transportes públicos, serviços de água, esgotos, luz, telefone, etc. -,não poderão absolutamente prescindir da cooperação técnica desses profissionais, emgeral de origem estrangeira: Henry Batson Joyner, 1839-1884 (Companhia Cantareira eEsgotos), Joseph Bryan (The S. Paulo Gaz Company e Companhia Cantareira e Esgotos),Fernando Dumoulin (Companhia União Telefônica do Brasil), Alberto Kuhlmann,1845-1905 (proprietário da Companhia Carros de Ferro S. Paulo a S. Amaro), etc.215. E no que se refere particularmente à arquitetura civil, temos notícia de quejá em 1873 o engenheiro militar Azevedo Marques havia sido solicitado a apresentar aplanta de um teatro para um grupo de capitalistas (Teatro Provisório Paulistano) e dirigirsua construção. O profissional fez o trabalho de graça, condição que, ao que tudo indica,se refletiu de modo negativo na obra acabada. Depois de concluída, o autor teve demandar abrir óculos no interior do edifício para facilitar o arejamento, atitude que nos fazdesconfiar de que os planos se tenham ressentido do fato de os trabalhos profissionaisnão terem sido remunerados. A precipitação na execução e o provável caráter elementardos planos devem ter provocado, sem dúvida, erros que tiveram de ser corrigidosposteriormente216. Esse mesmo engenheiro, cinco anos depois, forneceria planta para onovo Hospital da Misericórdia, que inicialmente deveria ser localizado num terreno dorecém-loteado Bairro da Bela Vista217. Por uma nota de jornal, sabemos também que um dos primeirosengenheiros-arquitetos a projetar na cidade para clientes particulares foi o alemãoHermann von Puttkammer (1842-1917), que montava em 1876 seu escritório “polymathico”, juntamente com um sócio de nome Carlos Arno-Gierth218, ocasião emque planejou e ergueu o primeiro hotel de luxo do Brasil para um rico negociante suíçoalemão radicado na Corte, de nome Frederico Glette (?-1886) 219(fig.22). No anoseguinte, solicitou à Câmara autorização para armar andaimes e depositar material nafrente da casa do Sr. Cincinato na Rua Alegre, sem dúvida o bacharel Augusto Cincinatode Almeida Lima, advogado e fazendeiro, ainda em 1873 morador em Araras220. Em 1878,Von Puttkammer anunciava um escritório “architectonico” na Capital, desta vezassociado a um engenheiro-arquiteto de origem itálica, D.C. Bianchi. Conforme apropaganda, recebiam encomendas de projetos e orçamentos de edifícios de todogênero; construíam inclusive terreiros de café:Escriptorio ArchitectonicoOs abaixo assignados abriram um escriptorio de architectura, e recebemencommendas para projetos e orçamentos de edificios de toda especie, comosejam: casas, palacetes, theatros, egrejas, etc.Executam plantas do gosto e conforme as instrucções de seus commitentes;encarregam-se de qualquer trabalho de construcção, concertos e reformas decasas, terreiros por empreitada, administração, ou por simples direcção, tantonesta cidade como no interior da provincia.Estão também habilitados a fornecer todos os materiaes de construcção porpreços rasoaveis, e a alugar operarios de edificios, a quem delles precisar.Para tratar no sobrado da fabrica de tecidos em S. Paulo. rua da Constituição,das 10 horas da manhã até as 4 da tarde.V. PuttkammerD.C. BianchiEngenheiros architectos221 O anúncio da abertura do escritório de arquitetura não deixou de ser bemrecebido pela imprensa paulistana, dada a raridade desse tipo de iniciativa. O jornal AProvincia de São Paulo (11 de abril de 1878, p. 2), por exemplo, saudou-o do seguintemodo: [p. 93, 94]

Acesso em 1º de outubro de 2009. 208-MOURA, Carlos E.M. de. O negro na formação cultural do Brasil: tentativa de nominata eiconografia. In: ARAÚJO, E. (org.). A mão afro-brasileira. São Paulo: Tenenge, 1988. p.373. 209-Ver nota n. 207. 210-Ver a esse respeito, por exemplo:SÃO PAULO (Cidade). DPH (SMC). Adequação da ordem. São Paulo: 1992 (trabalho nãopublicado). p.149 e ss. 211- RELATORIO, 4 de setembro de 1884. p.44. 212- RELATORIO, 10 de janeiro de 1885. p.102. 213- RELATORIO, 2 de setembro de 1885. p.33. 214- ANNEXO n.6 [Relatorio da Repartição de Obras Publicas], 20 de novembro de 1886. p.5. In:RELATORIO, 17 de janeiro de 1887. 215-ALMANACH da provincia de S. Paulo para o anno de bissexto de 1884. 2º anno. São Paulo: JorgeSeckler, 1883. p.247.LUNÉ e FONSECA, op.cit., p.110.RAFFARD. op. cit.,. p.25.MARTINS, op.cit., p.108.E na Diretoria Geral de Obras Públicas, a partir de 1886, encontrava-se fazendo parte do corpotécnico o engenheiro italiano Luís Bianchi Betoldi. Cf.:RELATORIO, 26 de abril de 1886, p.8.A respeito desse engenheiro, ver:SALMONI, Anita e DEBENEDETTI, Emma. Arquitetura italiana em São Paulo. São Paulo:Perspectiva, 1981. p.55. 216- THEATRO provisorio. Correio Paulistano. São Paulo, 1º de agosto de 1876. p.2. 217- MESGRAVIS. A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. p.140. 218- ENGENHEIROS. A Provincia de S. Paulo. São Paulo, 12 de janeiro de 1876, p. 2.GRANDE Hotel. Correio Paulistano. São Paulo, 1º de agosto de 1876, p.2.
Nessa última fonte o nome do sócio de Von Puttkammer aparece estropiado: C. Gurtti.Recentemente encontramos notícias sobre esse profissional, trabalhando no Rio de Janeiro entre1890 e 1905. Em 1890 pretendia construir uma ferrovia circular eletrificada nessa cidade. Em1905, erguia uma nova sede para a loja Torre Eiffel na recém-aberta Avenida Central.

Em entrevista telefônica concedida ao autor deste estudo em abril de 1993, D. Helena von Puttkammer Xavier da Silveira, neta do engenheiro Hermann von Puttkammer, revelou o pouco que lembra ter ouvido sobre o engenheiro, de sua avó, Agnes von Puttkammer. Foi estudante deescola militar e veio para o Brasil fugido de seu país por razões mal esclarecidas. Sua avó relatava, entretanto, que Puttkammer apresentava marcas pelo corpo, motivadas talvez “por algum castigo recebido por ter tomado parte num levante de estudantes”.

Pelo que afirmou Sérgio Coelho num artigo escrito para O Estado de São Paulo, e publicado em 1970, chegou aqui em 1865 acompanhando um amigo seu, Luís Mateus Maylasky, húngaro, que por sua vez imigrou quase banido “após bater-se em duelo fatal com um nobre da côrte”, o que nos faz supor que ambos tenham deixado a Europa por uma razão comum, envolvendo política e violência. Por terem sido recomendados ao superior da Ordem de São Bento, dirigiram-se à Sorocaba, onde esse monge estava residindo. Originário de uma antiga família aristocrática pomerana, em que há um ramo detentor do título de conde e outro do de barão, Puttkammer tinha uma parente casada com Príncipe de Bismarck (1815-1898). Uma prima sua, Johanna (1824-1894), irmã do homem de estado Robert Viktor von Puttkamer (1828-1900), ministro da Instrução Pública da Prússia (1879). Segundo a neta, Hermann falava sete línguas, entre elas russo, inglês e francês.

Trouxe com ele para o Brasil quatro filhos do seu primeiro casamento: Carlos, Luís (?-1963), Jorge e Carlota (?-1950). Aqui se casou novamente com Agnes, de Berlim, que lhe deu mais doisfilhos, um dos quais Wolfgang, pai de D. Helena. Os filhos do primeiro casamento não se davam com os meios-irmãos, pois “tinham o nariz empinado”. De sua vida profissional pouco se sabe:

com Maylasky, construiu a estrada de ferro Sorocabana, entre 1870 e 1875, e seu prolongamento, em 1899; projetou para um negociante suíço-alemão estabelecido na Corte, Frederico Glette, o Grande Hotel, de São Paulo (1876-1878); para esse mesmo cliente arruou os Campos Elísios(1879); pertenceu ao corpo técnico da ferrovia Rio-Clarense; em 1892 era vereador em São Carlos do Pinhal e finalizou a construção do palacete de Elias Chaves (1893-1899), nos Campos Elísios.Faleceu em Ribeirão Preto em 1917.

Além do depoimento de D. Helena, redigimos esta nota baseando-nos em dados constantes do arquivo do Instituto Martius-Staden, nas biografias de Robert von Puttkammer e de sua irmã encontradas na web e em outros documentos: ROBERT von Puttkamer. Wikipedia, the free encyclopedia Disponível em:< http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_von_Puttkamer> JOHANNA von Puttkamer. Wikipedia, the free encyclopedia Disponível em:< http://en.wikipedia.org/wiki/Johanna_von_Puttkamer> Acesso em 10 de abril de 2011. COELHO, Sérgio. Recusa fez surgir Sorocaba. O Estado de São Paulo. São Paulo, 29 de agosto de1970. p.16.SÃO PAULO (Estado). SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA. CONDEPHAAT. CAMPOSELÍSEOS, história e patrimônio. São Paulo: 1982. (Projeto Áreas Envoltórias).

219-SÃO PAULO (Cidade). INSTITUTO MARTIUS-STADEN (antigo INSTITUTO HANS STADEN).SOMMER, Friedrich. Die Deutschen in São Paulo. São Paulo:1945. V.3,P.1.p.304.(manuscrito). Vertambém necrológio do engenheiro no Correio Paulistano de 9 de dezembro de 1917,p.3. 220-SÃO PAULO (Cidade). DEPARTAMENTO DO ARQUIVO HISTÓRICO DE SÃO PAULO. ObrasParticulares-Papéis Avulsos. V.E-1-3. Solicitação de autorização para armar andaimes na frenteda casa do Dr. Cincinato. São Paulo, 30 de agosto de 1877. (ass) Hermann von Puttkammer.221 - ESCRIPTORIO architectonico. Correio Paulistano. São Paulo, 10 de abril de 1878. p.4.Não deixa de ser extremamente revelador do rápido florescimento da iniciativa privadapaulistana dos últimos anos de 1870 o anúncio da Imperial Litografia de Jules Martin publicado noCorreio Paulistano (25 de maio de 1878. p.4), em que se declarava que a oficina estava emcondições de prontificar quaisquer encomendas, entre elas, “vistas de hoteis, fabricas, etc.”.Possivelmente Martin realizava vistas arquitetônicas também por solicitação de projetistas. Sãoconhecidas, por exemplo, a vista do palácio do governo (c.1885) na sua segunda versão, compórtico, não completamente realizada (de autoria de Eusébio Stevaux), e a do Hospital dosVariolosos (1879-81), de autoria do engenheiro Gama Cochrane.Em sua oficina ficaram expostos ainda os projetos de Peyrouton para a construtora da Olaria doBom Retiro, ao que parece, litografados (Correio Paulistano, 7 de fevereiro de 1878. p.3). 222-TERRENOS. Correio Paulistano. São Paulo, 27 de fevereiro de 1878. p.3. Pesquisas recentes afirmam que Charles Peyrouton trabalhou na obra do Palácio dos Condes deNova Friburgo, no Rio de Janeiro, atual Palácio do Catete. É, porém, mais conhecido como autordo belo solar dos Barões de Itapeva em Pindamonhangaba (até alguns anos atrás sede da Capítulo 2- 129prefeitura da cidade), construção datada por volt [p. 128, 129]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
29/08/1970 - Recusa fez surgir Sorocaba - O Estado de São Paulo. São Paulo
EMERSON

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.