Qual foi a 1ª pandemia da história? Estudo resolve mistério de 1500 anos - revistagalileu.globo.com - 29/08/2025
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Qual foi a 1ª pandemia da história? Estudo resolve mistério de 1500 anos - revistagalileu.globo.com
29 de agosto de 2025, sexta-feira Atualizado em 15/09/2025 04:57:27
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Observando DNA em uma vala comum na Jordânia, pesquisadores identificaram um velho microrganismo conhecido que matou até 50 milhões de pessoasPor Arthur Almeida29/08/2025 11h55 Atualizado há uma semana
A descoberta foi liderada por equipes da Universidade do Sul da Flórida (USF) e da Universidade Atlântica da Flórida (FAU), ambas nos Estados Unidos, em colaboração com pesquisadores da Índia e da Austrália. O estudo rendeu dois artigos científicos, um deles publicado no dia 31 de julho na revista Genes e o outro em 9 de agosto na Pathogens.
Achado do agente
O grupo identificou o micróbio causador da peste em uma vala comum na antiga cidade de Jerash, na Jordânia. O ponto está bem próximo do local considerado o epicentro da pandemia. Esse achado inovador liga o patógeno à Peste Justiniana, que marcou a primeira pandemia (541-750 d.C.), resolvendo um dos mistérios mais antigos da história.
Durante séculos, historiadores se debruçaram sobre a causa do surto devastador que matou dezenas de milhões de pessoas, remodelou o Império Bizantino e alterou o curso da civilização ocidental. Apesar das evidências circunstanciais, a prova direta do micróbio permaneceu indefinida por muito tempo, como um elo perdido na história das pandemias.
Os dois novos artigos fornecem respostas há muito buscadas, oferecendo uma nova perspectiva não só sobre o episódio, como também ressaltando a relevância contínua da peste bubônica: embora rara, a Y. pestis continua a circular pelo mundo. Em julho, um morador do norte do Arizona (EUA), morreu da doença — a primeira fatalidade desse tipo no país desde 2007. Na semana passada, outro indivíduo na Califórnia testou positivo para a doença.
“Por anos, confiamos em relatos escritos que descreviam uma doença devastadora, mas não tínhamos nenhuma evidência biológica concreta da presença da peste”, indica Rays HY Jiang, principal investigador dos estudos e professor da Faculdade de Saúde Pública da USF, em comunicado publicado na quarta-feira (27). “Agora, nossas descobertas fornecem a peça que faltava nesse quebra-cabeça, oferecendo uma janela genética direta para entender como a pandemia se desenrolou.”
Peste de Justiniano
A Peste de Justiniano surgiu nos registros históricos em Pelúsio (atual Tell el-Farama), no Egito, antes de se espalhar por todo o Império Bizantino. Como lembra o portal IFLScience, durante um surto particularmente intenso em Constantinopla (atual Istambul), o Imperador Justiniano I, que deu nome à peste, adoeceu, mas se recuperou posteriormente. Os moradores da cidade não tiveram a mesma sorte, com dezenas de milhares de mortos ao longo de quatro meses.
A doença se espalhou para o oeste por toda a Europa, com surtos ocorrendo ao longo dos séculos seguintes, antes de finalmente desaparecer por volta de 750 d.C. No total, estima-se que morreram entre 30 e 50 milhões de pessoas, com alguns historiadores sugerindo que isso contribuiu para a queda do Império Bizantino.
Por mais que vestígios de Y. pestis já tivessem sido recuperados a milhares de km, em pequenas aldeias da Europa Ocidental, nenhuma evidência tinha sido encontrada no próprio Império Romano do Oriente ou perto do centro da pandemia. “Usando técnicas direcionadas de DNA antigo, recuperamos e sequenciamos com sucesso o material genético de oito dentes humanos escavados em câmaras funerárias sob o antigo hipódromo romano em Jerash. A cidade está a apenas 320 km da antiga Pelúsio”, indica Greg O´Corry-Crowe, coautor dos artigos.
Por meio dessa análise genômica, a equipe verificou que as vítimas da peste carregavam cepas quase idênticas de Y. pestis, confirmando a presença da bactéria no Império Bizantino entre 550 e 660 d.C. Essa uniformidade genética sugere um surto rápido e devastador, consistente com as descrições históricas de uma peste que causou mortes em massa.
Além disso, o sítio arqueológico de Jerash demostra como as sociedades antigas respondiam a desastres de saúde pública, segundo pontua Jiang. “Jerash foi uma das principais cidades do Império Romano do Oriente, um centro comercial documentado com estruturas magníficas", descreve. "O fato de um local outrora construído para entretenimento e orgulho cívico ter se tornado um cemitério coletivo em um momento de emergência demonstra como os centros urbanos estavam provavelmente sobrecarregados”.
Ao analisar centenas de genomas antigos e modernos de Y. pestis, os pesquisadores demonstraram que a bactéria já circulava entre populações humanas há milênios antes do surto de Justiniano. A equipe também descobriu que pandemias de peste posteriores, desde a peste bubônica do século 14 até os casos que ainda aparecem hoje, não descendem de uma única cepa ancestral.
Em vez disso, surgiram de forma independente e repetida a partir de reservatórios animais de longa data, surgindo em múltiplas ondas em diferentes regiões e eras. Esse padrão repetido contrasta fortemente com a pandemia de Covid-19, que se originou de um único evento de contágio e evoluiu principalmente por meio da transmissão entre humanos.
“Nós temos lutado contra a peste há alguns milhares de anos e pessoas ainda morrem por causa dela hoje”, conclui Jiang. “Assim como a Covid, ela continua a evoluir, e as medidas de contenção evidentemente não conseguem eliminá-la. Temos que ter cuidado, mas a ameaça nunca desaparecerá.”
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.